Page 26 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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um impacto clínico moderado no grupo, com média de 19,1±9,1. Já o escore final do
WHODAS 2.0, de 30,3±19,4, apresentou um grau moderado de incapacidade e dificuldade
em realizar as funções relatadas em cada domínio. Foi encontrado uma correlação moderada
e significativa apenas entre os escores finais de todos os instrumentos, não apresentando
significância entre os domínios dos mesmos. O questionário WHODAS 2.0 possui a mesma
consistência que os instrumentos específicos, pela considerável aproximação dos principais
fatores relacionados à QV dos indivíduos com DPOC. O instrumento genérico provou ser
eficiente na análise da relação entre o impacto clínico da DPOC com a restrição física
causada pela própria doença e seu efeito significativamente negativo na funcionalidade e
qualidade de vida dos pacientes, atendendo as necessidades para análise dos aspectos
clínicos e funcionais.
IMPACTO DA COVID-19 NA QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES CONFIRMADOS
Autores: HELLEN GONÇALVES ROSA | JHESSICA KAROLAYNE VOLOCHEN XISTIUK,
EDUARDA GALVÃO LIBRELATO, MARIANA APARECIDA HORST DE SOUZA, CHRISTIANE
DANIEL RIEDI, MARINA PEGORARO BARONI. Instituição: Universidade Estadual do
Centro-Oeste – UNICENTRO
Palavras-chave: Isolamento social; Qualidade de vida; Infecções por Coronavírus;
Reabilitação.
Introdução: O distanciamento e isolamento social, aumento da ansiedade, depressão, medo
da infecção ou incerteza da evolução da doença causados pelo novo coronavírus repercutiu
na qualidade de vida. Compreender o impacto da pandemia sobre a qualidade de vida dos
pacientes confirmados pela COVID-19 é importante para desenvolver estratégias
terapêuticas e políticas públicas de saúde a médio e longo prazo. Objetivo: Analisar o
impacto da COVID-19 na qualidade de vida durante e após a alta do isolamento dos
indivíduos infectados. Método: A amostra foi composta por 270 indivíduos encaminhados
para um serviço de reabilitação fisioterapêutica pós COVID-19. A avaliação foi composta por
anamnese, sinais e sintomas durante e após a infecção, internamento por COVID-19 e
qualidade de vida relacionada à saúde (HrQoL), avaliada pelos instrumentos EQ-5D-3L e EQ-
VAS por recordatório antes e durante o isolamento social e no momento. Os valores obtidos
nos questionários de qualidade de vida foram apresentados pelo índex que varia de 0 a 1,
sendo 0 a pior e 1 a melhor qualidade de vida, pela distribuição de frequência de cada domínio
do questionário e por um termômetro que avalia a condição geral de saúde, através do auto-
relato com intervalo de 0 a 100. Para análise estatística foi utilizado o teste Qui-quadrado
para os dados categóricos e teste Anova para comparação de dados contínuos e software
BioStat 5.0. Resultados/discussão: A média de idade da amostra foi 50±15,7 anos. Do total,
41,5% (n=112) foram internados, cuja média de dias de internação foi de 8,65±9,3. Após o
término do isolamento social, o tempo médio para procura do serviço e avaliação
fisioterapêutica pós-COVID foi de 39,3±21,6 dias. Foi observado uma piora significativa no
índice da qualidade de vida durante o período de isolamento (0,43±0,31), sem retorno aos
valores basais no pós-COVID-19 (0,71±0,12 X 0,84±0,18), no qual todos os domínios do
questionário foram afetados, sendo que durante o isolamento o domínio mais afetado foi a
dor/mal-estar e no pós-COVID atividades habituais e ansiedade/depressão, a mesma piora
na condição geral de saúde foi observado quando comparado o momento antes da infecção
(90,8±86) com durante o isolamento (45,6±25,13) e após (76,6±17,4). Conclusão: Através
do presente estudo foi possível identificar a piora na qualidade de vida dos indivíduos
infectados pela COVID-19 durante o isolamento social, sem retorno aos valores basais no
momento da avaliação fisioterapêutica pós-COVID.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA E SUAS REPERCUSSÕES NA
COBERTURA DAS EQUIPES ESTRATÉGICAS DA AB