Page 94 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA EM SAÚDE: FERRAMENTA DE AUXÍLIO À
GESTÃO DA SAÚDE PÚBLICA NO MUNICÍPIO DE LONDRINA – PR
Autores: MARIA ANGELINA ZEQUIM NEVES. Instituição: Autarquia Municipal de Saúde de Londrina
Palavras-chave: Sistema de Informações Geográficas. Gestão. Território.
A utilização de Sistemas Informações Geográficas aplicados à Saúde em nível municipal objetiva a compreensão geográfica dos
fenômenos e eventos relacionados à saúde. Trata-se de importante ferramenta de auxílio à gestão pública em saúde, uma vez
que possibilita capturar, armazenar, gerenciar, analisar e apresentar informações geográficas e de saúde, numa mesma base
cartográfica. Foi realizado breve histórico da utilização dessa ferramenta pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, desde
sua implantação até hoje. Por meio de oficinas de territorialização, envolvendo diversos serviços de saúde e a comunidade,
foram definidos e mapeados os territórios de abrangência das 52 Unidades de Saúde de Londrina e essa passa a ser a unidade
de análise mais importante, a partir da qual são construídos todos os indicadores de saúde descentralizados do Município.
Através da sobreposição de camadas dos setores censitários (Censo 2010-IBGE), foram produzidas as bases demográficas para
cada território. Foram utilizados os dados de natalidade, mortalidade e morbidade, tabulados a partir dos bancos e dados do
SINASC, SIM e SINAN, cruzados com dados demográficos descentralizados, para a construção de coeficientes, incidências e
taxas por territórios de abrangência das UBS. Assim, tornou-se possível analisar os riscos, planejar ações específicas de saúde
e avaliar as redes de atenção. Os SIG, manipulados por ferramentas de geoprocessamento, oferecem suporte para a gestão,
pois permitem integrar dados de diversas fontes, cartográficos e alfanuméricos, em grande volume e com rápido acesso à
informação armazenada. As análises espaciais possibilitadas pelo SIG abrem uma gama de novos subsídios que podem ser
usados para o diagnóstico e planejamento das ações na vigilância em saúde, com otimização de recursos, esforços e energia,
contribuindo tanto no pensar, quanto no agir em saúde no Município. Ao procurarmos compreender as doenças que sofrem
interferência ambiental, essa ferramenta se mostrou eficiente, pois o geoprocessamento torna possível a criação de camadas
com dados demográficos, ambientais, levantamentos sobre vetores e casos notificados de doenças. Assim, discussões são
instigadas sobre a possibilidade de o meio ambiente contribuir ou não no processo de aquisição e proliferação de determinadas
doenças.
A REGULAÇÃO DO ACESSO DE UM CONSÓRCIO PÚBLICO DE SAÚDE NA REGIÃO DO
MÉDIO PARANAPANEMA NO ESTADO DO PARANA, COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
AOS ENTES CONSORCIADOS
Autores: ANA MARIA DA SILVA | Gislainy Silvia Camargo Ricardo, Tatiana De Dio Benevenuto, Verushka Aparecida Silvério Teresa
Oliveira. Instituição: Cismepar - Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema
Palavras-chave: Consórcios de saúde. SUS. Qualidade de vida.
O relato de experiência refere-se à apresentação de um projeto de intervenção a ser implantado, onde se propõe o
levantamento, análise e implementação de melhorias no processo de regulação do acesso a saúde, na Unidade de Regulação
de um Consórcio Público da região do Médio Paranapanema. Que tem como objetivo apoiar a organização do sistema de
saúde no âmbito do Consórcio, aperfeiçoando os recursos disponíveis, promovendo acesso equânime, integral e qualificado
da população aos serviços de saúde. Baseado nos princípios da Portaria 1.559, de 01 de agosto de 2008, que instituiu a política
nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde. Em meados de 2011, a unidade de regulação do acesso do Consórcio passou
por uma reestruturação com a adoção de protocolos, estratificação de risco e demais critérios de priorização. A reorganização
dos processos de trabalho, divisão de tarefas e ampliação da equipe, permitiram a otimização das ofertas de serviços de saúde,
redução do tempo de espera, equidade e controle dos limites físicos e financeiros. A partir deste processo, foram detectadas
não conformidades na lista expectante (fila de espera), que desencadearam reflexões acerca do papel dos profissionais,
equipes municipais de regulação, profissionais de saúde da atenção primária e seus impactos no processo de trabalho. Neste
sentido, surgiu um projeto de intervenção, onde pudéssemos trabalhar novas metodologias a serem desenvolvidas, com
a implementação de rodas de conversa, videoconferências, visitas técnicas, capacitações para equipe interna e externa, e
revisão de protocolos clínicos. Com isso, espera-se potencializar a atuação das equipes, proporcionar o acesso dos usuários
aos serviços de saúde de forma eficiente e qualificada. A partir deste projeto de intervenção, assumimos o desafio de alcançar
o engajamento dos atores envolvidos para a correção das não conformidades, buscando a inserção adequada e suficiente dos
dados da lista expectante, permitindo assim, a estratificação de risco qualificada, promovendo agilidade no acesso do usuário
aos serviços de saúde, influenciando positivamente em sua qualidade de vida.
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