Page 106 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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dependente no teste de KATS (AVD); apresentar déficit leve ou moderado em capacidades
físicas relacionadas à saúde. Quanto ao atendimento: realizar anamnese para conhecer o
impacto da doença, estabelecer as prioridades do programa, ser presencial ou remoto,
individual ou pequenos grupos. Quanto ao programa: iniciar com treinos de força e
flexibilidade, incorporar treino aeróbio após a terceira semana, duração < 60 minutos, período
de recuperação ? 48h; no treino de força, priorizar exercícios multiarticulares, iniciar com uma
série de 8/10 exercícios, evoluir para três séries, frequência duas a três vezes/semana em
dias não consecutivos; treino de flexibilidade, frequência de duas vezes/semana, duas a
quatro séries de 10 a 30 segundos, passivo e ativo; treino aeróbico, frequência de duas a três
vezes/semana, usar método intervalado, observar sinais de intolerância ao esforço, utilizar
escala de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) para ajustar volume e intensidade. Observar
a necessidade e adaptar sempre que necessário, para a melhor adesão e evolução do
paciente. Reflexão sobre a experiência: o enfrentamento da pandemia deve incluir serviços
de saúde que contribuam para o retorno do paciente às suas antigas atividades e para tal,
um programa seguro de exercícios é parte fundamental. Recomendações: o atendimento do
PEF na APS deve ser ofertado como parte da continuidade do cuidado, após alta médica e
fisioterápica, visando reduzir a morbimortalidade, a readmissão à internação, resgatar a
autonomia e viabilizar a reinserção social.
BAIXO PESO AO NASCER E PEQUENOS PARA IDADE GESTACIONAL E FATORES
ASSOCIADOS EM GESTANTES EM ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL NO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE
Autores: ANDRESSA CRISTINO DE OLIVEIRA, DOROTEIA APARECIDA HÖFELMANN,
RENATA CORDEIRO FERNANDES, ÂNGELA LUIZA LEGEY, TAINÁ BELTRAME,
FERNANDA MANERA. Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR)
Palavras-chave: Segurança alimentar e nutricional; Gravidez; Baixo peso ao nascer;
O peso ao nascer interfere na sobrevida, no período neonatal e pós-neonatal, além de
influenciar no crescimento e no desenvolvimento da criança, bem como apresentar reflexos
na vida adulta. Crianças nascidas abaixo de 2.500g, são consideradas com baixo peso pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo esse um indicador relevante de saúde
materno-infantil. Outro critério importante é considerar o peso ao nascer em relação à idade
gestacional, o que permite identificar nascidos pequenos para idade gestacional (PIG).
Objetivou-se analisar a prevalência de baixo peso ao nascer (BPN) e (PIG) e associação com
variáveis maternas e infantis, em gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), de
Colombo/PR. Inicialmente, as gestantes em acompanhamento pré-natal foram entrevistadas
no período de março de 2018 a novembro de 2019. Posteriormente, informação relativas ao
parto, foram extraídas das declarações de nascido vivo. Foram considerados BPN os
nascidos com menos de 2.500g; e PIG quando percentil inferior a 10, considerando padrão
de referência Intergrowth 21st. As variáveis independentes foram: condições demográficas e
socioeconômicas, comportamentos relacionados à saúde, informações de nascimento e
insegurança alimentar (IA). Foram estimadas razões de prevalência (RP) com intervalo de
confiança de 95% (IC95%) de BPN e de PIG em relação às variáveis de exposição. Foram
entrevistadas 604 gestantes, sendo 557 (92,2%) consideradas elegíveis, resultando em 565
bebês, dos quais 14 gemelares. A maioria das gestantes tinha entre 20 a 34 anos (74,0%,
idade média 26 anos). A prevalência de BPN e de PIG foi a mesma: 6,4% (IC95% 4,6; 8,7).
Bebês cujas gestantes apresentaram IA moderada/grave (RP 5,7 IC95% 2,52;12,79); que
relataram tabagismo (RP 2,72 IC95% 1,13; 6,52); gemelares (RP 6,30 2,15; 16,21) ou
prematuros (RP 39,06 IC95% 16,26; 93,85) apresentaram maior prevalência de BPN. A
alência de PIG foi maior entre as gestantes com IA modera/grave (RP 2,63 IC95% 1,04; 6,68),
gemelares (RP 8,08 IC 95% 3,36; 19,45); e prematuros (RP 7,81 IC95% 4,07; 15,02).
Identificou-se maior prevalência de BPN e/ou PIG associada a IA, tabagismo, prematuridade
e gemelaridade, entre os bebês.