Page 15 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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Palavras-chave: Classificação Internacional de Funcionalidade, Doença Cardíaca; Doença
pulmonar.
Introdução: A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)
categoriza a saúde e deficiência do indivíduo considerando a funcionalidade e os fatores
contextuais. Para facilitar o seu uso foram criados os core sets – versão abreviada, que
possibilitam investigação individual e coletiva da funcionalidade. Objetivo: Avaliar a
funcionalidade de pacientes com alterações cardíacas, respiratórias e mistas em reabilitação
fisioterapêutica através do core set específico para esta população. Método: Foram
recrutados indivíduos com diagnóstico clínico de doenças cardiorrespiratórias e
acompanhamento ambulatorial para reabilitação cardiopulmonar. Aplicou-se a versão
abreviada do core set da CIF para condições cardiorrespiratórias pós agudas. Os pacientes
foram divididos em 3 grupos (cardíacos, respiratórios e mistos) para verificar se é possível
identificar um padrão entre estas condições de saúde, a qual foi realizada observando a
frequência de todos os qualificadores em cada um dos componentes e a mesma análise
considerando-se apenas os qualificadores. Resultados/discussão: A amostra foi composta
por 67 indivíduos alocados de acordo com seu comprometimento: (1) cardíacos (n=34,
60,1±11,8 anos), (2) respiratórios (n=25, 59,8±17,1 anos ) e (3) mistos (n=8, 64,5±13,7 anos).
Dos participantes, 61,1% eram do sexo de feminino e 38,9% masculino. Os grupos
apresentam características sociodemográficas homogêneas. Os 3 grupos possuem um perfil
de deficiências leves a moderadas na maioria dos domínios da CIF, exceto o domínio de
fatores ambientais que a maioria considerou os componentes como facilitador completo
(n=37; 55%). Das 31 categorias do core set, apenas as funções de energia e impulso (68%
com disfunção moderada a grave nos respiratórios), cardíaca (27% com disfunção leve a
moderada nos cardíacos) e de ingestão (24% com disfunção leve a moderada nos
respiratórios), estrutura do sistema respiratório (100% com disfunção leve a grave nos
respiratórios) e a atividade andar (80% com disfunções de leve a completa nos respiratórios)
apresentaram respostas significativamente diferentes entre os grupos. Conclusão: Por meio
da versão abreviada do core set da CIF para pacientes cardiorrespiratórios em cuidados pós-
agudos observou-se que pacientes com distúrbios respiratórios, cardíacos e mistos
apresentam perfis funcionais semelhantes e que este core set pode ser utilizado sem
distinção da condição cardiorrespiratória específica do paciente.
CARACTERIZAÇÃO DOS ENCAMINHAMENTOS AOS CUIDADOS PALIATIVOS EM UM
HOSPITAL ONCOLÓGICO
Autores: MADALENA DE FARIA SAMPAIO | FERNANDA TOLENTINO MARQUES, THIAGO
ROCHA DA CUNHA. Instituição: Hospital do Câncer de Londrina e PUC Paraná
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Oncologia; Encaminhamento.
Introdução: Cuidado paliativo é reconhecido como abordagem que melhora qualidade de
vida de indivíduos e familiares na presença de doenças graves. O câncer, segunda causa de
morte no Brasil, por vezes tem seu diagnóstico feito tardiamente, sendo indispensável a
inserção dos cuidados paliativos, seja como terapêutica complementar ou exclusiva.
Objetivo: Descrever o perfil dos encaminhamentos aos cuidados paliativos em hospital
oncológico do Norte do Paraná. Método: Realizada análise descritiva de dados de
prontuários eletrônicos. Analisados 120 prontuários, selecionados a partir de relatório gerado
pelo sistema, pela busca de encaminhamentos em fevereiro de 2020. Realizados 125
encaminhamentos, excluídos três por estarem em duplicidade e outro por estar equivocado.
Resultados: A avaliação dos dados mostra 53,3% do sexo masculino, 46,7% do feminino. A
faixa etária prevalente 61-79 anos com 49,2%, e a menos prevalente 18-40 anos com 3,3%.
A clínica que mais encaminhou foi a Gastrocirurgia (30%), seguida pela Oncologia clínica
(20%), Cirurgia de cabeça e pescoço (10,8%), Urologia (10%), Ginecologia (9,2%), Cirurgia
torácica (6,7%) e Neurocirurgia (5%). Dados condizentes com os tumores mais frequentes,
gastrointestinais somando 32,60%, seguido pelos de cabeça e pescoço (12,5%) e os de
mama (10,8%). Nota-se que 82,5% foram considerados em estadiamento avançado na
entrada, confirmado pelo dado que 34,3% foram encaminhados à equipe de cuidados
paliativos com menos de 30 dias da entrada no serviço, e 67,10% com menos de 6 meses.
Dos 99 pacientes que entraram com doença avançada, 31,3% não receberam nenhuma