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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE




                 Subnotificação de Agravos Relacionados ao Trabalho: Uma Proposta de Intervenção
                 na Unidade de Saúde Trindade I

                 Autores: PATRICIA ANN NICHOLS VIDAL; Olga Estefânia Duarte Gomes Pereira. Instituição: Escola Nacional de Saúde Pública do
                 Paraná Sergio Arouca

                 Palavras-chave: Saúde do Trabalhador. Agravos de Notificação Compulsória. Educação Permanente
                 A subnotificação de acidente e doenças relacionados ao trabalho é uma difícil realidade que prejudica a análise da situação
                 de saúde da população trabalhadora assim como sobre a forma como as empresas abordam a saúde e a segurança nos
                 ambientes e nos processos de produção, além de interferir na escolha dos planos de ação necessários na comunidade.
                 Para enfrentar esse problema, este estudo apresenta propostas de intervenções para mudar essa realidade por meio de
                 ações de educação permanente em saúde. Trata-se de um relato de experiência com proposta que tem como objetivo de
                 sensibilizar sobre a importância do preenchimento da ficha de notificação no prontuário eletrônico assim como disponibilizar
                 as fichas de preenchimento manuais e capacitar os profissionais de saúde para realizar a notificação dos agravos em Saúde do
                 Trabalhador. As propostas visam aumentar as notificações de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho uma vez que os
                 casos identificados serão encaminhados para análise e intervenção de ações de capacitação pelos Centros de Referência em
                 Saúde do Trabalhador. Obteve-se um retorno que atendeu aos objetivos por parte dos profissionais que foram público-alvo das
                 capacitações realizadas, os quais trocaram experiência e participaram da atividade. Ainda, mostraram-se sensibilizados com o
                 tema e dispostos a contribuir com as ações.



                 Tendência da Evolução da Estratégia Saúde Família em dois grandes Municípios do
                 Estado do Paraná, de 2007 a 2016


                 Autores: ELIZ CASSIELI PEREIRA PINTO; Rafaela Sirtoli; Poliana Vieira da Silva Menolli; Ligiane de Lourdes da Silva. Instituição:
                 Universidade Estadual do Oeste do Paraná

                 Palavras-chave: Saúde da Família; Saúde Pública; Atenção Básica
                 Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi adotada no Brasil como estratégia estruturante da Atenção Básica à Saúde
                 (AB). Através da reorientação do cuidado, a ESF visa promover a saúde dos brasileiros pela perspectiva ampliada de saúde e,
                 para tanto, várias políticas de saúde foram instituídas nos últimos anos com vistas a garantir a universalidade e integralidade
                 à saúde. A ESF é composta pelas equipes de Saúde da Família (eSF), além dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e,
                 mais tarde, pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Tais modalidades foram instituídas pelo Ministério da Saúde
                 (MS) por meio de incentivo, sendo os municípios autônomos para adotá-los ou não. Nesse cenário, são amplamente diversas
                 as realidades municipais de adoção da ESF por todo país, especialmente nos municípios de grande porte, cuja modalidade
                 de incentivo muitas vezes não parece atrativa aos olhos dos gestores. OBJETIVOS: Descrever a evolução da ESF em dois
                 municípios de grande porte do estado do Paraná – Cascavel e Ponta Grossa –, entre 2007 e 2016. MÉTODO: Foram utilizados
                 dados  secundários  disponíveis  no  Departamento  de Atenção  Básica  (DAB)  quanto  a  implantação  de  eSF, ACS  e  NASF. A
                 cobertura populacional para cada ano/cidade foi calculada de acordo com a população estimada a partir do Senso de 2010,
                 disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). RESULTADO: No início do período estudado, a cidade
                 de Ponta Grossa apresentava cobertura populacional de 34,2% e 43,8% para eSF e ACS, respectivamente. Ao final da década
                 estudada, no ano de 2016, Ponta Grossa chegou a marca de 85,4% de sua população coberta por eSF e 73,5% por ACS, um
                 incremento considerável em ambos os programas. Já Cascavel, no ano de início do estudo, apresentava apenas 11,8% de sua
                 população coberta por eSF e 26,1% por ACS. Embora tenha apresentado um incremento no número de equipes, especialmente,
                 permanece com uma cobertura considerada baixa, sendo 30,7% e 40,5% para eSF e ACS, respectivamente. Para o número de
                 NASF, cuja regulamentação ocorreu em 2008, Ponta Grossa ao longo da década implementou 5 núcleos, enquanto Cascavel
                 ainda não conta com nenhuma unidade. Conclusão: As cidades de Ponta Grossa e Cascavel apesar do semelhante porte
                 populacional, apresentaram números consideravelmente distintos quanto à adesão da ESF. Enquanto Ponta Grossa investiu de
                 maneira incisiva na implementação da ESF na década analisada, Cascavel permanece com uma baixa cobertura.








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