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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE



                 A Articulação do Tratamento da Tuberculose entre um Serviço de Referência e
                 Unidades Básicas de Saúde na Região Metropolitana de Curitiba: um Relato de
                 Experiência

                 Autores: EDINEIA BATISTA DE VASCONCELOS; Flaviane Marizete Limas; Maria Marta Nolasco Chaves; Vivian Freitas de Borba.
                 Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe

                 Palavras-chave: Tuberculose; Atenção básica; tratamento
                 A tuberculose é um agravo secular que continua a merecer atenção dos Serviços de Saúde no Brasil. Entre os problemas identificados
                 para  seu  enfrentamento  destacam-se  o  diagnóstico  tardio,  dificuldade  na  descentralização  do  tratamento  para  a  Atenção  Básica,
                 alto índice de abandono, baixa cobertura do Tratamento Diretamente Observado e o aumento no número de óbitos. A cada ano são
                 registrados 70 mil novos casos e 4,5 mil mortes relacionadas à tuberculose. Entre os 30 países classificados como prioritários, que
                 concentram 87% dos casos, o Brasil ocupa a 19ª posição quanto à coinfecção TB/HIV e a 20ª de carga da doença.1 A Organização
                 Mundial de Saúde classificou o Brasil como prioritário para o enfrentamento do agravo no período de 2016 a 2020. O município em
                 questão, enquadra-se no cenário 1.3 caracterizado por alta incidência de Tuberculose/HIV e elevadas taxas de abandono e óbito.2
                 Trata-se de um relato de experiência, vinculado ao programa de residência multiprofissional em saúde da família, de uma residente
                 de enfermagem e uma enfermeira no serviço de especialidade para tratamento da tuberculose, no período de abril a maio 2018. Na
                 rotina ambulatorial as profissionais detectaram indivíduos já com quadro clínico avançado ou acompanhados de forma inadequada
                 na Atenção Básica. Desenvolver um checklist, segundo as diretrizes do Ministério da Saúde, para instrumentalizar os profissionais das
                 Unidades Básicas no tratamento do agravo. Os itens contemplados no instrumento foram: Notificação, exames de acompanhamento,
                 testagem  anti-HIV,  agendamento  prévio  de  consultas,  investigação  de  comunicantes,  efeitos  adversos  da  medicação  e  relatórios.
                 Torna-se imprescindível que os profissionais realizem a busca ativa dos sintomáticos respiratórios, principalmente na população mais
                 vulnerável, visto que é uma doença socialmente determinada, e sua ocorrência está diretamente associada à inserção do indivíduo na
                 produção e reprodução social, e a implementação de políticas públicas para controle do agravo. O diagnóstico precoce, a investigação
                 dos comunicantes, a adesão e a inclusão do usuário no Tratamento Diretamente Observado, são fundamentais para a cura e interrupção
                 na cadeia de transmissão do agravo. Porém, estas ações são insuficientes se não houver intervenções em processos estruturais que são
                 determinantes no avanço da doença na população.



                 A Atuação da Equipe de Saúde Bucal Estratégia Saúde da Família Frente ao Câncer
                 Bucal - das Metodologias Preventivas à Reabilitação do Paciente Diagnosticado.


                 Autores: ISADORA MARIA PRATEZI POLETTINI; Fabrício Farias Teixeira; Aparecida da Silva; Mario Augusto Gori Gomes. Instituição:
                 Secretaria Municipal de Curitiba

                 Palavras-chave: Neoplasias bucais; Promoção da Saúde; Estratégia Saúde da Família
                 O câncer representa a segunda maior causa de morte dentre as doenças crônico degenerativas no Brasil, sendo a cavidade bucal a
                 área mais acometida pelos que incidem em região de cabeça e pescoço (SOUZA, 2016). Sabe-se que a prevenção e o diagnóstico
                 precoce são medidas eficazes para melhorar o seu prognóstico (SALEH, 2014). É importante ressaltar que a realização de diagnóstico
                 para obtenção de perfil epidemiológico e planejamento das ações de saúde bucal, bem como o desenvolvimento de ações coletivas
                 que visem à promoção da saúde e a prevenção de agravos é competência da equipe de saúde bucal (PNAB - 2012). Em se tratando
                 do câncer bucal, a realização de campanhas de combate é de grande importância. Neste sentido, buscou-se associar dois tipos de
                 prevenção neste trabalho: a primária e a secundária. A primária foi realizada por meio de uma atividade com a equipe de saúde bucal
                 da Unidade Municipal de Saúde Bairro Novo, em Curitiba-PR., Foi realizado um teatro interativo com o tema câncer bucal. Esta atividade
                 contou com a participação de 30 pessoas, que tomaram conhecimento sobre ela por meio de avisos na sala de espera da Unidade de
                 Saúde. Foram discutidas questões sobre autocuidado, higiene oral e hábitos. A prevenção secundária foi realizada por meio de exame
                 de lesões bucais em todos os participantes. Dentre os benefícios alcançados, pudemos vivenciar desde a transmissão de informações
                 aos pacientes em situações de risco, até a detecção precoce de lesões bucais, realizando os encaminhamentos, atuando desde o
                 diagnóstico  até  o  acompanhamento  pós-cirúrgico.  Por  meio  dessa  atividade,  detectamos  um  caso  de  lesão  bucal,  com  aspectos
                 sugestivos de câncer bucal, e imediatamente encaminhamos para o serviço especializado de oncologia do SUS em Curitiba- PR, no
                 Hospital Erasto Gaertner. A suspeita foi confirmada e, por meio de visitas domiciliares, pudemos acompanhar o paciente após a cirurgia
                 de remoção da lesão e a sua reabilitação, dando o devido apoio a ele e a sua família. É importante que a equipe de saúde reforce
                 estratégias de enfrentamento que facilitem a convivência com a situação de doença, pois a mesma pode se tornar estressante (COSTA,
                 2009). Por meio da Estratégia Saúde da Família é possível desenvolver estratégias de promoção, prevenção e reabilitação relacionadas
                 ao câncer. Destaca-se que as atividades de detecção precoce da doença são essenciais, pois quando utilizadas podem melhorar o
                 prognóstico e reduzir a mortalidade.

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