Page 128 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR DROGAS DE
ABUSO PELO MÉTODO BUSCA ATIVA EM 10 ANOS
Autores: CLEITON JOSÉ SANTANA | Aroldo Gavioli, Denise Raquel dos Santos, Indaianthan de Kassia Elvira Santana, Magda Lucia Felix
de Oliveira. Instituição: Universidade Estadual de Maringá
Palavras-chave: Vigilância epidemiológica. Internação hospitalar. Drogas de abuso.
Introdução: No Brasil, o monitoramento das intoxicações, inclusive por drogas de abuso, é realizado pelos centros de informação
e assistência toxicológica – CIAT, considerados unidades sentinela para o monitoramento das intoxicações e de problemas
sociais e sanitários emergentes. Usuários de drogas de abuso acessam os serviços de saúde, principalmente o sistema hospitalar,
quando apresentam complicações relacionadas ao consumo compulsivo com comprometimento clínico devido ao uso crônico
da droga ou situações de violência e trauma. Objetivo: Descrever o perfil das internações hospitalares por drogas de abuso
notificadas pelo programa de vigilância epidemiológica hospitalar pelo método busca ativa em 10 anos. Métodos: Pesquisa
descritiva, de caráter quantitativo, realizada em um hospital ensino do noroeste do Paraná. A coleta de dados foi utilizada
as fichas epidemiológicas de Ocorrência Toxicológica/ Intoxicação Alcoólica do período de janeiro de 2009 a dezembro de
2018, e notificados ao CIAT do Hospital pelo sistema de vigilância por busca ativa. Foram compiladas as variáveis sexo, idade,
agente tóxico, diagnóstico de internação e desfecho dos casos notificados por busca ativa in loco de prontuários de pacientes.
Resultados: Das 3.565 internações hospitalares por efeitos secundários ao uso de álcool e outras drogas, 3.197 (89,6%) eram
do sexo masculino e a faixa etária variou de 12 a 93 anos, média de 43,6 anos. A maioria fazia uso de bebida alcoólica 3.059
(85,8%) e drogas ilícitas estavam presentes em 267 (7,4%) das internações. O principal diagnóstico foi o trauma (50,96%), seguido
das doenças gastrointestinais (17,54%), e as circunstâncias das internações estavam associadas a agravos crônicos, agudos e
crônicos agudizados. O uso crônico de álcool e outras drogas foi notificado em 2.091 (58,6%) internações e em 1.474 (40,3%) foram
internações por efeitos de uso agudo do álcool e outras drogas. Foram identificadas 278 (7.7%) reinternações, e em 20% foram
mais de três internações no período do estudo. O desfecho em 3.060 casos (85,8%) foi a alta hospitalar, 292 (8,1%) transferência
para tratamento em outra unidade de saúde, e 213 casos (5,9%) evoluíram para óbito. Conclusão: O estudo confirma a correlação
sexo masculino e drogas de abuso, em faixa etária economicamente ativa, e a bebida alcoólica como fator de risco para trauma
físico e doenças crônicas não transmissíveis.
AUTOMEDICAÇÃO E QUALIDADE DO SONO ENTRE UNIVERSITÁRIOS DE UMA
INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO
Autores: FERNANDA GUIDI FABRIS | Helen Caroline Pereira , Cindy Micaely Nucitelli, Marcela de Souza Oliveira Santos , Ana Claúdia do
Nascimento , Alessandro Rolim Scholze. Instituição: Universidade Norte do Parana -UNOPAR - Bandeirantes -PR
Palavras-chave: Automedicação. Sono. Universitários.
Introdução: O sono é um processo fisiológico natural que tem fundamental importância na restauração de energia, concentração,
memória e na aprendizagem. O ingresso na universidade traz uma série de mudanças no ciclo de sono do estudante do período
noturno. Em busca de uma solução para conseguir realizar suas atividades acadêmicas com êxito, muitos universitários acabam se
automedicando. Objetivo: Analisar a relação entre a automedicação com a qualidade de sono de universitários de uma instituição
privada de ensino. Método: Pesquisa de caráter transversal, composta de uma amostra de 105 universitários da área de humanas
e exatas e parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa número:2.856.922. O estudo foi realizado no período de novembro
de 2019 a março de 2020 e incluiu alunos com idade superior a 18 anos, de ambos os sexos e regularmente matriculados na
instituição. Utilizou-se para esta pesquisa uma ficha de avaliação sociodemográfica, acadêmica e de hábitos. A análise estatística
foi realizada no programa Statistical Package of Social Sciences (SPSS), versão 20.0 de forma descritiva. Resultados: Entre os
participantes a idade média foi de 27,08, com maior prevalência do sexo masculino (n=62;59%), solteiros (n=64;61%) e vínculo
empregatício para custear seus estudos (n=81;77,1%). Ao analisar os hábitos de vida, (n=47;44,8%) não possuem o hábito de praticar
atividade física e em uma escala de (0 pior 10 melhor) consideram seus hábitos alimentares saudáveis 6,06. Ao analisar a qualidade
do sono no último mês (n=62;59%) classificam como muito ruim, seguido por (n=24;22,9%) ruim e (n=10;9,5) muito boa. Em relação
a utilização de medicação no último ano, 23 indivíduos mencionaram ter tomado alguma medicação devido aos estudos, sendo
que, (n=14;13,3%) foi sem prescrição médica e (n=9;8,6%) com prescrição médica. E ao analisar qual o tipo da medicação nota-se
que, (n=15;14,3%) relaxante muscular, (n=11;10,5%) analgésicos, (n=7;6,7%) ansiolíticos e (n=5;4,8%) antidepressivos. Ao correlacionar
a utilização de medicação com a qualidade do sono percebe-se que, entre os estudantes que possuem uma qualidade de sono
ruim (n=11;73,3%) fizeram uso de relaxante muscular, (n=10;90,9%) analgésico, (n=4;80%) antidepressivos e (n=4;57,1%) ansiolíticos.
Conclusão: Verifica-se que a automedicação se relacionou positivamente entre os estudantes que apresentaram qualidade de
sono ruim. Sugere-se medidas de educação em saúde sobre as consequências da automedicação.
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