Page 125 - ANAIS 6ª MOSTRA PARANAENSE DE PESQUISAS E DE RELATOS DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE
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EIXO: PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
TRANSVERSALIDADE DOS SERVIÇOS NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
Autores: LILIAN DE FÁTIMA MACEDO NELLESSEN | Gilson Brenan de Oliveira, Kathia Regina Galdino de Godoy, Luana Garcia
Campos, Sueli Galhardi, Tissiane Tomaz de Aquino. Instituição: Secretaria Municipal de Saúde
Palavras-chave: Violência. Intersetorial. Notificação.
Caracterização do problema: A violência produz um grande impacto na morbimortalidade, nas suas mais diversas formas,
tem contribuído para a perda de qualidade de vida entre as pessoas, com aumento dos custos sociais com cuidados em
saúde, previdência, absenteísmo à escola e ao trabalho, entre outros. A violência é, ainda, uma das mais significativas causas
da vulnerabilidade familiar e pessoal, e suas marcas, muitas vezes, perpetuam-se entre as gerações futuras (BRASIL, 2016).
Fundamentação Teórica: Em 2014, a Política Nacional de Promoção da Saúde foi revisada e publicada a Portaria nº 2.446, de
11 de novembro de 2014, reafirmando como uma de suas prioridades, o enfrentamento das violências. Dentre os objetivos
dessa política estão a promoção da equidade, da intersetorialidade, territorialidade, entre outros (BRASIL, 2016). Descrição da
experiência: Dentro desta perspectiva o grupo de trabalho interinstitucional e intersetorial para prevenção e enfrentamento
das violências nos territórios (GT SINAN), iniciou seus trabalhos em 2016, tendo como participantes, técnicos de todas as
políticas que se envolvem diretamente com pessoas em situação de violência no município de Londrina. O objetivo deste GT é
fomentar entre os profissionais das várias políticas a importância da notificação de violência, através da Ficha de Notificação de
Violência Interpessoal e Autoprovocada (FN), garantir a alimentação das informações no Sistema de Informações de Agravos
de Notificação (SINAN) e realizar discussões sobre o cuidado da pessoa que sofreu violência em cada política, a partir da
interlocução entre as políticas. Foram realizadas entre 2018 e 2019, 16 oficinas nos territórios das Redes Intersetoriais de
Proteção Social da Criança e do Adolescente e sub-redes. Efeitos alcançados: A proposta, impulsionou a aproximação dos
técnicos das diversas políticas, estreitando os trabalhos com ações intersetoriais e aumento das notificações registradas no
SINAN. Recomendações: Este trabalho articulado entre as políticas se faz necessário em agravos como a Violência, pois esta
perpassa por entre todas as políticas e todos os serviços, e para o enfrentamento desta precisamos de todos os esforços,
pois quando se trata de um fenômeno de carácter histórico e cultural são necessários trabalhos articulados de educação e
reflexão junto aos profissionais e população.
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS NOTIFICADOS COM SÍFILIS CONGÊNITA E
GESTACIONAL EM UM MUNICÍPIO NORTE DO PARANÁ
Autores: CARLA FERNANDA TIROLI | Francieli Ferreira de Andrade Batista, Natacha Bolorino, Flávia Meneguetti Pieri, Rejane Kiyomi
Furuya. Instituição: Universidade Estadual de Londrina
Palavras-chave: Gestantes. Sífilis congênita. Transmissão vertical.
Introdução: A sífilis gestacional tem se demonstrado mais incidente, embora a gestante procure o serviço de saúde para
assistência pré-natal, é fundamental a adesão do seu parceiro ao tratamento adequado para que não tenhamos uma gestante
infectada não-tratada ou inadequadamente tratada ocasionando danos para o seu concepto em qualquer fase da gestação,
por via transplacentária. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de Sífilis em gestante e congênita. Método:
Pesquisa descritiva, de abordagem quantitativa, realizada com base em dados disponibilizados pelo Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), provenientes de um município norte do Paraná, no período de 2014 a 2018.
Resultados: Foram notificados 663 casos de sífilis em gestantes e 267 de sífilis congênita. Em relação as gestantes, maioria
da raça branca (57,7%), faixa etária entre 20 e 39 anos (68,7%), mínimo de 10 anos e máximo de 59 anos. Houve predomínio
do ensino fundamental incompleto (52%), ensino médio incompleto (17,6%) e completo (16,4%). Quanto a classificação clínica,
destacam-se o diagnóstico nos estágios latente (67,7%) e terciário (17,6%). Nos casos de Sífilis congênita, a maioria das
mães realizaram pré-natal (91,7%), 85% receberam o diagnóstico no pré-natal e grande parte dos parceiros não realizaram o
tratamento (76,4%). Conclusão: A maioria das mães participaram do pré-natal, demonstrando fortalecimento dos serviços de
pré-natal. Os desafios consistem em realizar o diagnóstico precoce e aumentar adesão do parceiro no tratamento.
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