Page 62 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
A Educação Física na Atenção Primária para a Conquista da Autonomia
Autores: MARIA VERÔNICA DA SILVA CHAGAS; Priscila Regina Rorato Vitor; George Saliba Manske. Instituição: Universidade do Vale
do Itajaí
Palavras-chave: Educação física; atenção primária; autonomia;
O fazer saúde enquanto educação física (EF) é o discurso de base para legitimação da área, porém ao entendermos as
especificidades de saúde, percebemos que são muitas as causas e/ou consequências que interferem no estado de saúde
do indivíduo, a EF passa então a ser mediadora do pensar o corpo e as relações deste com o outro e com o mundo a partir
do movimento. O profissional de educação física na atenção primária (AP),deve adotar práticas corporais (PC) que permitam
ao indivíduo a racionalização dos movimentos e sentimentos, a fim de fortalecer a autonomia desse sujeito. Scabar, Pelicioni e
Pelicioni (2012, p.413) destacam que o campo da saúde busca pautar suas ações a partir da promoção da autonomia do sujeito,
referindo a prática de promoção da saúde como sendo um processo que permite o indivíduo adquirir maior controle sobre sua
própria saúde, sendo interpretada como uma reação a medicalização da vida social. O presente relato parte da realização de
duas diferentes práticas, oficinas de sentidos, emoções e corpo. Na realização da primeira oficina foi montado um espaço com
diferentes itens que englobam os cinco sentidos do corpo humano, em que as participantes, estando vendadas, exploraram
o ambiente, a outra oficina foi realizada a partir de práticas em que os participantes ocupavam o espaço da sala andando no
ritmo da música, em duplas, em que um com os olhos vendados era guiado pelo outro. Durante a reflexão, os participantes
elencaram o medo como a maior dificuldade, e a falta de confiança no outro como fator agravante. As discussões que se
seguiram foram pautadas nas emoções que eles sentiram e no discurso do “homem ser uma ilha” e portanto não necessitar do
outro, o que pode gerar individualismo e dificuldade em confiar. Acreditamos que a EF na AP precisa associar suas ações ao
desenvolvimento integral dos usuários, incluindo práticas voltadas às relações com o mundo e consigo, gerando discussões
acerca das organizações sociais e de que forma afetam o estado de saúde do indivíduo. Referências: SCABAR, Thaís Guerreiro;
PELICIONI, Andrea Focesi; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Atuação do profissional de Educação Física no Sistema Único de
Saúde: uma análise a partir da Política Nacional de Promoção da Saúde e das Diretrizes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família
– NASF. 2012. São Paulo, 2012.
A Educação Permanente como Estratégia de Qualificação da Atenção Primária em
Saúde: Relato de Experiência
Autores: FLÁVIA MARIA DERHUN; Vera Lucia Alves da Silva ; Camila Del Trégio Esteves; Marcela Battilani Belo; Camila Costa de
Andrade. Instituição: Secretária da Saúde do Estado do Paraná ou Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Serviços de Saúde; Atenção Primária em Saúde; Educação Permanente
Caracterização do problema: A organização do sistema público de saúde em redes de atenção coordenadas pela Atenção
Primária em Saúde (APS) tem um impacto na saúde da comunidade com custos suportáveis. No entanto, para que isto ocorra
os desafios são diversos e vão desde a necessidade de melhoria da infraestrutura, de ampliação dos recursos tecnológicos e
profissionais até ao investimento em Educação Permanente (EP) para os pessoas atuantes na APS. Fundamentação teórica: O
eixo da EP do Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde do Estado do Paraná possui uma vertente intitulada como
Tutoria na APS, a qual tem objetivo de qualificar a APS para que atue como porta de entrada do sistema, com resolutividade e
responsabilidade pelos cuidados das pessoas. A Tutoria é divida em etapas e, ao final de cada uma destas, se a equipe atingir o
padrão exigido recebe a certificação de qualidade em APS. Objetivo: Descrever a atuação de tutoras da 15ª Regional de Saúde
do Estado do Paraná no processo de qualificação da APS por meio da Tutoria. Descrição da experiência: A atuação das tutoras
regionais se dá inicialmente pela sensibilização da gestão dos municípios para que façam adesão ao processo, uma vez que
esta é optativa. Tendo conhecimento de quais Unidades Básicas de Saúde (UBS) participarão do processo, são agendados
encontros entre equipes destas e tutoras, para criação de vínculo e para motivá-las/apoiá-las para sejam, efetivamente, os
sujeitos/protagonistas das ações para qualificação da APS. São realizadas visitas às UBS com objetivo de conhecer realidade
vivenciada pelas equipes para auxiliá-las a desenvolver as ações propostas pela Tutoria. Efeitos alcançados: As tutoras
puderam conhecer a realidade das equipes que fizeram adesão ao processo e apoiá-las a organizar e gerenciar os processos de
trabalho com a finalidade de melhorar os indicadores de saúde da população. Recomendações: As tutoras regionais precisam
se apropriar da utilização de metodologias ativas para possam abordar todos os aspectos do processo de Tutoria fazendo com
que os profissionais da APS percebam-se como protagonistas da qualificação do serviço.
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