Page 102 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: DIREITO EM SAÚDE, SAÚDE INTERNACIONAL, BIOÉTICA



                 ANÁLISE DOS MEDICAMENTOS PLEITEADOS ATRAVÉS DE AÇÕES JUDICIAIS NO ÂMBITO
                 DA 20ª REGIONAL DE SAÚDE

                 Autores: KAREM ALINE PEGORARO | Ana Paula Zavadzki, Paulo Roberto Stoef, Angela Maria Campanha. Instituição: Sesa/PR
                 Palavras-chave: Judicialização.
                 Introdução: O crescente avanço das demandas judiciais no SUS é uma constante em todos os níveis de atenção, configurando-
                 se como obstáculo para o uso racional de medicamentos. Objetivo: Caracterizar as demandas judiciais para fornecimento de
                 medicamentos recebidos no âmbito da 20ª Regional de Saúde. Metodologia: Estudo descritivo dos processos judiciais recebidos
                 no período de outubro de 2017 a outubro de 2019 na Farmácia do Paraná de Toledo. Os medicamentos e as respectivas patologias
                 foram comparadas com as listas e compêndios oficiais padronizados pelo Sistema Único de Saúde. Resultados: Foram analisados
                 608 processos judiciais, totalizando 928 itens, que incluem medicamentos, suplementos, fórmulas alimentares e artigos para a
                 saúde. Os medicamentos mais demandados foram os anticoagulantes Rivaroxabana (7,5%) seguido de Enoxaparina Sódica (5,9%).
                 Elevado número de ordens judiciais também foi registrado para os medicamentos para tratamento de Degeneração Macular,
                 que incluem Aflibercept, Bevacizumabe e Ranibizumabe (5,5%). O diagnóstico mais frequente foi o de doenças do aparelho
                 circulatório (24,1%) que abrange o tratamento com medicamentos anti-hipertensivos, anticoagulantes e antiarrítmicos. Doenças
                 relacionadas  à  saúde  mental,  totalizaram  24%;  Diabetes  Melittus Tipo  II  (8,1%);  DPOC  (7,6%);  Carcinomas  (7,2%);  Degeneração
                 Macular (6%); Condições de saúde que exigem nutrição especial (5,5%); Afecções de pele (2,2%); Glaucoma (2%); Asma (1,7%) e
                 outras (3,9%). Identificou-se 231 especialidades farmacêuticas. Excetuando-se os insumos, 15,1% dos medicamentos judicializados
                 estão presentes nos compêndios oficiais e 69,7% apresentam alternativas terapêuticas no SUS. Discussão: Os resultados apontam
                 maior frequência de processos judiciais em patologias com cobertura na Rede Pública de Saúde. Um das causas deste fenômeno
                 é a dificuldade em garantir o acesso aos medicamentos cobertos e a influência do marketing farmacêutico na avaliação de
                 necessidades  e  comportamentos  de  prescrição. A  elevada  diversidade  de  insumos  requisitados  na  área  de  suplementação
                 nutricional é consequência da ausência de protocolos clínicos de padronização destes insumos. Conclusão: A judicialização na
                 saúde provoca o consumo de verba pública não prevista, impactando no planejamento das demais áreas e nos princípios da
                 equidade e integral do cuidado, bem como, a seleção dos medicamentos deve considerar, além do custo, eficácia e segurança.



                 LUDOTERAPIA NA HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO COM PACIENTES EM TRATAMENTO
                 HEMODIALÍTICO

                 Autores: BIANCA CRISTINA GONÇALVES | Guilherme Ricardo Moreira , Welington Santos Oliveira , Helen Daurizio Ricardo, Ana Eloysa
                 Clavero Leandro, Tatiane Angélica Phelipini Borges. Instituição: Universidade Norte do Paraná - Unopar
                 Palavras-chave: Ludoterapia. Diálise renal. Humanização da assistência.
                 Introdução: A doença renal crônica é de origem multifatorial, e ocorre pela diminuição lenta e progressiva da capacidade dos rins
                 de filtrar os resíduosmetabólicos do sangue. O tratamento mais utilizado é a hemodiálise que acontece por meio de uma máquina
                 que filtra o sangue e é realizado no mínimo três vezes por semana com duração de quatro horas. No entanto, são necessárias
                 ações que minimizem a experiência estressante e dolorosa durante o tratamento. Uma das práticas que podem ser empregada
                 é a ludoterapia, por apresentar resultados promissores em diversas áreas da saúde, mas ainda pouco aplicada na hemodiálise.
                 Objetivos: Analisar a produção científica na área da enfermagem acerca da utilização de atividades lúdicas em pacientes em
                 tratamento  hemodialítico.  Método:  Realizou-se  uma  revisão  integrativa  de  literatura  respeitando  o  rigor  metodológico  para
                 construção da síntese do conhecimento. O levantamento das publicações científicas ocorreu no Portal da Biblioteca Virtual de
                 Saúde (BVS), compreendendo artigos no Modelos de Saúde e Medicamentos Tradicionais, Complementares e Integrativos nas
                 Américas e na Literatura Latino Americana e do Caribe, utilizando como descritores: Diálise Renal e Humanização da Assistência.
                 E no Google Acadêmico utilizou-se os descritores, Ludoterapia, Diálise Renal e Humanização da Assistência. Os critérios de
                 inclusão em ambas as bases de dados foram: artigo, texto completo, idiomas português, inglês e espanhol, guardar relação direta
                 com o tema. A seleção ocorreu por meio da leitura exaustiva dos títulos, resumos e textos na íntegra. Resultados: Encontrou-se
                 38 artigos, sendo, sete na BVS e 31 no Google Acadêmico. Dentre os critérios estabelecidos, selecionou-se seis artigos, dois na
                 BVS e quatro no Google Acadêmico. Notou-se que a atividade lúdica é excelente aliada no tratamento hemodialítico, pois foi
                 possível identificar mudanças positivas na adaptação, melhora significativa de humor e interação dos pacientes, proporcionando
                 bem-estar de modo a influenciar na sua condição biopsicossocial. Conclusão: Constatou-se que a utilização das atividades
                 lúdicas como ferramenta para auxiliar no enfrentamento da patologia tem se tornado bem-sucedida por proporcionar ao paciente
                 durante as sessões de hemodiálise um momento de diversão, alívio da dor e angústia, diminuição do tempo ocioso, além de
                 incentivar a resiliência, proporcionando a seus pacientes um atendimento mais humanizado, com maior interação e aprendizado.



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