Page 52 - ANAIS_4º Congresso
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EIXO: POLÍTICA E GESTÃO EM SAÚDE
Subnotificação de Agravos Relacionados ao Trabalho: Uma Proposta de Intervenção
na Unidade de Saúde Trindade I
Autores: PATRICIA ANN NICHOLS VIDAL; Olga Estefânia Duarte Gomes Pereira. Instituição: Escola Nacional de Saúde Pública do
Paraná Sergio Arouca
Palavras-chave: Saúde do Trabalhador. Agravos de Notificação Compulsória. Educação Permanente
A subnotificação de acidente e doenças relacionados ao trabalho é uma difícil realidade que prejudica a análise da situação
de saúde da população trabalhadora assim como sobre a forma como as empresas abordam a saúde e a segurança nos
ambientes e nos processos de produção, além de interferir na escolha dos planos de ação necessários na comunidade.
Para enfrentar esse problema, este estudo apresenta propostas de intervenções para mudar essa realidade por meio de
ações de educação permanente em saúde. Trata-se de um relato de experiência com proposta que tem como objetivo de
sensibilizar sobre a importância do preenchimento da ficha de notificação no prontuário eletrônico assim como disponibilizar
as fichas de preenchimento manuais e capacitar os profissionais de saúde para realizar a notificação dos agravos em Saúde do
Trabalhador. As propostas visam aumentar as notificações de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho uma vez que os
casos identificados serão encaminhados para análise e intervenção de ações de capacitação pelos Centros de Referência em
Saúde do Trabalhador. Obteve-se um retorno que atendeu aos objetivos por parte dos profissionais que foram público-alvo das
capacitações realizadas, os quais trocaram experiência e participaram da atividade. Ainda, mostraram-se sensibilizados com o
tema e dispostos a contribuir com as ações.
Tendência da Evolução da Estratégia Saúde Família em dois grandes Municípios do
Estado do Paraná, de 2007 a 2016
Autores: ELIZ CASSIELI PEREIRA PINTO; Rafaela Sirtoli; Poliana Vieira da Silva Menolli; Ligiane de Lourdes da Silva. Instituição:
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Saúde da Família; Saúde Pública; Atenção Básica
Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) foi adotada no Brasil como estratégia estruturante da Atenção Básica à Saúde
(AB). Através da reorientação do cuidado, a ESF visa promover a saúde dos brasileiros pela perspectiva ampliada de saúde e,
para tanto, várias políticas de saúde foram instituídas nos últimos anos com vistas a garantir a universalidade e integralidade
à saúde. A ESF é composta pelas equipes de Saúde da Família (eSF), além dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e,
mais tarde, pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Tais modalidades foram instituídas pelo Ministério da Saúde
(MS) por meio de incentivo, sendo os municípios autônomos para adotá-los ou não. Nesse cenário, são amplamente diversas
as realidades municipais de adoção da ESF por todo país, especialmente nos municípios de grande porte, cuja modalidade
de incentivo muitas vezes não parece atrativa aos olhos dos gestores. OBJETIVOS: Descrever a evolução da ESF em dois
municípios de grande porte do estado do Paraná – Cascavel e Ponta Grossa –, entre 2007 e 2016. MÉTODO: Foram utilizados
dados secundários disponíveis no Departamento de Atenção Básica (DAB) quanto a implantação de eSF, ACS e NASF. A
cobertura populacional para cada ano/cidade foi calculada de acordo com a população estimada a partir do Senso de 2010,
disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). RESULTADO: No início do período estudado, a cidade
de Ponta Grossa apresentava cobertura populacional de 34,2% e 43,8% para eSF e ACS, respectivamente. Ao final da década
estudada, no ano de 2016, Ponta Grossa chegou a marca de 85,4% de sua população coberta por eSF e 73,5% por ACS, um
incremento considerável em ambos os programas. Já Cascavel, no ano de início do estudo, apresentava apenas 11,8% de sua
população coberta por eSF e 26,1% por ACS. Embora tenha apresentado um incremento no número de equipes, especialmente,
permanece com uma cobertura considerada baixa, sendo 30,7% e 40,5% para eSF e ACS, respectivamente. Para o número de
NASF, cuja regulamentação ocorreu em 2008, Ponta Grossa ao longo da década implementou 5 núcleos, enquanto Cascavel
ainda não conta com nenhuma unidade. Conclusão: As cidades de Ponta Grossa e Cascavel apesar do semelhante porte
populacional, apresentaram números consideravelmente distintos quanto à adesão da ESF. Enquanto Ponta Grossa investiu de
maneira incisiva na implementação da ESF na década analisada, Cascavel permanece com uma baixa cobertura.
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