Page 55 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE
Vinte e quatro anos da Estratégia Saúde da Família: como vai e para onde vai a Gestão
da Saúde Pública?
Autores: MARIA DA PENHA GOMES GOUVEA; Stephania Demarchi. Instituição: Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes
Palavras-chave: Gestão em Saúde Pública; Estratégia Saúde da Família; Atenção Básica
Resumo Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) teve início no Brasil em 1994 com um foco amplo que abrangia a
atenção primária, secundária e terciária. Ainda não se conseguiu alcançar os objetivos ora traçados e se caminha morosamente
nessa direção. Em situação privilegiada se encontravam quatro grandes cidades que, até o ano de 2009, já haviam conseguido
alcançar mais de 60 % da sua população com a ESF. Métodos: Revisão bibliográfica sobre a ESF após 24 anos de implementação,
para reflexão do quadro atual da ESF, usando como base a publicação do manual “ Estudos de casos sobre a implementação
da Estratégia Saúde da Família em quatro grandes centros urbanos, 2009 ” que foi publicado em 2014 e artigos publicados
posteriormente sobre o mesmo tema. Resultados: Ainda que os manuais e artigos analisados tragam em seu bojo um
quadro altamente positivo dentro da implementação da ESF, os mesmos trabalhos não deixam de apontar falhas quanto à
fragmentação das ações, da descontinuidade do acompanhamento do paciente, dos recursos parcos para a saúde e das falhas
de gestão. Essas falhas são apontadas em estudos publicados entre os anos de 2014 e 2017, e discorriam sobre os mesmos
tópicos e entraves observadas em todo o país. Estudos mostram que já existem reflexos positivos no tocante á saúde coletiva,
principalmente sob a visão dos gestores e através de índices previamente estabelecidos. Entretanto, avaliações mais profundas
de trabalhos independentes apontam problemas ainda sem soluções como: a falta de equipes especializadas, a morosidade na
marcação de consultas com especialistas, a demanda ainda maior que a oferta, descontinuidade de tratamento, o absenteísmo
que chega a alcançar 50% em algumas especialidades e a dependência política. Todo o contexto parece estar aliado à falta de
gestão. Conclusão: Concluiu-se que, apesar de se ter alcançado números expressivos e positivos em abrangência populacional
com o ESF no Brasil, muito ainda há que ser feito principalmente no que diz respeito à integração de ações, intersetorialidade,
esforço mútuo nos vários níveis de gestão e captação de recursos. O norte da gestão neste momento parece estar voltado
para a conscientização e partilha da responsabilidade população com consultas e procedimentos diante de tamanho índice de
absenteísmo..
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