Page 124 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
P. 124

EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE  EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE



                  DEPENDÊNCIA DE CAFEÍNA E FATORES ASSOCIADOS EM PROFESSORES DA
                  EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA-PR

                  Autores: JULIANA MARIANO MASSUIA VIZOTO | Alberto Durán González, Selma Maffei de Andrade, Arthur Eumann Mesas.
                  Instituição: IFPR/UEL
                  Palavras-chave: Cafeína. Dependência. Professores.

                  Introdução: A cafeína é a droga psicoativa mais utilizada no mundo, porém as conclusões sobre os efeitos na saúde humana
                  são  bastante  dicotômicas.  Embora  o  consumo  seja  geralmente  seguro,  alguns  usuários  regulares  de  cafeína  tornam-se
                  dependentes e são incapazes de reduzir o consumo apesar do conhecimento de problemas de saúde recorrentes associados
                  ao uso excessivo e continuado. Objetivos: Investigar a prevalência de dependência de cafeína e verificar sua associação
                  com variáveis sóciodemográficas, hábitos de vida, condições de saúde e fatores ocupacionais em professores. Métodos:
                  Estudo transversal aninhado em um estudo de coorte com professores da educação básica de uma cidade do Sul do Brasil.
                  A dependência de cafeína, que foi avaliada segundo os critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de
                  Saúde Mental (DSM-5), e as demais variáveis foram coletadas por meio de entrevistas. Para a análise bivariada foi utilizado o
                  teste de qui-quadrado por regressão logística, com cálculo da Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança (IC95%). Resultados:
                  A prevalência de dependência de cafeína foi de 5,6% e não se mostrou associada com características sóciodemográficas ou
                  hábitos de vida, porém foi observado que os professores que relataram consumo elevado de cafeína apresentaram chances
                  quatro  vezes  maiores  de  apresentar  dependência  (p<0,001).  Quanto  às  condições  de  saúde,  a  autoavaliação  de  saúde
                  regular/ruim, a qualidade de sono ruim e o uso de medicamentos para dormir mostraram-se associados à dependência de
                  cafeína (p<0,05). Em relação aos aspectos ocupacionais, a percepção regular/ruim quanto ao equilíbrio entre vida profissional
                  e pessoal, a falta de tempo, o esgotamento e a frustração com o trabalho, assim como o sentimento de estar no limite
                  de possibilidades mostraram-se mais frequentes nos professores classificados como dependentes (p<0,05). Conclusões:
                  A prevalência da dependência de cafeína mostrou-se baixa, porém associada a fatores adversos relacionados ao sono e a
                  aspectos ocupacionais docentes. Pesquisas clínicas e epidemiológicas adicionais, sobre dependência de cafeína e riscos
                  relacionados são necessárias.






                  INCIDÊNCIA DE REDUÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM HOMENS E
                  MULHERES DE MEIA IDADE: SEGUIMENTO DE QUATRO ANOS EM MUNICÍPIO DE
                  MÉDIO PORTE

                  Autores: NATHALIA ASSIS AUGUSTO | Ana Maria Rigo Silva, Mathias Roberto Loch. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
                  Palavras-chave: Pessoa de meia idade. Alterações do peso corporal. Estudos longitudinais.

                  Introdução: O Brasil apresenta alta prevalência de sobrepeso e obesidade, especialmente a partir da fase da meia idade. A
                  redução do IMC pode prevenir doenças crônicas não transmissíveis e mortes prematuras. O objetivo deste estudo foi analisar
                  a incidência de redução do Índice de Massa Corporal (IMC) entre homens e mulheres de meia idade segundo características
                  sociodemográficas e classificação nutricional. Método: Trata-se de uma coorte prospectiva de base populacional com 689
                  adultos com idade entre 40 e 64 anos acompanhados por quatro anos. Verificou-se a proporção de redução do IMC (?1
                  kg/m²) segundo variáveis sociodemográficas (faixa etária, situação conjugal, cor da pele, escolaridade e classe econômica)
                  e  classificação  nutricional  no  baseline  por  meio  da  regressão  de  Poisson  bruta  e  ajustada.  Resultado:  Observou-se
                  maior incidência de redução do IMC nos homens da faixa etária de 55 a 64 anos (RR:1,78; IC95%:1,06-3,00), naqueles sem
                  companheira  (RR:1,85;  IC95%:1,09-3,14),  nos  classificados  com  sobrepeso  (RR:2,06;  IC95%:1,13-3,74)  e  obesidade  (RR:2,33;
                  IC95%:1,24-4,35). Entre as mulheres, houve maior incidência de redução na faixa etária de 55 a 64 anos (RR:1,43; IC95%:1,02-2,00)
                  e nas classificadas com obesidade (RR:2,10; IC95%:1,30-3,38). Conclusão: Estes dados são importantes para compreensão dos
                  fatores relacionados à redução do peso e contribuição com políticas públicas que visem o cuidado à saúde do adulto de meia
                  idade.








                                                                                                             123
   119   120   121   122   123   124   125   126   127   128   129