Page 97 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE
OBTENÇÃO DE EPITÉLIO OLFATÓRIO NA RINOSSINUSITE CRÔNICA
Autores: ELLEN CRISTINE DUARTE GARCIA | Waldiceu Aparecido Verri Jr , Marco Aurélio Fornazieri. Instituição: Universidade
Estadual de Londrina
Palavras-chave: Biópsia. Imunofluorescência. Mucosa.
Introdução: A rinossinusite crônica (RSC) é uma doença inflamatória que frequentemente apresenta disfunção do olfato. A
obtenção de epitélio olfatório é necessária para estudar possíveis mecanismos da perda olfatória. Objetivo: comparar a taxa
de obtenção de epitélio olfatório entre pacientes com RSC e controles. Métodos: Foram recrutados pacientes entre 12 e 60
anos com RSC com e sem polipose e indivíduos hígidos que fariam septoplastia sem alteração no olfato (controles). Foram
excluídos pacientes com trauma, cirurgia nasal prévia, em uso de medicação tópica nasal ou com rinite alérgica. Para obtenção
do epitélio olfatório, foi realizada biópsia da mucosa nasal em concha superior nos indivíduos durante procedimento cirúrgico.
A análise das amostras de mucosa foi feita através de imunofluorescência usando anticorpos específicos. Foi considerado
epitélio olfatório integro quando com todas camadas celulares e no mínimo 200 µm de extensão. Para análise estatística foi
usado o teste de Qui-quadrado. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos e todos
os participantes ou responsáveis assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram avaliados 27
indivíduos com idade entre 14 e 54 anos (média: 37,89 anos, desvio padrão: 12,68 anos). Dezesseis eram homens e 11 mulheres.
Desses, foi obtido epitélio olfatório para análise em 14 pacientes (52%). Nos controles a taxa de obtenção foi de 57%, 50% em
RSC com pólipos e 63% RSC sem pólipos (p= 0,84). Somente em 1 paciente com RSC com pólipos havia outro tipo de epitélio
que não olfatório, nos demais não havia nenhum tipo epitelial. Considerando apenas epitélio olfatório íntegro, no grupo
controle havia em 43%, no RSC com pólipos 50% e sem pólipos 38% (p= 0,85). Entretanto, as amostras dos controles estavam
morfologicamente mais bem definidas. Todos os pacientes apresentaram feixes nervosos na lâmina própria. Conclusão: as
taxas de obtenção de epitélio olfatório não diferiram entre os grupos tanto em epitélio olfatório total quanto íntegro, todas
amostras apresentando feixes nervosos.
OLFATO NA RINOSSINUSITE CRÔNICA COM E SEM POLIPOSE
Autores: ELLEN CRISTINE DUARTE GARCIA | Marco Aurélio Fornazieri. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Olfato. Hiposmia. Pólipos.
Introdução: O olfato é um importante sentido humano que pode ser afetado em algumas patologias. Alteração no olfato é um
dos sintomas da rinossinusite crônica (RSC), mas a comparação entre os fenótipos ainda não está clara. Objetivos: comparar
o olfato entre pacientes com RSC com e sem polipose nasal e controles. Métodos: Foram recrutados pacientes entre 12 e
60 anos com RSC com e sem polipose e indivíduos hígidos sem alteração no olfato. Foram excluídos pacientes com trauma,
cirurgia nasal prévia, em uso de medicação tópica nasal ou com rinite alérgica. O olfato foi avaliado através do Teste de
Identificação do Olfato da Universidade da Pensilvânia em sua versão em português (adaptada e validada para brasileiros).
Para análise estatística foram utilizados os testes de análise de variância (ANOVA) seguido de Bonferroni, após verificação da
normalidade de distribuição dos dados pelo teste de Shapiro-Wilk. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
envolvendo seres humanos e todos os participantes ou responsáveis assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.
Resultados: Foram avaliados 27 indivíduos com idade entre 14 e 54 anos (média: 37,89 anos, desvio padrão: 12,68 anos).
Dezesseis eram homens e 11 mulheres. Desses, 12 tinham RSC com pólipo, 8 RSC sem pólipos e 7 eram hígidos (grupo
controle). Os pacientes com RSC com pólipos tiveram a pontuação no teste olfatório significativamente inferior ao grupo
controle (p=0,001). Já os pacientes com RSC sem polipose apresentaram média inferior, mas a diferença não foi significativa.
Conclusão: os pólipos podem constituir fator agravante na RSC quanto a função olfatória do paciente, afetando a capacidade
olfativa dos mesmos.
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