Page 61 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE  EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE



                 A Ecografia Ecológica como Arte de Humanização na Atenção Primária: um Relato de
                 Experiência

                 Autores: EDINEIA BATISTA DE VASCONCELOS; Vivian Freitas de Borba; Helena Lemos Cardoso; Daniela Schiapati. Instituição: FEAES

                 Palavras-chave: Gravidez; Atenção Primária à Saúde; Humanização da Assistência
                 Uma das atribuições de maior impacto para a sociedade que a Estratégia Saúde da Família desenvolve é o atendimento ao pré-natal,
                 o pré-natal tem um papel primordial, não somente para os cuidados com a saúde das gestantes e seus bebês, mas também para as
                 demandas emocionais¹. O cuidado na gestação deve ser multidisciplinar e multiprofissional, com atenção integral, levando em conta
                 as necessidades intelectuais, emocionais, sociais e culturais das mulheres e famílias, e não somente um cuidado biológico¹. Trata-se
                 de um relato de experiência cujo é descrito uma oficina de gestante que teve como enfoque principal a ecografia ecológica, a prática
                 é uma técnica aplicada no abdome da gestante na qual são representados, o bebê e outros elementos ligados à gestação como o
                 cordão umbilical, a placenta, o útero e a bolsa das águas². Esta técnica de pintura no ventre materno é utilizada como uma forma de
                 expressão da figura do bebê imaginário, que pode desenvolver experiências maternas singulares². A ideia da oficina surgiu de um
                 curso prático sobre técnicas de pinturas no ventre materno realizado na maternidade local, o qual as residentes de enfermagem de
                 uma Unidade de Saúde de Curitiba-PR participaram, após a finalização da pintura, observou-se a alegria, o entusiasmo das gestantes
                 e dos pais quando observaram o ventre com o bebê desenhado. Diante do impacto positivo que a ecografia ecológica causou para a
                 gestante, o desejo de estender essa prática para as outras gestantes foi imediato. Para realizar a oficina de pintura na unidade foram
                 convidadas todas as gestantes de 2º e 3º trimestre gestacional, pois nessa fase gestacional o ventre estará em grande evidência
                 e poderá ser realizada a Manobra de Leopold Zweifel e identificar a situação, posição e apresentação fetal, para que a pintura
                 corresponda como o bebê se encontra intrautero naquele momento. Compareceram à oficina 7 gestantes. Pode-se observar que
                 para as gestantes e seus familiares a pintura no ventre proporcionou junção, aproximação e interação com o feto, a demonstração do
                 feto no ventre materno consegue dar mais objetividade ao bebê imaginário e proporcionar à mulher maior clareza sobre os aspectos
                 anatômicos e fisiológicos da gestação, fazendo com que o vínculo entre ela e o bebê sejam reforçados.



                 A Educação Física na Atenção Primária à Saúde: Considerações Acerca da Prática
                 Reflexiva como Elemento Transformador

                 Autores: PRISCILA REGINA RORATO VITOR; Maria Verônica da Silva Chagas; George Saliba Manske. Instituição: Universidade do Vale
                 do Itajaí- UNIVALI

                 Palavras-chave: Educação Física; Atenção Primária à Saúde; Práticas Corporais/ Atividade Física
                 A prática do profissional de educação física (PEF) em saúde destaca-se como fator de proteção para as doenças crônicas não
                 transmissíveis (DCNT), porém ao definirmos dessa forma, limitamos saúde a uma visão de doença, referindo que o indivíduo
                 adoece por ser sedentário, porém ao entendermos saúde como fruto da organização social, é preciso discutir até que ponto o
                 indivíduo tem poder sobre seu corpo e seu pensar e como o PEF pode intervir nessa lógica. Segundo Carvalho (2016) as práticas
                 corporais e atividade física (PC/AF) na atenção primária à saúde (APS) possuem sentido mais amplo, não sendo apenas proteção
                 contra  as  DCNT.  Fazendo-se  necessária  a  superação  desta  lógica,  articulando  aos  contextos  de vida,  além  das  questões
                 biológicas no processo saúde-doença. Destacamos a experiência vivenciada em um grupo criado na APS com o objetivo de
                 mudanças de hábitos de vida, para prevenção e tratamento de DCNT. O grupo inicialmente teve foco em perda de peso para
                 melhorias nos indicadores de saúde, através de avaliações antropométricas, exames, orientações de PC/AF e orientações
                 nutricionais. Porém após discussões a partir das problemáticas supracitadas, alteramos as formas de intervenção, buscando
                 entender os indivíduos, o meio em que se encontram inserido e suas particularidades. Para tal buscamos desenvolver PC/AF
                 conscientes para o bem-estar físico e mental do indivíduo, considerando aquelas que tenham significado para o praticante, indo
                 além da redução de peso corporal, buscando através das trocas e vivências possibilitadas pelo movimento, a internalização dos
                 conhecimentos desenvolvidos em grupo, para que esse indivíduo perceba-se como agente atuante no seu processo de saúde
                 e de escolhas de vida. Desta forma a atuação do PEF na APS deve ser pautada na relação do indivíduo com seu corpo e seu
                 meio, instigando-o nessa interação, através de PC/AF que culminam em uma reflexão, sobre sociedade e corpo além de outros
                 fatores que direta ou indiretamente regem o fazer em saúde, para que a partir da compreensão destas relações, o indivíduo
                 tenha autonomia na tomada de decisão. Referência: CARVALHO, Fabio Fortunato Brasil. Práticas corporais e atividades físicas
                 na atenção básica do sistema único de saúde: ir além da prevenção das doenças crônicas não transmissíveis é necessário.
                 Movimento. Porto Alegre. v. 22; n. 2; p. 647-658; 2016.



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