Page 121 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES OPORTUNISTAS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Autores: RAFAELA MARIOTO MONTANHA | Jessica Maia Storer, Jucinay Phaedra Silva Sanches, Franciely Midori Bueno de Freitas,
Rejane Kiyomi Furuya, Flávia Meneguetti Pieri. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Vírus da Imunodeficiência Humana. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Infecções oportunistas.
Monitoramento epidemiológico. Enfermagem.
Introdução: a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) são
uma epidemia que representa um problema de saúde pública. Do início da epidemia até o fim de 2018, 32 milhões de pessoas
morreram de doenças relacionadas à Aids, só no ano de 2018 foram cerca de 770.000 mil óbitos. O aparecimento de infecções
oportunistas e neoplasias é definidor da Aids e contribui diretamente para os números expressivos de mortalidade. Objetivo:
caracterizar as infecções oportunistas prevalentes em pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHIV). Método: estudo observacional,
quantitativo. A amostra foi constituída de 802 pessoas notificadas com HIV/Aids no Sistema de Informações de Agravos de
Notificação entre janeiro/2017 e dezembro/2019 no Departamento de Vigilância Epidemiológica do município de Londrina/
Paraná. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science. CAAE: 00603718.6.0000.5231
Resultado: de acordo com o critério Rio de Janeiro/Caracas prevaleceu a astenia maior ou igual a um mês (n=120; 15,0%),
caquexia ou perda de pesa maior que 10% (n=115; 14,3%) e tosse persiste ou qualquer pneumonia (n=88; 11,0%). No critério CDC
adaptado, destacou-se contagem de linfócitos T CD4+ menor que 350 cel/mm3 (N=345, 43,0%), pneumonia por Pneumocystis
carinii (n=16; 2%), toxoplasmose cerebral (n=12; 1,5%). Conclusão: como característica clínica que apresentou maior número de
ocorrências, evidencia-se a astenia maior ou igual a um mês. Além desta, verificou-se que PVHIV apresentam consideravelmente,
na notificação, contagem de linfócitos T CD4+ menor que 350 cel/mm³, o que representa imunossupressão no momento do
diagnóstico e reflete o acesso tardio ao conhecimento do status sorológico. Portanto, é necessário verificar as redes de apoio ao
diagnóstico e tratamento precoce, visto que a reconstituição imunológica é de grande importância para o aumento da sobrevida
de PVHIV.
COINFECÇÃO TB-HIV: PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO, DEMOGRÁFICO E CLÍNICO
Autores: RAFAELA MARIOTO MONTANHA | Jessica Maia Storer, Giovana Ciquinato, Márcio Souza dos Santos, Rejane Kiyomi Furuya,
Flávia Meneguetti Pieri. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Notificação. Epidemiologia. Vírus da Imunodeficiência Humana. Tuberculose. Coinfecção. Infecções
oportunistas.
Introdução: A Tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pela Mycobacterium tuberculosis. É considerado
um problema mundial de saúde pública, pois é responsável pela alta frequência de desfechos graves, principalmente em
imunodeprimidos. Estima-se que o risco de adoecimento por Tuberculose em pessoas vivendo com o Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV) é 28 vezes maior que nas demais populações. O Brasil está entre os 30 países de alta carga para TB e TB-
HIV, considerado prioridade pela Organização Mundial da Saúde para o controle da doença no mundo. Objetivo: Analisar o
panorama demográfico, clínico e epidemiológico das pessoas com coinfecção TB-HIV. Método: Trata-se de um estudo
transversal, quantitativo e descritivo, cuja fonte é o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação de
Tuberculose, no período de janeiro/2015 a outubro/2019, em um município do Norte do Paraná, Brasil. Os dados foram tabulados
e analisados por meio do software Statistical Package for the Social Science. CAAE nº 50559815.6.0000.52.31. Resultados: Foram
notificados no período 1110 casos de Tuberculose, destes, 143 apresentavam sorologia reagente para HIV no momento da
notificação. Em relação às pessoas coinfectadas TB-HIV (n=143), houve predomínio do sexo masculino (73,4%), faixa etária entre
40 e 50 anos (30,1%), cor branca (54,5%) seguida de pardas (29,4%). Em relação ao nível de escolaridade, percebeu-se que 70,7%
possuíam menos de oito anos de estudo. Quanto ao tipo de entrada, 70,6% eram casos novos e 13,3% recidivas. Observou-se
que 80,4% dos casos possuíam Raio-X de tórax suspeito e 57,3% apresentavam a Tuberculose na forma pulmonar. Verificou-se
que 29,4% apresentaram baciloscopia positiva de escarro no momento do diagnóstico. Em relação ao teste rápido molecular,
17,5% mostrou-se detectável sensível a Rifampicina e apenas 2,1% detectável resistente a Rifampicina. Do total de coinfectados
TB-HIV, 56,6% estavam em uso de terapia antirretroviral durante o tratamento de TB. Conclusão: Verificou-se que a coinfecção
da TB-HIV acometeu predominantemente adultos homens, brancos e de pouco estudo, com TB na forma pulmonar e em uso
de terapia antirretroviral. As análises desses dados demonstram a importância de promover ações que viabilizem o acesso
ao diagnóstico das populações mais vulneráveis, especialmente pessoas vivendo com HIV, além de estabelecer grupos de
trabalho para planejar e executar ações em conjunto TB-HIV.
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