Page 134 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     crônicas e utilização de medicamentos, a qualidade do sono foi avaliada através do Índice de
                     Qualidade  do  Sono  de  Pittsburgh  (PSQI).  Para  análise  estatística  foi  utilizada  a  análise
                     univariada  por  meio  do  teste  do  Quiquadrado  (com  ou  sem  correção  de  Yates),  com
                     significância  estipulada  em  5%.  Os  dados  foram  apresentados  de  forma  descritiva.
                     Resultados/discussão:  Observou-se  que  76,6%  dos  idosos  estudados  possuem  alguma
                     doença  crônica  e  fazem  uso  de  medicamento,  sendo  que  57,4%  fazem  uso  de  anti-
                     hipertensivo, 19,1% fazem uso de ansiolítico ou antidepressivo, outros 19,1% fazem uso de
                     medicamentos  para  controle  de  diabetes,  17%  para  cardiopatias  e  12,7%  utilizam
                     medicamento  para  dormir.  Outros  medicamentos  ainda  aparecem  com  menor  incidência,
                     como para dislipidemia, anticonvulsivantes e osteoporose. A hipertensão arterial sistêmica
                     (HAS) foi a doença crônica mais prevalente, corroborando com a literatura que mostra ser
                     essa a doença crônica mais comum entre os idosos, com a mesma prevalência de 57,4%.
                     Dos  idosos  que  possuem  alguma  doença  crônica,  75%  apresentam  sono  ruim,  porém  a
                     presença de doença crônica não foi associada ao sono ruim, talvez pelo número limitado da
                     amostra. Conclusão: conclui-se que a maioria dos idosos estudados possui alguma doença
                     crônica e faz uso de medicamento, sendo a HAS a doença crônica mais prevalente, pode-se
                     observar ainda, que dentre os idosos que possuem doença crônica e utilizam medicamento,
                     grande  parte  tem  sono  ruim,  porém  não  foi  encontrada  correlação  estatística.  Sugere-se
                     novos estudos com uma amostra maior, a fim de investigar a existência desta correlação.


                     TUM-TUM  VIBRÁTIL  -  DANDO  VISIBILIDADE  À  PRODUÇÃO  DO  CUIDADO  NO
                     ENCONTRO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E UMA GESTANTE SURDA: RELATO
                     DE EXPERIÊNCIA.

                     Autores: THALITA DA ROCHA MARANDOLA | CÉLIA MARIA DA ROCHA MARANDOLA,
                     REGINA MELCHIOR, JOSIANE VIVIAN CAMARGO DE LIMA. Instituição: UNIVERSIDADE
                     ESTADUAL DE LONDRINA

                     Palavras-chave: Gestante; surdez; acolhimento.
                     Caracterização do problema: o atendimento de uma gestante surda, oralizada e usuária da
                     Língua  Brasileira  de  Sinais  (LIBRAS)  em  uma  maternidade  do  município  de  Londrina.
                     Fundamentação teórica: A gravidez é um período em que a mulher experimenta inúmeras
                     mudanças físicas e/ou emocionais gerando sentimentos de ansiedade, medo e curiosidade
                     sobre o que acontece com seu próprio corpo. Em gestantes com surdez estes sentimentos
                     podem ser, ainda mais, intensificados devido o modo de comunicação da pessoa surda, que
                     a depender de seu interlocutor, pode dificultar e/ou inibir que a mesma externe suas emoções.
                     A  comunicação  de  forma  clara  e  acessível  garante  à  gestante  o  acesso  às  informações
                     relacionadas  ao  seu  corpo  e  procedimentos  que  porventura  acontecerão.  RELATO  DA
                     EXPERIÊNCIA: este relato foi vivenciado em uma maternidade, durante a avaliação de uma
                     gestante  com  idade  gestacional  de  39  semanas  atendida  pelos  profissionais  de  saúde
                     daquele serviço. Durante todo atendimento a comunicação entre gestante e profissionais foi
                     realizada com apoio de intérprete de LIBRAS. Porém, mesmo com a presença da intérprete,
                     o profissional médico direcionava a fala à gestante, explicando todos os procedimentos da
                     avaliação  obstétrica  e  transmitindo  segurança  no  cuidado.  No  momento  do  exame  físico
                     específico, ao colocar o sonar para verificar a frequência cardíaca do bebê, entendendo que
                     a gestante não poderia ouvir os batimentos da sua filha, o profissional de saúde aproximou o
                     sonar da gestante e sugeriu que ela colocasse a mão sobre o equipamento para sentir a
                     vibração do coração, desta forma possibilitou  que, pela primeira vez, a gestante pudesse
                     sentir  os  batimentos  cardíacos  do  seu  bebê.  Efeitos  alcançados:  O  olhar  nos  olhos,  o
                     comunicar-se  não  verbalmente,  a  acessibilidade,  o  criar  estratégias  para  oportunizar  a
                     gestante um “ouvir” do coração do seu bebê, proporcionou neste encontro o acolhimento, a
                     humanização e o cuidado com potência para produzir vida. Recomendações: Sugere-se que
                     os  trabalhadores  em  saúde  sejam  e  permaneçam  sensibilizados  sobre  a  importância  do
                     acolhimento e a potência de vida que se produz quando o mesmo é executado.
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