Page 109 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                  DEPENDÊNCIA DE CAFEÍNA E SINTOMAS PSÍQUICOS EM PROFESSORES DA
                  EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE PÚBLICA DE LONDRINA-PR

                  Autores: JULIANA MARIANO MASSUIA VIZOTO | Alberto Durán González, Selma Maffei de Andrade, Arthur Eumann Mesas.
                  Instituição: IFPR/UEL

                  Palavras-chave: Cafeína. Dependência. Psíquicos.
                  Introdução:  Embora  a  cafeína  seja  a  substância  psicoativa  mais  comumente  usada  e  geralmente  produza  sintomas
                  de  abstinência  e  dependência,  pouco  se  sabe,  especialmente  em  professores/trabalhadores,  sobre  a  prevalência
                  de  dependência  de  cafeína  e  as  relações  com  sintomas  psíquicos.  Objetivos:  Este  estudo  examinou  a  relação  entre
                  dependência de cafeína e sintomas psíquicos em professores da educação básica da rede pública de um município do Sul
                  Brasil. Métodos: Os professores completaram medidas de autorrelato de uso de café e bebidas energéticas, responderam
                  entrevista para avaliar condições subjetivas para ansiedade e depressão severa, e também dependência de cafeína segundo
                  critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Saúde Mental (DSM-5); e, preencheram o Inventário para
                  Depressão de Beck II (BDI-II). Para a análise descritiva utilizou-se a distribuição de frequência absoluta e relativa, ao passo que
                  para a análise bivariada foi utilizado o teste de qui-quadrado por regressão logística. O teste de Mann Whitney foi utilizado
                  para comparação das médias de pontuação para o BDI-II entre os grupos de dependentes e não dependentes de cafeína.
                  Resultados: A prevalência de dependência de cafeína nos professores foi de 5,6% e mostrou-se associada com depressão
                  severa  e  ansiedade  por  parâmetros  subjetivos  (p<0,05). A  presença  de  depressão,  segundo  BDI-II,  também  se  mostrou
                  correlacionada. Os sintomas depressivos associados à dependência de cafeína foram: pessimismo, culpa, punição, baixa
                  autoestima, choro, agitação, perda de interesse, desvalorização, irritabilidade, alterações no padrão de apetite e perda de
                  interesse por sexo (p<0,05). A média de sintomas presentes e da pontuação obtida pela escala foi maior nos professores
                  classificados como dependentes de cafeína (p<0,001). Foi observada uma tendência linear para o score obtido pela escala,
                  indicando que as chances da dependência aumentam conforme aumenta o score obtido pelo BDI-II (OR: 1,067; IC 95%: 1,030-
                  1,106; p<000,1). Conclusões: A dependência de cafeína mostrou-se associada a sintomas psíquicos em professores, incluindo
                  ansiedade e depressão, e deve ser considerado em pesquisas futuras.





                  INFECÇÃO PELO VÍRUS DA HEPATITE A EM JOVENS RESIDENTES NOS MUNICÍPIOS
                  DA 17ª REGIONAL DE SAÚDE

                  Autores: CARLA FERNANDA TIROLI | Maikon Rosa dos Santos, Márcio Souza, Natalia Marciano de Araujo Ferreira, Tereza Cristina
                  Portela da Silva, Rejane Kiyomi Furuya. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                  Palavras-chave: Adulto jovem. Hepatite A. Epidemiologia.
                  Introdução: O vírus da hepatite A (HAV) pertence à família Picornaviridae, com transmissão fecal-oral e não há na literatura
                  relatos  de  forma  crônica. Após  vários  anos  em  queda,  casos  de  HAV  voltaram  aumentar  entre  os  jovens,  por  meio  da
                  transmissão sexual. Objetivo: Descrever a ocorrência de HAV entre jovens residentes nos municípios que compõem a 17ª
                  Regional de Saúde do Paraná no período de 2007 a 2019. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. Os
                  dados foram coletados das Fichas de Notificação de Hepatites Virais, do Sistema de Informações de Agravos de Notificação.
                  Os critérios de inclusão foram: casos notificados em indivíduos entre 18 e 39 anos, no período de 2007 a 2019. A pesquisa
                  foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa CAAE: 21738719.9.0000.523. Resultados: Foram notificados 285 casos de
                  jovens com HAV, com predomínio entre 18 e 28 anos (81,0%), a maioria da raça branca (54,7%) e do sexo masculino (51,2%),
                  com predomínio do ensino fundamental incompleto (41,4%). O município de Londrina apresentou o maior número de casos
                  (84,9%), seguido de Ibiporã e Bela Vista do Paraíso (6,0%). As notificações concentraram-se entre os anos de 2007 e 2008
                  (96,1%). De 2015 a 2018 não ocorreram notificações e 2019 ocorreram dois casos notificados. Conclusão: Os casos notificados
                  foram  predominantes  em  jovens  do  sexo  masculino,  raça  branca,  indivíduos  com  baixa  escolaridade  e  residentes  em
                  Londrina. Os dados sobre HAV devem ser monitorados na população de jovens, contribuindo para o conhecimento do agravo
                  e estratégias de prevenção.







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