Page 64 - ANAIS_4º Congresso
P. 64
EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
A Formação do Enfermeiro na Atenção Primária à Saúde: Relato de Experiência
Autores: SARA CRISTINE BUENO BICUDO TAKEDA; Amanda Corrêa Rocha Bortoli; Caroline Bergamo Xavier; Brígida Gimenez Carvalho.
Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Unidade Básica de Saúde; Sistema Único de Saúde (SUS); Aprendizado por Associação;
Caracterização do Problema: A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada preferencial do usuário e centro de comunicação
com toda a Rede de Atenção à Saúde. Deve ser descentralizada e capilarizada, permanecendo o mais próximo possível da vida das
pessoas e ser orientada pelos princípios do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização,
da humanização e da equidade. Um dos profissionais mais atuantes nesse ponto de atenção é o enfermeiro e para que sua atuação
contribua para o alcance dos princípios da APS, é fundamental que sua formação ocorra nesse ponto de atenção. Fundamentação
Teórica: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com base na vivência de um grupo de estudantes em
um módulo sobre saúde do adulto, desenvolvido na APS, durante o segundo ano da graduação de Enfermagem da Universidade
Estadual de Londrina. O módulo pretende que os estudantes desenvolvam a competência para prestar cuidado integral aos indivíduos
e respectivas famílias do território, nos diversos espaços (Unidade de saúde, domicílio, empresas, e outros), estabelecendo relações
éticas com centralidade na integralidade do cuidado. Descrição da Experiência: As atividades desenvolvidas tiveram uma duração
de 96 horas, com teoria e prática, prestando cuidado aos indivíduos e suas respectivas famílias no território de abrangência uma
Unidade de Saúde da Família (USF). Durante a prática observamos a importância do registro no prontuário, contato com protocolos,
documentos de notificação, programa de imunização, execução da rede de frio, avaliação/intervenção de acordo com as queixas
dos usuários, solicitação de exames, discussão das causas de não adesão ao tratamento e planejamento de formas para superá-
las, além de desenvolver ações de educação em saúde, estimulando modificações do estilo de vida e realizando a gestão do
cuidado à população adulto-idosa. Efeitos Alcançados: A vivência neste módulo possibilitou o desenvolvimento de competências
para compreender a perspectiva do paciente, bem como uma atuação de acordo com suas necessidades, de maneira integral.
Recomendações: É uma experiência que visa ampliação do conhecimento sobre USF e suas competências, reconhecendo o
trabalho multidisciplinar, com ênfase na atenção segundo os princípios e diretrizes que regem o SUS, além da fundamentação
teórica para um olhar mais critico para que, desde a formação, a atuação do enfermeiro seja integral e resolutiva.
A Importância do Planejamento Reprodutivo Frente à Gravidez na Adolescência
Autores: ERICA GONÇALVES FAZOLLI; Evelyn Braun Chaves; Rosângela Aparecida Pimenta Ferrari; Alexandrina Aparecida Macial
Cardelli; Adriana Valongo Zani. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: ‘Gravidez na adolescência’; ‘Planejamento Familiar’.
Introdução: Atualmente os adolescentes tem iniciado a atividade sexual cada vez mais cedo, resultando muitas vezes em uma
gestação indesejável (AZEVEDO et al., 2014). É direito do adolescente ter acesso à educação sexual e reprodutiva, assegurando se
desejado, condições de escolha por uma gravidez planejada e vivenciada de modo saudável (BRASIL, 2013). Objetivo: O objetivo
deste estudo é analisar a importância do planejamento reprodutivo na adolescência. Método: Trata-se de um estudo quantitativo
descritivo, realizado nos municípios da 17ª Regional de Saúde do Paraná. A coleta de dados envolveu mulheres internadas nas
maternidades de referência para partos na Rede Mãe Paranaense, entre junho e novembro de 2017. Os dados foram obtidos por meio
de entrevista individual, busca de informações nos prontuários e nas Carteiras da Gestante. Dentre as mulheres entrevistadas, foram
incluídas neste estudo apenas as mães adolescentes com idade entre 10 e 19 anos. Os dados coletados foram analisados quanto
frequência e proporção. Este trabalho refere-se à parte de dados do projeto de pesquisa “Rede Mãe Paranaense na perspectiva da
usuária: o cuidado da mulher no pré-natal, parto, puerpério e da criança” aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Londrina CEP/UEL sob o número CAAE: 67574517.1.1001.5231. Resultado: Foram entrevistadas 488 mulheres, destas
97 (19,90%) eram adolescentes com idade entre 10 e 19 anos, sendo 64,95% com idade entre 18 e 19 anos. Quanto a raça, 57,73%
se declararam branca e 27,83% parda. Apenas 20,61% referiram não ter companheiro. Quase 91,00% sem ocupação remunerada.
Quanto à escolaridade, 35,05% possuíam entre 4 e 7 anos de estudo, e 27,83% mais que 11 anos. Em relação ao planejamento
reprodutivo, somente 37,11% tinham planejado a gestação, aproximadamente 58,00% das adolescentes não esperavam pela
gravidez. Quanto ao uso de método contraceptivo anterior à gestação, quase 60,00% das adolescentes referiram não fazer uso,
21,64% uso de contraceptivo hormonal oral e apenas 10,30% uso de preservativo. Quando questionadas sobre o acesso à informações
sobre planejamento reprodutivo, dentre as adolescentes que responderam a pergunta, 43,59% referiram nunca ter recebido estas
informações de um profissional da saúde. Conclusão: Tais resultados evidenciam a importância de investimento em medidas e ações
de planejamento reprodutivo, bem como a importância de práticas educativas, clínicas e de aconselhamento aos adolescentes.
64