Page 53 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE
Tentativas de Suicídio por Agentes Químicos Atendidas na Atenção Pré-hospitalar
Móvel
Autores: PAULO VITOR VICENTE ROSADO; Indianathan de Kássia Santana Elvira; Dirléia Florentino dos Santos; William Campo
Meschial; Magda Lúcia Félix de Oliveira. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Tentativa de Suicídio, Envenenamento, Serviço Médico de Emergência.
Introdução: O atendimento de urgência à pessoa intoxicada, por necessidade de atuação rápida e eficaz para diminuição da
absorção do agente químico, deve ser conduzido por equipe multidisciplinar capacitada. O atendimento pré-hospitalar realizado
pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU é uma etapa desse atendimento, com o objetivo de realizar procedimentos
manter a pessoa em situação próxima possível da normalidade vital até sua admissão na unidade de saúde fixa. A auto intoxicação
para tentativa de suicídio é importante no contexto das intoxicações, por sua alta frequência, e é importante dar maior visibilidade
as ocorrências para subsidiar ações de prevenção. Objetivo: Caracterizar as tentativas de suicídio ocorridas em um município
do noroeste do Estado do Paraná, atendidos em um serviço pré-hospitalar móvel. MÉTODO: Estudo retrospectivo e transversal,
com coleta de dados das fichas de registros de atendimento do SAMU. Considerou-se os casos de tentativas de suicídio por
agentes químicos ocorridos no município de Maringá-PR, no período compreendido entre julho a dezembro de 2017. Utilizou-
se o Microsoft Excel® para a tabulação dos dados e análise descritiva. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética (parecer
2.284.708/2017). Resultados: Registraram-se o atendimento de 114 casos de intoxicação, sendo 106 (93%) tentativas de suicídio.
Os medicamentos apareceram em 85% dos casos. O sexo feminino predominou, com 67,8% das ocorrências, e a faixa etária foi
de jovens, entre 20 a 29 anos, com 28,7%, seguida de 10 a 19 anos, com 19,1%. Os meses de outubro e novembro concentraram
43% dos casos atendidos e a maior parte ocorreu no horário entre à 13:01h às 19h, com 41%, seguido do horário das 19:01h às 1h,
com 35%. Conclusão: As tentativas de suicídio correspondem à grande maioria dos casos de intoxicações atendidas pelo SAMU
Maringá-PR. As auto intoxicações envolveram mulheres, jovens, com uso de medicamentos, e os atendimentos aconteceram no
período vespertino e noturno. Esses dados permitem a mensuração do problema, favorecendo a implementação de protocolos
para atenção a pessoas que tentaram suicídio, e conhecer características, métodos e fatores agravantes fornecem subsídios para
implementação de medidas de prevenção.
Um Novo Modelo de Gestão para os Serviços no (e para O) Sistema Único de Saúde -
SUS
Autores: VERUSHKA APARECIDA SILVERIO TERESA OLIVEIRA; Anamaria da Silva; Gislainy Silvia Camargo Ricardo; Silvia Karla
Azevedo Vieira Andrade; Tatiana de Dio Benevenutto. Instituição: Consorcio Intermunicipal de Saude do Médio Paranapanema -
CISMEPAR
Palavras-chave: gestão em saúde, consorcio publico de saúde, regionalização.
Desde a sua criação em 1988, o SUS vem se redesenhando, a cada dia sofre mudanças positivas e também muitas influências
negativas em sua trajetória, ocasionando um grande desvio do objetivo ao qual foi criado permitindo-se a perdas irreparáveis,
correndo riscos de deturpação de seus princípios e ameaças de extinção. Uma das alternativas disponíveis ao SUS, é a
oportunidade de contratação de consórcios de saúde. Destinados a contribuir com a organização do sistema de saúde dentro
da área de jurisdição dos municípios consorciados, com a implantação e/ou desenvolvimento de programas que promovam
ações e serviços de média complexidade no âmbito do SUS e, embasado na Política Nacional de Educação Permanente em
Saúde (EPS). Em 2010, a Diretoria Executiva e de Planejamento do Consorcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema
-CISMEPAR, refletiu acerca de um novo olhar às questões estruturantes do serviço e a vulnerabilidades/fragilidades do mesmo
diante das possíveis influências políticas ocorridas, uma vez que os dirigentes são prefeitos municipais com cargos “temporários”
e ideologias partidárias de diferentes seguimentos. O que em tese tornava o trabalho desenvolvido um tanto quanto superficial e
pouco sustentável. Ao longo dos anos o Consórcio construiu novos caminhos para a gestão consorciada e em 2016, consolidou
um novo modelo de gestão, capaz de empoderar a equipe técnica do serviço, em especial aqueles em cargo de carreira, a
desenvolver processos de trabalho sustentáveis e que não sofressem mudanças tão profundas com as oscilações no cenário
político aos quais fossem submetidas. Nesta proposta, os entes federados ultrapassando as barreiras hierárquicas, se relacionam
de forma transversal e apoiadora, em uma construção constante, unindo forças e saberes em prol de um objetivo em comum,
sempre pensando na integralidade do cuidado dispensado ao usuário, e, de acordo com as especificidades territoriais. Com os
avanços já alcançados, percebemos que é possível com o envolvimento de todos atender aos princípios do SUS de forma a
devolvê-lo ao seu desenho inicial e torná-lo melhor, demonstrá-lo novamente como o melhor serviço de saúde pública do mundo.
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