Page 60 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
A Automedicação Indiscriminada em Foz do Jordão
Autores: PAULA CAROLINE DE FAVERI DIAS; Juliano Barcelos Garcia. Instituição: Unidade Básica de Saúde Joaquim Vieira da Silva
Palavras-chave: automedicação; uso irracional; Assistência farmacêutica;
A evolução da saúde pública no Brasil e também na indústria farmacêutica é significativa nas últimas décadas, nos
proporcionando medicamentos mais seguros e eficazes, e mostrando que a utilização de medicamentos contribuiu para o
aumento da qualidade e expectativa de vida da população (PORTELA, 2010). Segundo Le Grand; Hogerzeil & Haaijer-Ruskamp
(1999), grandes consequências econômicas ocorrem por conta do uso irracional de medicamentos, e isto é um grande
transtorno à saúde pública. Segundo os mesmos autores, os medicamentos são os recursos terapêuticos mais frequentemente
custo-efetivos, quando utilizados apropriadamente. A assistência farmacêutica no município de Foz do Jordão há anos não
era controlada, e a dispensação de medicamentos era feita de maneira desenfreada e sem protocolo clínico ou prescrição
médica. Fora realizado a campanha de Descarte de Medicamentos no Município de Foz do Jordão, durante a qual foram
recolhidos 100kgs de medicação, tanto vencida, como tratamentos interrompidos sem indicação médica e de términos de
tratamentos. O que pode se justificar pela dispensação descontrolada, e a falta de atendimento médico na Unidade Básica de
Saúde do município. Como resultado obtiveram-se mudanças na gestão da saúde, além da contratação de novos clínicos e a
reorganização da dispensação para que essa seja feita de maneira adequada.
A Descentralização das Ações de Saúde por uma Equipe Multiprofissional: uma
Experiência de Sucesso
Autores: LUIZ EDUARDO BERNARDI; Caroline Pan; Bruna Oldoni Debona; Adriele Cristina Alves Schneider; Rudileia Pedrolo.
Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de São João - PR
Palavras-chave: Descentralização; Multiprofissional; Atenção Básica
Caracterização do problema: Ter recursos, estrutura e mão de obra qualificada, na maioria das vezes, não é o suficiente para
ações de prevenção e promoção de saúde, principalmente em locais onde o serviço nem sempre é de fácil acesso. São fatores
limitantes a distância, a vida laboral e as condições sociais em que as populações vivem. Fundamentação teórica: Proporcionar
acessibilidade à saúde e descentralizar suas ações são estratégias estimuladas pelas políticas públicas. Isto assegura os
direitos constitucionais do cidadão e promove os princípios básicos do Sistema Único de Saúde (SUS). É papel da união, dos
estados e municípios adotar medidas que levem a uma melhora dos indicadores de saúde da população. Tais medidas devem
assegurar maior qualidade de vida a esses indivíduos. Essas medidas fazem com que sejam identificados agravos que, no
modo tradicional de atendimento, nem sempre podem ser reconhecidos. Descrição da experiência: São João é um município
localizado no sudoeste do estado do Paraná, a população é estimada em 10.676 habitantes. No ano de 2015, durante dois meses
realizou-se visitas descentralizadas a distritos da área rural do município. Nas datas pré-agendadas a equipe multiprofissional
se deslocou até os centros comunitários de 7 distritos, e organizou-se escalas de atendimento na forma de rodízio, onde os
participantes, em grupos de 10, participavam de avaliações com profissionais de diversas áreas. Fez parte das avaliações a
aferição de pressão arterial, a avaliação de índice de massa corporal (IMC), avaliação e orientação nutricional; investigação
e prevenção de disfunções nutricionais, informações a respeito das ISTs, realização de exames de HbsAg, HCV, Sífilis e HIV,
realização de avaliações psicológicas, realização de vacinações. Efeitos alcançados: 1.776 indivíduos, com uma incidência
de HBSAG em 1,6%, 0,05% para HCV e 0,56% para Sifilis, dos 415 exames citopatológicos, 15,1% apresentaram alteração visual
durante a coleta. Realizou-se 167 mamografias, das quais 23,9% apresentaram algum tipo de alteração nos exames. Foram
solicitadas 59 audiometrias, onde 92,3% se mostraram alteradas. Dos 83 indivíduos que realizaram procedimento odontológico
57,8% necessitaram atendimento especializado. Encontrou-se baixo peso em 2,0% dos homens e 1,76% das mulheres. Quando
ao sobrepeso, 37,3% dos homens e 21,6% das mulheres apresentaram alteração. Investigada a ocorrência de depressão 40,4%
dos indivíduos femininos apresentaram o transtorno.
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