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EIXO: SAÚDE INTERNACIONAL, BIOÉTICA E OUTROS TEMAS DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA



                 A Experiência do Ambulatório de Acupuntura do Centro de Especialidades Médicas
                 Matriz da Prefeitura Municipal de Curitiba

                 Autores: CAROLINA BARRETO BERTINATO; Eliane dos Anjos Padilha Ceccon. Instituição: Prefeitura Municipal de Curitiba

                 Palavras-chave: acupuntura; sistema único de saúde
                 A acupuntura, um tratamento médico milenar, faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.
                 Em Curitiba a especialidade é ofertada para os pacientes da rede municipal de saúde no Centro de Especialidades Médicas Matriz
                 (CEMM)  da  Prefeitura.  Com  a  comprovada  importância  e  os  bons  resultados  desta  terapia  os  encaminhamentos  de  pacientes
                 aumentam gradativamente. Objetivo: Relatar a experiência do serviço do ambulatório de acupuntura do CEMM. Método: Relato
                 de caso discorrendo sobre a experiência do serviço do ambulatório de acupuntura. Há aprovação por comitê de ética em pesquisa.
                 Resultado: O CEMM conta com várias especialidades médicas tendo entre elas a Acupuntura. O grupo profissional de atendimento
                 do ambulatório de acupuntura é composto por cinco médicos especialistas devidamente titulados em Acupuntura pelo Colégio
                 Médico  Brasileiro  de  Acupuntura  com  registro  de  qualificação  de  especialista  efetuado  nos  Conselhos  Federal  e  Regional  de
                 Medicina. O atendimento ocorre de segunda-feira à sexta-feira das 7:00 às 19:00. O ambulatório se encontra no sexto andar do prédio
                 localizado na Rua Dr. Muricy, 498, no Centro. Conta com quatro consultórios médicos, sala de espera com banheiro, e duas salas de
                 procedimentos, sendo que cada uma tem nove macas, cinco cadeiras, um banheiro, dois armários e três carrinhos com materiais de
                 uso (agulhas, luvas, algodão, álcool, cubas), lixos específicos aos descartes, ventiladores, aquecedores. Todo o material utilizado é
                 descartável. Em 2017 foram realizados 8274 atendimentos, sendo 87,47% mulheres e 12,53% homens. Os pacientes atendidos eram
                 maiores de 18 anos, encaminhados pelas unidades básicas ou de especialidades, e por serviços ambulatoriais e hospitalares dos SUS
                 ou terceirizados. Cerca de 82,5% dos atendidos tinham entre 47 e 76 anos de idade. Entre os grupos de patologias atendidas estavam
                 as reumato-ortopédicas (46%), psiquiátricas (17%), neurológicas (15%), respiratórias (7%), dermatológicas (3%) e clínicas (múltiplas, 12%).
                 Conclusão: A prática médica da acupuntura amplia o olhar sobre o processo saúde-doença, sendo mais um recurso terapêutico
                 para o cuidado humanizado e promoção da saúde. Observam-se melhoria na qualidade de vida, redução das comorbidades e
                 medicações, e casos vários de resolução. É uma terapia de baixo custo, mínimo risco ao paciente quando realizada por médico
                 especialista, e com bons resultados conforme as crescentes evidências científicas e práticas.



                 A Música como Ferramenta Alternativa no Cuidado à Saúde Bucal: uma Experiência
                 com Adolescentes

                 Autores: MARCELO FERNANDES PEREIRA JUNIOR; Isabela Moreira dos Santos; Fernanda de Almeida Muranaka; Vinícius Humberto
                 Nunes; Eduarda Gimenes Corrêa. Instituição: UNIFSP
                 Palavras-chave: Música; Saúde Bucal; Saúde Coletiva
                 A adolescência é descrita como período do desenvolvimento humano de transição entre a infância e a vida adulta e que, caracteriza-
                 se por ser um processo de maturidade crescente, que envolve transformações físicas, emocionais, cognitivas e sociais. Caracteriza-
                 se  também  pela  dificuldade  de  concentração  e/ou  pelas  distrações  frequentes,  o  que,  muitas vezes  interfere  no  aprendizado,
                 o que acarreta a necessidade de busca por ferramentas que amenizem os prejuízos causados por estas, dentre os quais a não
                 absorção de conteúdo apresentado em uma palestra sobre saúde bucal, o que caracteriza o problema desse estudo. Entende-se
                 que a falta de medidas eficientes de aprendizado acaba por ser fator desmotivador deste, aumentando a chance de não aquisição
                 de conhecimentos e até da não instalação de hábitos. Assim, observa-se que uma das chances promissoras de efeitos positivos
                 para atender a esta demanda tem sido apontada como a associação de música às atividades. Desta forma, este relato centra-
                 se na descrição da experiência da apresentação de uma mesma palestra, em um mesmo dia, oito vezes, a 2000 adolescentes.
                 Estas tinham duração de 30 minutos e versavam sobre cuidados com a saúde bucal de uma maneira geral. Após as mesmas, era
                 apresentada, pelos palestrantes, uma versão da música ”Só os loucos sabem”, intitulada “Seu dentista sabe”. Os adolescentes, que
                 até então pouco interagiam com os palestrantes, aproximaram-se dos profissionais, comunicaram-se cantando em conjunto e, ao
                 final da música, apresentaram suas dúvidas frente ao conteúdo da palestra, abandonando a apatia e tornando-se atores do processo.
                 Além destes resultados, obteve-se a integração com o material utilizado durante a palestra e os adolescentes interagiram com os
                 palestrantes repetindo movimentos, como por exemplo, os executados durante a escovação dentária. Entende-se que, a utilização
                 da música como ferramenta alternativa no processo ensino aprendizagem para a saúde bucal, ainda que pouco difundida pode ser
                 de grande utilidade uma vez que pouco demanda de investimentos, e ainda, garante o exercício de retomada de conteúdos, mesmo
                 que inconscientemente, e promove a socialização dos adolescentes no espaço em que convivem, podendo, posteriormente, ser
                 difundida também aos familiares, tornando estes adolescentes, multiplicadores de informações.



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