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EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SAÚDE



                 O Papel do Psicólogo no Aconselhamento Genético de Testes Preditivos para Mutação
                 Tp53 R337h.

                 Autores: ISABELA APARECIDA MOREIRA DE CARVALHO; Amanda Scartezini Gozdziejewski ; Rosiane Guetter Mello; Karin Persegona
                 Ogradowski ; Bonald Cavalcante de Figueiredo. Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
                 Palavras-chave: Psicólogo; Aconselhamento Genético; Mutação TP53 R337H.
                 Introdução:  O  Aconselhamento  Genético  (AG)  é  um  processo  que  auxilia  o  indivíduo  a  entender  fatos  médicos  sobre
                 hereditariedade de doenças, como no caso da testagem genética para a mutação germinal R337H, presente no gene TP53, e,
                 que segundo pesquisas, tem relação com a predisposição para doenças como o Tumor do Córtex Adrenal (TCA), apresentando
                 alta incidência no sul e sudeste do Brasil. O processo de AG levanta questões da genética médica e deve levar em consideração
                 características individuais, familiares, culturais e os diversos sentimentos oriundos ao resultado genético. Nesse cenário, a
                 presença  do  Psicólogo,  integrando  a  equipe  interprofissional,  pode  auxiliar  no  ajustamento  psicossocial  frente  o  resultado.
                 Portanto, informações sobre o papel profissional precisam ser aprofundadas. Esta pesquisa investigou a percepção de mães
                 de recém-nascidos positivos para a mutação TP53 R337H, sobre o papel do Psicólogo no AG. Objetivo: avaliar as percepções
                 das participantes do processo de AG a respeito dos pontos positivos, contraproducentes e a melhorar, em relação ao papel
                 desempenhado pelo Psicólogo no AG.  Método:  utilizou-se  a  abordagem  qualitativa  por  saturação,  de  caráter  exploratório
                 descritivo. Participaram do estudo nove mães de recém-nascidos positivos para a mutação TP53 R337H, que completaram o
                 programa de AG, em um Instituto de Pesquisa de Curitiba. As mulheres responderam três perguntas sobre os pontos positivos,
                 negativos e a melhorar da atuação do Psicólogo, que foram gravadas e transcritas na íntegra, analisadas através do método de
                 Laurence Bardin. A pesquisa obteve aprovação pelo CAEE 67077317.8.0000.5580, número do parecer: 2.039.460. Resultado: As
                 participantes descreveram pontos positivos sobre a presença do Psicólogo no processo de AG, salientando que o profissional
                 auxiliou a elaborar informações e ofereceu apoio frente à dúvidas e sentimentos que surgiram a partir do resultado genético
                 de  seus  filhos.  Nenhum  ponto  negativo  ou  a  melhorar  foi  citado  pelas  participantes.  Conclusão:  A  prática  de  AG  vem  se
                 incorporando nos processos de saúde preventiva, sendo consequência dos avanços globais. Porém, não é um processo neutro
                 e pode desencadear inúmera situações e sentimentos. O Psicólogo pode atuar como mediador na elaboração do processo,
                 como apontado nos resultados da pesquisa. Portanto, é importante refletir sobre a expertise exigida pela área, pois é um tema
                 atual, pouco explorado no país e importante na prevenção em saúde.


                 O Uso das Redes Sociais em Benefício das Gestantes de Curitiba

                 Autores: KARIN MADELEINE GODARTH; Tatiane Herreira Trigueiro; Silvana Regina Rossi Kissula Souza; Tereza Kindra; Maureen
                 Magalhães Jamur. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, UMS Mãe Curitibana

                 Palavras-chave: Rede Social; Tecnologia; Gestantes
                 Caracterização do problema: A  experiência  teve  com  o  desafio  a  reestruturação  e  aumento  da  adesão  dos  encontros  de
                 gestantes na UMS Mãe Curitibana. Fundamentação teórica: Como reforço a proposta do Programa Nacional de Pré-natal e
                 Nascimento, em 2011 foi instituído a Rede Cegonha qual firmou o compromisso de assegurar à mulher e à criança o direito
                 à  atenção  humanizada  durante  o  pré-  natal,  parto/nascimento,  puerpério  e  atenção  infantil  até  dois  anos  de  idade,  em
                 todo o âmbito da saúde (BRASIL, 2011). No município de Curitiba foi instituído o Programa Mãe Curitibana desde março de
                 1999, que tem como propósito a melhoria da qualidade do pré-natal, a garantia de acesso ao parto, com a complexidade e
                 qualidade necessários, consulta puerperal precoce, com vistas a detecção e manejo das possíveis complicações. Descrição
                 da Experiência: Em consonância com o Programa Mãe Curitibana, foi organizado cronograma para um ciclo de Oficinas de
                 gestantes com a data prevista para o primeiro encontro no dia 28 de março de 2018 na unidade de saúde Mãe Curitibana, data
                 esta que se comemora nacionalmente o Combate à mortalidade materna . Como estratégia de busca, o convite foi realizado
                 por via telefônica, dessa forma foram confirmadas cerca de 70 gestantes. Observou-se também a inefetividade da comunicação
                 via ligação para telefone, pois na maioria das vezes elas não atendiam ou estavam ocupadas. Foi então que surgiu a ideia de
                 formar um grupo em um aplicativo de conversa muito utilizado nas mídias sociais para comunicar o evento. No dia 25 de março
                 de 2018, com um mês de antecedência, foram cadastradas todas as gestantes ativas da unidade, sendo realizado o convite para
                 oficina, explicado a importância da mesma, e neste foram apresentadas pelas gestantes várias duvidas sobre o pré-natal. Dessa
                 forma, hoje esse grupo de conversa vem ganhando status de ferramenta de contato. Efeitos alcançados: Na primeira oficina
                 50% das mulheres convidadas compareceram. Atualmente o grupo foi fortalecido e tem a função da troca de experiências entre
                 elas e a unidade de saúde, aproximando-as do serviço, além de ser um espaço para esclarecimentos, e as próprias gestantes
                 acabam sugerindo os temas dos encontros. Não obstante, publicam fotos, aumentando assim o interesse das outras e a adesão.
                 Recomendações: Os desafios são muitos, porém garantir as gestantes um pré-natal de qualidade é a nossa missão, para isso
                 se faz necessário inovar e usar do arcabouço tecnológico a favor da saúde.


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