Page 98 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE EIXO: CIÊNCIA, TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INOVAÇÃO EM SAÚDE
ANÁLISE DOS EFEITOS DA LAVAGEM COM BUDESONIDA EM ALTO VOLUME SOBRE A
FUNÇÃO OLFATÓRIA DE PACIENTES COM RINOSSINUSITE CRÔNICA COM POLIPOSE
NASAL E SEM CIRURGIA NASAL PRÉVIA
Autores: LISANDRA CARDOSO BUENO | Natália Medeiros Dias Lopes, Ellen Cristine Duarte Garcia, Marco Aurélio Fornazieri. Instituição:
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Palavras-chave: Lavagem nasal. Rinossinusite crônica. Budesonida.
A rinossinusite crônica é uma doença de acentuado impacto econômico e social, com diminuição da qualidade de vida dos
pacientes, elevado índice de morbidade e queda do desempenho acadêmico. Distúrbios olfatórios são os principais sintomas e
são de extrema importância, visto que podem resultar em dificuldades de percepção de situações de perigo, como vazamentos de
gás de cozinha e ingestão de alimentos estragados. Objetivo: Avaliar a correlação entre lavagem nasal com budesonida diluída em
alto volume e a melhora da capacidade olfatória dos pacientes com rinossinusite crônica com polipose, sem histórico de cirurgia
nasal. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico, randomizado, placebo controlado de tipo paralelo. Avaliou a eficácia da lavagem
nasal com 2mg budesonida diluída em alto volume de soro fisiológico, diariamente, durante 16 semanas comparada ao placebo.
Para ser recrutado ao estudo, os pacientes deviam ter entre 18 e 55 anos e apresentar, no mínimo, dois dos seguintes sintomas
antes da triagem: bloqueio nasal/obstrução/congestão ou rinorreia; dor facial/pressão; redução ou perda do olfato. Seis pacientes
com rinossinusite crônica com polipose nasal e sem cirurgia prévia foram submetidos ao Teste de Identificação do da Universidade
da Pensilvânia (UPSIT), antes e após 4 meses do início do tratamento com medicação do estudo ou placebo.Foram excluídos
indivíduos com expectativa de vida curta (menos de 6 meses); pacientes submetidos a tratamento com imunossupressores ou
medicamentos anti-imunoglobulina dentro de dois meses antes da triagem, assim como indivíduos com cirurgia nasal prévia,
ou em uso de anti-leucotrienos e anti-histamínicos. Resultados: Foram recrutados 6 pacientes (4 mulheres e 2 homens), com
idade entre 31 e 52 anos (37±3,36), que completaram os 4 meses de tratamento. Quatro pacientes foram submetidos à lavagem
da cavidade nasal com placebo e 2 pacientes à lavagem com budesonida. Não houve alteração na pontuação do teste olfatório
(UPSIT) entre os grupos (p=1). Conclusão: O resultado apresentado até o momento não mostra diferença estatística significativa
entre os grupos, o que pode ser devido ao fato do pequeno número de pacientes analisados até o momento. Portanto, um número
maior de pacientes deve ser recrutado a fim de avaliar melhora da eficácia do tratamento proposto comparado ao grupo placebo.
PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES OLFATÓRIAS EM PACIENTES COM RINOSSINUSITE
CRÔNICA COM E SEM POLIPOSE NASAL.
Autores: LISANDRA CARDOSO BUENO | Marla Renata Soares Momesso, Ellen Cristine Duarte Garcia, Natália Medeiros Dias Lopes, Marco
Aurélio Fornazieri. Instituição: Universidade Estadual De Londrina (UEL)
Palavras-chave: Olfato. Rinossinusite crônica. Polipose.
A perda da função olfatória é uma disfunção de acentuado impacto social, que afeta mais de 20% da população geral. Provoca
alteração na percepção de higiene, distúrbios de apetite, além de ocasionar mudanças no comportamento emocional e sexual. A
rinossinusite e pólipos nasais, são as causas mais comuns de disfunção do olfato, as quais podem interferir na olfação por meio
de inflamação da mucosa ou de obstrução nasal. Objetivos: Avaliar a prevalência de distúrbios olfatórios em pacientes com
rinossinusite crônica com e sem polipose nasal. Método: Foram avaliados prontuários de pacientes com rinossinusite crônica do
ambulatório de otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Londrina, os quais continham avaliação do olfato pelo Teste de
Identificação do Olfato da Universidade da Pensilvânia (UPSIT) na primeira consulta. Foram selecionados pacientes entre 18 e
65 anos com rinossinusite crônica, sem infecção das vias aéreas superiores no dia da avaliação. Foram excluídos pacientes com
histórico de trauma cranioencefálico prévio ou neurocirurgias, com diabetes mellitus, fibrose cística, discinesia ciliar, síndromes
reumatológicas, com doença degenerativa ou história familiar, além de imunocomprometidos, tabagistas, pacientes em uso de
anti-histamínicos ou corticoesteroides tópicos no último mês ou com cirurgia nasossinusal prévia. A normalidade dos grupos
foi constatada pelo Teste de Shapiro-Wilk, e a análise baseada no Teste T e Teste de Fisher. Resultado: Foram analisados os
resultados do UPSIT de 18 pacientes, sendo 10 mulheres e 8 homens. A média de idade geral foi de 42 anos (DP± 4). Sete pacientes
pertenciam ao grupo sem polipose nasal, cuja média de idade foi de 37 anos (DP±16), e 11 pacientes participaram do grupo
com polipose nasal, com média de idade de 45 anos (DP± 17).O Teste T comparando a função olfatória entre os grupos com
e sem polipose nasal não revelou diferença estatisticamente significativa (p=0,3644). A proporção de mulheres na pesquisa foi
superior, porém não houve diferença na análise dos dados segundo o sexo dos participantes de cada grupo (p=0,367). Conclusão:
Não houve diferença quanto à função olfatória entre os grupos com e sem polipose nasal, mas estudos com maior número de
pacientes devem ser realizados.
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