Page 114 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                 NOVEMBRO AZUL: CAMPANHA PELA SAÚDE MASCULINA

                 Autores: MARCOS VINÍCIUS OLIVEIRA SILVA | Carla Paes Manfio, Bianca Carneiro Fortunato Moreno, Jessé Trinck Salvador. Instituição:
                 Universidade Estadual de Londrina

                 Palavras-chave: Saúde masculina. Câncer de próstata. Rastreamento.
                 Caracterização do problema: Para 2020, o Instituto Nacional de Câncer estima uma incidência de 29,2 para o câncer de próstata,
                 o mais frequente em homens e o segundo tipo de câncer que mais mata essa população. Os homens tendem a dedicar menos
                 atenção e cuidado à sua saúde e, nesse caso, outro fator que prepondera é o preconceito que existe em relação ao exame de
                 toque retal, principal ferramenta de rastreamento. No contexto do Novembro Azul, mês temático dedicado à saúde masculina,
                 a IFMSA Brazil UEL, em parceria com as empresas Tata Consultancy Services Londrina e Empresa Brasileira de Infraestrutura
                 Aeroportuária (INFRAERO), promoveu uma campanha de conscientização a respeito do câncer de próstata. Fundamentação
                 teórica: A detecção precoce do câncer de próstata é a principal forma de combate, visto que proporciona vantagem sobre
                 sua evolução. Quanto mais cedo o diagnóstico e tratamento, maior a chance de cura. Assim, a população masculina deve ser
                 conscientizada a respeito da importância do acompanhamento médico e da realização de exames preventivos. Descrição da
                 experiência: As ações ocorreram no Aeroporto de Londrina e na empresa Tata Consultancy Services. Foi realizada uma capacitação
                 sobre o câncer de próstata, que serviu como base teórica para as ações subsequentes. No aeroporto, foi realizada panfletagem,
                 e, na empresa, a ação consistiu em quatro pequenas palestras direcionadas aos funcionários, além de panfletagem. Em ambas
                 as intervenções foi salientada a importância da prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento do câncer de próstata. Efeitos
                 alcançados: Os resultados foram satisfatórios quanto à apresentação do assunto para a população, à resolução de dúvidas sobre
                 saúde masculina e à conscientização sobre a importância da prevenção câncer de próstata. Tanto para os membros da IFMSA
                 Brazil UEL quanto para os participantes, a campanha foi importante para a desconstrução de preconceitos e maior conhecimento
                 sobre o tema, tendo grande impacto na saúde das pessoas envolvidas. A estimativa da INFRAERO é de que foram atingidas 200
                 pessoas no aeroporto. Na empresa Tata Consultancy Services, cerca de 120 pessoas participaram da ação. Recomendações: A
                 ação reforçou para os membros da IFMSA Brazil UEL as formas de abordagem com a população a respeito desse assunto, de
                 difícil abordagem devido ao preconceito. Isso deve ser levado aos meios familiar, acadêmico e de convivência. Quanto mais o
                 assunto for abordado, maior será sua naturalização.



                 O QUE OS PACIENTES SABEM SOBRE INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA Á
                 SAUDE (IRAS) E COMO FAZER PARTE DA PREVENÇÃO
                 Autores: MARIA CATARINA DE CASSIA QUIRINO | Bruno Machado Cunha , Cláudia Maria Dantas de Maio Carrilho. Instituição:
                 Universidade Estadual de Londrina
                 Palavras-chave: Infecção hospitalar. Conhecimento. Prevenção.
                 As IRAS são importantes causas de morbidade e mortalidade intra-hospitalar e o conhecimento e aplicação sobre prevenção
                 deve ser de todo profissional de saúde e se estender aos pacientes e familiares como forma de participação ativa no processo de
                 prevenção. Objetivo: Dimensionar o quanto os pacientes têm conhecimento sobre as IRAS e sua prevenção. Método: Trata-se de
                 um estudo transversal aprovado pelo CEP, com dados primários de pacientes adultos e conscientes no Hospital Universitário de
                 Londrina, no período de abril a outubro de 2019, colhidos por meio de questionários e tabulados no programa Excel. As perguntas
                 foram: “você sabe o que é infecção hospitalar?”; “conhece os produtos para higienização das mãos? (Álcool gel, espuma, sabão…)”;
                 “recebeu orientação para higienização das mãos?”; “(se sim) qual profissional te orientou?”; Observa se profissionais/estudantes
                 fazem a higiene das mãos antes e após o contato com o paciente?”; “Observa se profissionais/ estudantes fazem a higiene das
                 mãos antes e após o contato com materiais e equipamentos usados no paciente?”; “Qual categoria mais higieniza as mãos?”.
                 Resultados: Foram aplicados 758 questionários aos pacientes internados (351 homens e 407 mulheres). Do total, 420 (55,40%)
                 sabiam o que era IRAS; 720 (94,98%) conheciam produtos de higiene das mãos; 583 (76,91%) receberam orientação para higiene
                 das mãos. Entre os entrevistados, 480 (63,32%) observaram se os profissionais/estudantes higienizavam as mãos antes do contato
                 com o paciente, e 384 (50,65%) observaram se a higiene era realizada após o contato com materiais e equipos. Discussão: Os
                 achados indicam que a maioria dos pacientes tinham algum conhecimento sobre IRAS. Estes, uma vez informados, ficam mais
                 atentos  às  ações  dos  profissionais  de  saúde,  realizando  um  monitoramento  e  cobrança  destes  em  relação  às  medidas  de
                 prevenção das IRAS. Estas ações podem dificultar a disseminação de patógenos infecciosos, diminuindo o número de casos.
                 No tocante aos profissionais que mais orientaram sobre a higiene das mãos ou mesmo foram vistos realizando-a, em ambas as
                 categorias destaca-se a equipe de enfermagem. Conclusão: Empoderar o paciente no contexto de prevenção de IRAS pode ser
                 um aliado aos profissionais de saúde. Este estudo é inédito na literatura. Mais estudos são necessários em relação ao tema para
                 a identificação de fatores relacionados às IRAS.



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