Page 425 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE
Uso de Métodos Não Farmacológicos de Alívio da Dor Durante o Trabalho de Parto e
Parto em Maternidades Públicas de Londrina
Autores: JULIA MIRANDA CRUZ; Paula Gabriel Martins ; Keli Tomeleri da Fonseca Pinto. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Enfermagem; Humanização da Assistência; Saúde da mulher.
Introdução: A dor representa um importante sinal no trabalho de parto e tem sido considerada como quinto sinal vital. No contexto
obstétrico, a dor no trabalho de parto e parto não está associada às enfermidades, mas a um processo biológico reprodutivo
natural do corpo feminino. Nessa direção, destaca-se a importância do alívio da dor, a partir de estratégias farmacológicas ou
não, pois quando não aliviada, a dor pode transformar o processo de parturição em uma experiência negativa para a mulher, a
qual, ainda, pode manifestar sentimentos como ansiedade, medo e insatisfação. Objetivo: Descrever a utilização de métodos
não farmacológicos de alívio da dor realizados em mulheres durante o trabalho de parto em duas maternidades públicas do
município de Londrina-Pr. Método: Estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 344 puérperas que tiveram
partos normais em duas maternidades públicas. A coleta de dados ocorreu entre janeiro a junho de 2017, por meio de entrevista
estruturada e análise dos prontuários. Utilizou-se a estatística descritiva para a análise dos dados. Resultado: os métodos
utilizados foram massagem, banho de chuveiro, estímulo a ficar na bola, técnica de respiração, apoio por parte do profissional.
95,4% das mulheres receberam pelo menos um método não farmacológico de alívio da dor, sendo que 23,2% receberam entre
um e dois métodos e 72,1% receberem de três a cinco métodos. Conclusão: A maioria expressiva das mulheres receberam
algum método de alívio da dor, ressaltando que o alívio da dor contribui para a humanização da assistência ao trabalho de parto
e parto.
Utilização de Tecnologia Leve na Assistência ao Luto Materno Após Perda Perinatal
Autores: GISELE FERREIRA PARIS; Francine de Montigny; Sandra Marisa Pelloso; Gabriele Tairine Andreacci; Roberto Shigueyasu
Yamada. Instituição: Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Université du Quebéc en Outaouais, Universidade Estadual de
Maringá
Palavras-chave: tecnologia leve; luto materno; escala de luto perinatal
As tecnologias podem ser classificadas em leve quando abordamos relações, acolhimento, e gestão de serviços. A utilização de
tecnologias leves enaltece a existência de um objeto de trabalho dinâmico e em contínuo movimento. No caso deste projeto,
o objeto de trabalho da tecnologia leve, é o luto materno após perda perinatal. Assim, o presente estudo tem como objetivo
apresentar a Escala de Luto Perinatal (ELP) para utilização pelos profissionais da saúde na atenção primária. A ELP foi traduzida
e adaptada para o Brasil e utilizada em dois serviços de saúde no Paraná. A ELP é composta de 33 afirmações psicométricas,
divididas em três subescalas, que pretendem avaliar pensamentos, sentimentos atuais e sintomatologia de adaptação da perda
da mulher em relação ao óbito perinatal. Para avaliação das características pscicométricas, a ELP envolve uma escala do tipo
Likert, com cinco opções de resposta, variando de 5 a 1 em correspondência a concordo totalmente, concordo parcialmente,
não concordo e nem discordo, discordo parcialmente e discordo totalmente. Cada subescala da ELP têm 11 afirmações e
escores mínimo de 11 pontos e máximo de 55 pontos cada. O ponto de corte para identificação do estado de luto configura-se
com o somatório maior que 90 da ELP para as mulheres com luto complicado, e o somatório menor que 90 para mulheres
sem luto complicado. O luto complicado é classificado quando a pessoa manifesta um processo do luto excessivo, persistente,
angustiante e incapacitante para as atividades habituais. Trata-se de uma pesquisa de inovação tecnológica leve em saúde, a
partir da aplicação da ELP em mulheres que tiveram óbito fetal no município de Maringá em 2014, e em mulheres que tiveram
óbito fetal e neonatal no município Francisco Beltrão em 2016 e 2017. Dentre as questões da ELP podemos citar: sinto-me
depressiva; acho difícil me relacionar com certas pessoas; sinto um vazio dentro de mim; não consigo dar conta das minhas
atividades normais; estou de luto pelo bebê; estou assustada; tenho pensado em suicídio desde a perda; tomo remédios para os
nervos; sinto muita falta do bebê; choro quando penso no bebê que perdi; sinto-me culpada quando penso no bebê; sinto-me
fisicamente doente quando penso no bebê; tento rir, mas não acho graça de mais nada; o tempo passa muito devagar desde
que o bebê morreu; a melhor parte de mim morreu junto com o bebê e outras. A prevalência foi de 35% de luto complicado nas
mulheres que tiveram perda fetal.
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