Page 16 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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proposta de tratamento, 16,2% tiveram proposta de quimioterapia curativa e 11,1%
quimioterapia paliativa isolada, 7,1% quimioterapia e radioterapia curativas combinadas e
7,1% cirurgia isolada. Pacientes encaminhados com menos de um mês tiveram média de
seguimento de 39 dias, e os com mais de dois anos, 105 dias. Conclusões: O estudo conclui
que a maioria dos pacientes encaminhados aos Cuidados Paliativos tinha doença avançada
na entrada do serviço, um terço sem possibilidade de terapêutica oncológica específica, seja
curativa ou paliativa. reforçando o papel dos Cuidados Paliativos no cuidado do paciente.
Esses dados também sugerem haver uma dificuldade da população acessar o serviço de
saúde, para o diagnóstico precoce e possibilidade da terapia modificadora de doença
curativa, necessitando trabalhos que apontem as barreiras existentes a esse acesso.
RELAÇÕES INTERSETORIAIS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE ESCOLAR: A
EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA E SAÚDE BUCAL EM FOZ DO
IGUAÇU, PR.
Autores: GABRIELA DOMINICCI DE MELO CASACIO | SORAIA MAYANE SOUZA MOTA,
SANDRA PALMEIRA MELO GOMES, FERNANDA DO NASCIMENTO DE LEMOS CAMPOS,
ROSANE MEIRE MUNHAK DA SILVA, ADRIANA ZILLY. Instituição: Universidade Estadual
do Oeste do Paraná
Palavras-chave: Saúde bucal; Promoção da saúde Escolar; Ação intersetorial
Caracterização do problema: A intersetorialidade é considerada um componente central das
políticas de saúde voltadas à mudança do modelo assistencial, de caráter fragmentado, para
o novo modelo assistencial, de caráter integral. O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à
integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da
qualidade de vida da população brasileira, visto que contribui para a formação integral dos
estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, e fortalece o
enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças
e jovens da rede pública de ensino. Justificativa: As práticas da saúde bucal são restritas às
práticas do cirurgião-dentista (CD) com seu equipamento odontológico e não contribui para a
saúde integral dos estudantes por meio de ações de saúde. Objetivo: Descrever a
metodologia de gestão do PSE adotada nas escolas da rede pública do Município de Foz do
Iguaçu – PR. Descrição da experiência: No ano 2013 foi implantado em Foz do Iguaçu o
PSE e em 2017 apenas nove escolas possuíam adesão ao Programa. Atualmente no
Município há 53 Escolas Municipais e 39 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs),
dessas, 41 escolas são aderidas (16 Escolas Municipais e 25 CMEIs), alcançando 13.963
escolares. As ações coletivas foram realizadas pelo CD e auxiliar em saúde bucal, incluindo
os seguintes procedimentos: exame epidemiológico; educação em saúde bucal; escovação
dental supervisionada; entrega de escova dental e dentifrício, aplicação tópica de flúor e
orientação de higiene bucal e dieta. Tais ações permitiram avaliar o estado de saúde bucal
dos educandos e identificar aqueles com necessidade de cuidado em saúde bucal e
encaminhamento à Unidade Básica de Saúde de referência para tratamento odontológico.
Reflexão sobre a experiência e recomendações: É possível constatar pelas atividades
desenvolvidas no ambiente escolar que as ações de promoção alcançaram uma considerável
mudança no perfil dos profissionais da saúde bucal, trouxe impactos positivos e
conhecimentos para a própria saúde e estilo de vida dos escolares e familiares. O PSE
propiciou a sustentabilidade das ações a partir da conformação de redes de
corresponsabilidade. A articulação entre Escola e Atenção Primária à Saúde é a base do PSE,
por isso se refere a uma estratégia de integração da saúde e educação para o
desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras.