Page 123 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE

EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE

CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS ILÍCITAS POR ESTUDANTES DA
ÁREA DA SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Autores: GIOVANA FRAZON DE ANDRADE | Gabriela Benjoino Marinho Maia, Edmarlon Girotto. Instituição: Universidade Estadual de
Londrina
Palavras-chave: Saúde do estudante. Drogas ilícitas. Estudos transversais.
Introdução: O consumo de substâncias ilícitas é uma questão de saúde pública e seu uso representa uma das formas de
enfrentamento dos problemas provocados pela demanda excessiva no ambiente acadêmico. O consumo por estudantes de
cursos da área da saúde é preocupante pois presume-se que tais atitudes podem interferir na vida pessoal, nas habilidades de
aprendizagem e condutas profissionais em indivíduos que serão promotores de saúde junto à comunidade. Assim, conhecer esta
população pode contribuir no estabelecimento de ações em saúde mental. Objetivo: Caracterizar o consumo de substâncias
ilícitas em estudantes universitários da área da saúde. Método: Estudo transversal realizado com estudantes da área da saúde
de uma universidade pública. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário disponibilizado em plataforma online. O
consumo de substâncias ilícitas foi mensurado a partir da adaptação do questionário Alcohol, Smoking and Substance Involvement
Screening Test (ASSIST). Para caracterização da população, foi investigado sexo, faixa etária, orientação sexual, satisfação com o
curso e com o desempenho acadêmico, se reside com familiares e forma de subsistência. Os dados foram analisados por meio
de frequências absolutas e relativas com auxílio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)®. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina. Resultado: Dos 621 estudantes avaliados,
identificou-se que 235 (37,8%) utilizaram substâncias ilícitas ao longo da vida. Destes, 138 (58,7%) utilizou estas substâncias nos
últimos três meses, com maior prevalência em mulheres (69,6%), faixa etária entre 18 a 21 anos (56,5%), heterossexuais (58,7%),
satisfeitos com o curso (73,9%), porém insatisfeitos com o desempenho acadêmico (67,4%), que não residem com familiares
(54,3%) e que dependem financeiramente de recursos próprios e de terceiros (73,9%). Das substâncias utilizadas ao longo da vida,
destacaram-se o uso da maconha (56,4%) e ecstasy (14,0%) Conclusão: Os resultados obtidos podem orientar estratégias que
visem a programas de prevenção do consumo de substâncias ilícitas nesta população, abordando temas como redução de danos
e dependência química.

CAUSAS BÁSICAS E IMEDIATAS DE ÓBITO: COMPARAÇÃO DE DOIS TRIÊNIOS EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA EM HOSPITAL DE ENSINO DO SUL DO
BRASIL

Autores: ALINE APARECIDA VIEIRA | Arnildo Linck Júnior, Flávia Lopes Gabani, Ana Maria Rigo Silva, Selma Maffei de Andrade. Instituição:
Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave: Mortalidade. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Avaliação de resultados.
Introdução: O conhecimento das causas de óbito proporciona a criação e aperfeiçoamento de estratégias preventivas em níveis
pré e intra-hospitalar. A causa básica permite reconhecer o motivo que levou determinado paciente a procurar atendimento. A
causa imediata se relaciona com eventos recentes ao óbito como consequência da doença de base ou da terapêutica instituída.
Objetivo: Comparar os óbitos por causas básicas e imediatas em dois triênios, numa Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
(UTIP). Método: Estudo descritivo, retrospectivo, realizado num hospital terciário do Sul do Brasil. A população foi composta
por todos os óbitos de crianças de zero a 16 anos que aconteceram em dois triênios, 2012 a 2014 e 2015 a 2017. Essa divisão
temporal aconteceu pela existência de adoção de mudanças para qualificação da assistência: implantação de protocolos para
prevenção de pneumonias associadas a ventilação mecânica (PAV) e de infecções de corrente sanguínea relacionadas a cateter
(ICSRC); aumento da carga horária de assistência fisioterápica; aquisição de respiradores mecânicos multiprocessados e monitores
multiparamétricos. As causas básicas e imediatas foram obtidas na Declaração de Óbito (DO), e agrupadas de acordo com a
Classificação Internacional de Doenças, décima revisão (CID-10). Utilizou-se como fonte dos dados prontuários médicos, e a
tabulação foi viabilizada pelo programa SPSS® (versão 19). Resultados: No total foram 1.171 internações, sendo 483 (41,2%) no
primeiro triênio, e 688 (58,8%) no segundo. A taxa de mortalidade geral foi de 11,0% (129). No primeiro triênio, 14,5% (70) dos
pacientes morreram. No segundo, foram 8,6% (59) das crianças. Quanto à causa básica, houve redução de aproximadamente
70,2% nas frequências de infecções, aumento da proporção de neoplasias, passando de 1,4% para 16,9%, e aumento em 53,0%
na proporção de malformações. Na causa imediata, a disfunção hemodinâmica prevaleceu nos dois períodos, porém reduziu a
frequência em 72,0% em 2015 a 2017. Também houve aumento proporcional da disfunção neurológica (de 7,1% para 22,0%). Não
foram observadas diferenças em relação às disfunções metabólicas e respiratórias entre os dois triênios estudados. Conclusão: A
maior parte das mudanças assistenciais repercutiu na evolução das infecções e nas descompensações hemodinâmicas.

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