Page 105 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
P. 105
EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SATISFAÇÃO COM O DESEMPENHO ACADÊMICO E PRESENÇA DE INDICATIVO DE
DEPRESSÃO EM UNIVERSITÁRIOS
Autores: JESSICA VERTUAN RUFINO | Rafaela Sirtoli, Milena Yumi Silvério Matsumoto, Renne Rodrigues, Selma Maffei de Andrade,
Camilo Molino Guidoni. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Depressão. Desempenho acadêmico. Ensino superior.
Introdução: A depressão é um transtorno multifatorial que pode surgir em qualquer período da vida, podendo estar relacionado à
rotina de estudos de universitários. O bom desempenho acadêmico pode ser um marcador de sucesso, que quando não atingido,
pode representar um fator para a presença de sintomas depressivos. Sendo assim, torna-se relevante avaliar se o desempenho
acadêmico se associa com a presença de sintomas depressivos. Objetivos: O presente estudo objetivou avaliar a associação entre
a satisfação com o desempenho acadêmico e a prevalência de indicativo de depressão em estudantes de uma universidade
pública. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado com graduandos da Universidade Estadual de Londrina, com
coleta de dados realizada por meio de um questionário online no período de abril a junho de 2019. A satisfação com o desempenho
acadêmico foi avaliada em escala Likert (satisfeito/muito satisfeito; nem satisfeito, nem insatisfeito e insatisfeito/muito insatisfeito).
O indicativo de depressão foi mensurado pelo Patient Health Questionnaire-9, identificando-se com presença do indicativo de
depressão indivíduos com escore ?9. Realizou-se análise estatística, por meio do teste qui-quadrado para identificar diferenças nas
distribuições da prevalência de indicativo de depressão, considerando-se estatisticamente significativo p-valor <0,05. O projeto
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina. Resultados: Participaram do estudo 3.169
estudantes, dentre os quais 45,5% eram das áreas de conhecimento de humanas sociais e artes, 45,0% cursavam 2ª ou 3ª série,
e 44,4% o período integral. Quanto à satisfação com o desempenho acadêmico, 42,7% estavam satisfeitos/muito satisfeitos e
33,0% estavam nem satisfeitos, nem insatisfeitos. A prevalência do indicativo de depressão foi de 74,1% dentre os participantes,
sendo superior nos indivíduos insatisfeitos/muito insatisfeitos com o desempenho acadêmico (90,5%), frente a 62,4% que estavam
satisfeitos/muito satisfeitos (p-valor <0,001). Conclusão: A partir dos resultados, nota-se uma elevada prevalência de indicativo de
depressão, associada à insatisfação dos estudantes com seu desempenho acadêmico. Considerando a complexidade do tema,
considera-se importante a formulação de políticas institucionais para apoio pedagógico e psicológico aos estudantes com pior
satisfação com desempenho acadêmico, a fim de promoverem bem-estar e adequadas condições de aprendizagem.
ASSOCIAÇÃO ENTRE INDICATIVO DE DEPRESSÃO E HÁBITOS DE VIDA EM
UNIVERSITÁRIOS
Autores: JESSICA VERTUAN RUFINO | Rafaela Sirtoli, Rafael Augusto de Jesus Timote, Renne Rodrigues, Edmarlon Girotto, Camilo Molino
Guidoni. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Depressão. Estilo de vida. Ensino superior.
Introdução: O ingresso do estudante no ensino superior está relacionado a inúmeros desafios e mudanças que podem levar à
adoção de hábitos menos saudáveis e que podem se relacionar ao surgimento de problemas de saúde, incluindo a depressão.
Considerando a importância dessa fase para a consolidação de hábitos de vida e o impacto negativo que a depressão pode
provocar na qualidade de vida dos estudantes, considera-se relevante estudar se existe associação entre tais hábitos e a
depressão em universitários. Objetivos: O presente estudo objetivou avaliar a associação entre o indicativo de depressão e hábitos
de vida de universitários. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado com graduandos da Universidade Estadual de
Londrina, com coleta de dados realizada por meio de um questionário online no período de abril a junho de 2019. O indicativo
de depressão foi mensurado pelo Patient Health Questionnaire-9, identificando-se com presença do indicativo de depressão
indivíduos com escore? 9. A associação entre as variáveis foi avaliada por meio do teste qui-quadrado, utilizando-se o programa
Statistical Package for the Social Sciences® versão 20.0, considerando-se estatisticamente significativo p-valor <0,05. O projeto
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina. Resultados: Constatou-se prevalência
de 74,1% de indicativo de depressão dentre os 3.169 participantes, sendo superior entre os que relataram consumo frequente
de álcool (86,4%) (p-valor 0,007), tabaco (83,9%) (p-valor 0,002) e café (81,9%) (p-valor <0,001), que não praticavam atividades
físicas (79,5%) (p-valor <0,001), autorreferiram uma pior qualidade da alimentação (88,6%) (p-valor <0,001), estavam insatisfeitos
com o tempo disponível para lazer (85,1%) (p-valor <0,001) e autorreferiram maior dependência de mídias sociais (78,4%) (p-valor
<0,001). Conclusão: Os resultados indicaram elevada prevalência do indicativo de depressão, associada a diversos fatores ligados
aos hábitos de vida dos estudantes. Considerando a importância dessa fase para a consolidação de hábitos na vida adulta, é
imprescindível a realização de ações educativas, políticas institucionais que incentivem a adoção de comportamentos mais
saudáveis, bem como o atendimento dos universitários com indicativo de depressão.
104