Page 104 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 REDUZINDO A MORTALIDADE INFANTIL PARA 0%, ATRAVÉS DO TRABALHO EM REDES.
                 “FAZENDO MAIS COM O MESMO”!

                 Autores: SILVANE DO CARMO GAVRONSKI | Ana Paula Klosovski, Julio Armando Canido Mendez. Instituição: Secretaria Municipal de
                 Saúde

                 Palavras-chave: Gestante. Pré-natal. Integração.
                 No município de Inácio Martins-PR, o índice de mortalidade infantil sempre se fez muito alto, ápice foi em 2017: 31,10, o que levou
                 as equipes a tomar medidas e o empoderamento de ações e estratégias para diminuir estes índices, através do atendimento
                 multiprofissional compartilhado, otimizando o tempo entre a captação, coleta de exames e as consultas de pré-natal, evitando a
                 peregrinação das gestantes na busca por atendimentos; Integração dos profissionais da APS na captação precoce e acolhimento
                 da gestante; Diagnóstico de doenças transmissíveis e crônicas em tempo oportuno; Atendimento odontológico; Qualidade e
                 agilidade na logística do atendimento; Otimização e centralização dos serviços e discussão do plano de cuidados Interprofissionais.
                 No momento da procura da mulher nos serviços de Saúde para realizar o teste de gravidez, a equipe da APS realiza o exame
                 Bhcg, se confirmado, iniciamos o 1º atendimento de pré-natal, abertura da carteirinha, a estratificação de risco, exame físico,
                 anamnese, plano de cuidados, agendamento da 1ª rotina de exames laboratoriais, e da 1ª USG; Testes rápidos de hepatite B e
                 C, HIV, sífilis, teste da mãezinha, vacinação, agendamento da 1ª consulta médica com no máximo 10 dias; Consulta odontológica
                 com estratificação conforme o risco em saúde bucal e o agendamento da consulta são no mesmo dia da consulta médica de
                 pré-natal. Nossos resultados: 98% das gestantes são diagnosticadas antes da 12ª semana de gestação; 100% das gestantes com
                 mais de 7 consultas (+10 consultas); Redução da mortalidade infantil de 31,01% para 0%; Manutenção do índice de morte materna
                 desde 2005 em 0 %;Tratamento em tempo oportuno de doenças contagiosas e de transmissão vertical e 0% de sífilis congênita;
                 (-) de 5 % de infecções maternas; 100% de gestantes com o risco estratificado;100% das gestantes com o mínimo de 3 consultas
                 odontológicas. Avaliamos como experiência exitosa no SUS pois nos trouxe possibilidades de mudar o cenário de mortalidade
                 infantil no município, e mudanças significativas no processo de trabalho; Integração e conexão dos profissionais no contexto do
                 cuidado da gestante, garantindo um pré-natal íntegro e de qualidade. Nosso lema é: Fazendo mais com o mesmo!



                 FIGHT LIKE A GIRL – A DEFESA PESSOAL COMO FORMA DE EMPODERAMENTO
                 FEMININO

                 Autores: BIANCA CARNEIRO FORTUNATO MORENO | Maria Catarina de Cassia Quirino, Alícia Arakawa, Gustavo Borgo Oliveira, Letícia
                 Ribeiro Rosa. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                 Palavras-chave: Defesa pessoal. Saúde feminina. Empoderamento feminino.
                 Caracterização  do  problema:  Pesquisa  realizada  pelo  Instituto  Datafolha  e  pelo  Fórum  Brasileiro  de  Segurança  Pública
                 demonstrou  que  a violência  contra  a  mulher  persiste  como  grande  problemática  no  país:  em  2018,  cerca  de  16  milhões  de
                 mulheres com 16 anos ou mais sofreram algum tipo de violência. Considerando a importância do tema e a necessidade de
                 fornecer às mulheres meios de se defenderem em uma situação de ameaça, a IFMSA Brazil UEL desenvolveu o projeto Fight Like
                 a Girl. Fundamentação teórica: Visões limitadas e estereotipadas que inferiorizam a mulher alimentam um cotidiano marcado por
                 atos violentos, que abrangem os âmbitos físico e psicológico. Apesar dos grandes avanços da legislação, as políticas públicas
                 ainda são frágeis, e muitas mulheres desconhecem alguns de seus direitos ou não identificam muitas situações violentas que
                 vivem como tal. Descrição da experiência: No primeiro momento do projeto, foram promovidas três palestras: uma socióloga
                 tratou da história do movimento feminista no Brasil; uma discente de Medicina, faixa marrom no Karatê, abordou a relação da
                 mulher com o esporte e seu potencial como ferramenta de empoderamento; e uma professora de Kung Fu introduziu de forma
                 teórica as técnicas de defesa pessoal. A mesma professora foi a responsável, no segundo momento, pela aula prática de defesa
                 pessoal,  na  qual  foram  trabalhadas  defesas  focadas  em  possíveis  formas  de  abordagem  de  um  agressor.  Participaram  das
                 atividades 15 alunas de gradução do curso de Medicina. Efeitos alcançados: 73,3% participantes responderam a um questionário
                 online enviado para mensuração de impacto, com as perguntas: “O que entende por empoderamento?”, “Você se sentiria mais
                 segura sabendo lutar?”, “De 0 a 10, quanto o evento despertou de interesse por artes marciais em você?”, “Que nota você daria para
                 o evento?”. Também houve espaço para sugestões. Para 81,8% das participantes, a igualdade de gênero, em múltiplos terrenos
                 da coletividade, representa o empoderamento, visão condizente com o que foi abordado nas palestras. 63,6% revelaram que
                 se sentiriam mais seguras sabendo lutar. 45,5% desenvolveram muito interesse (nota 10) em artes marciais. 72,7% qualificaram
                 o evento como nota 10. Houve sugestões de ampliar o projeto, com mais palestrantes e maior abrangência. Recomendações:
                 Projetos como esse devem ser mais frequentes, visto a relevância demonstrada e a contribuição para o empoderamento feminino.


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