Page 27 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     Autores:  EMILLY  PENNAS  MARCIANO  MARQUES  |  WELLINGTON  PEREIRA  LOPES,
                     BRÍGIDA  CARVALHO  GIMENEZ.  Instituição:  Universidade  Estadual  de  Londrina

                     Palavras-chave:  Área  Programática  em  Saúde;  Estratégia  Saúde  da  Família;  Atenção
                     Primária à Saúde.
                     Introdução: A criação do SUS ampliou o conceito de saúde integrando ações de promoção,
                     prevenção e reabilitação. Nesse sentido, foram publicadas nos anos de 2006, 2011 e 2017,
                     três Políticas Nacionais da Atenção Básica (PNAB) visando o fortalecimento e qualificação
                     dessa  área,  por  meio  da  Estratégia  Saúde  da  Família  (ESF).  Objetivo:  Analisar  em  que
                     medida as PNAB promoveram a indução da cobertura da atenção na AB baseada na ESF.
                     Método:  Estudo  quantitativo  descritivo  realizado  por  meio  de  dados  secundários
                     disponibilizados no sistema Espaço para Informação e Acesso para o Sistema da Atenção
                     Básica.  As  informações  utilizadas  nesse  estudo  são  relativas  à  cobertura  de  Agentes
                     Comunitários de Saúde, de equipes de ESF e de Saúde Bucal entre 2011 a 2019 no estado
                     do Paraná. Resultados e Discussão: A cobertura de ACS no ano 2011 era de 59%, entretanto
                     a partir do ano de 2017 houveram quedas desse percentual finalizando o ano de 2020 com
                     52,6%.Tal situação pode ter sido agravada pela não obrigatoriedade da presença do ACS a
                     partir da PNAB 2017 em todas as equipes de ESF. As ESF tiveram aumento no percentual
                     de cobertura entre os anos de 2011 até 2016 passando de 55,76% para 65,45%, entretanto
                     sofrendo queda nos anos posteriores finalizando o ano de 2020 com 62,79%. Essa alteração
                     pode estar relacionada ao fim do programa mais médico em 2015, e a alteração da PNAB
                     2017 que considera outros arranjos de AB além da ESF. A cobertura das equipes de atenção
                     básica  (EAB),  que  contempla  as  equipes  da  ESF  e  as  tradicionais  equipes  da  AB,  se
                     mantiveram crescente no período e finalizaram o ano de 2020 com 79,31%, ou seja, supõe-
                     se que houve apenas crescimento do modelo tradicional de AB, visto que as ESF têm sofrido
                     redução desde 2017. A equipe de saúde bucal (ESB), iniciou o ano de 2011 com cobertura
                     de  38,45%  tendo  aumento  até  o  ano  de  2014  totalizando  40,41%  de  cobertura,  porém
                     sofrendo queda a partir de 2015. Alguns autores enfatizam que a PNAB 2017 agravou mais
                     essa queda ao retirar a obrigatoriedade da incorporação de ESB nas ESF, dessa forma, foi
                     observado que a região Sul do país foi a região mais afetada com redução de 6%, tendo o
                     Paraná finalizado o ano de 2020 com 35,24% de cobertura. Conclusões: As PNAB tiveram
                     forte poder de indução do crescimento da AB no Brasil, porém a PNAB 2017 não exerceu o
                     mesmo papel indutor que as anteriores, visto que diversas alterações levaram à redução no
                     percentual de cobertura das principais equipes estratégicas da AB.


                     AÇÃO COLETIVA E COOPERAÇÃO PARA A CONSOLIDAÇÃO DA REGIONALIZAÇÃO
                     EM SAÚDE

                     Autores:  SILVIA  KARLA  AZEVEDO  VIEIRA  ANDRADE  |  FERNANDA  DE  FREITAS
                     MENDONÇA. Instituição: Universidade Estadual de Londrina

                     Palavras-chave: Regionalização; Gestão em Saúde; Federalismo.
                     O  SUS  é  uma  robusta  construção  que  confere  à  saúde  pública  significativos  avanços,
                     associados  ao  processo  de  redemocratização,  à  retomada  do  federalismo  e  à
                     descentralização,  exigindo  esforços  na  estruturação  de  desenhos  regionalizados.  A
                     regionalização no SUS é um processo carregado de potência para modificar frontalmente a
                     distribuição  do  poder  e  as  relações  federativas.  Diante  disso  e  considerando  que  a
                     cooperação  trata  da  tomada  conjunta  de  decisões  por  meio  da  ação  coletiva,  a  partir  de
                     competências em comum exercício (MELUCCI, 1989; ROVIRA, 1986; SROUR, 1998), esse
                     estudo traz como questão a implicação da ação coletiva e da cooperação no processo de
                     regionalização no SUS. O mapa conceitual foi balizado na triangulação de teorias a partir da
                     convergência entre os conceitos do federalismo, modos de exercício do poder e ação coletiva.
                     O objetivo do estudo foi identificar ações, instrumentos e estratégias de cooperação por meio
                     da ação coletiva existentes, bem como fragilidades para o processo de regionalização na
                     relação  federativa.  Trata  de  um  estudo  qualitativo  de  caráter  exploratório,  desenvolvido  a
                     partir da coleta de dados realizada por meio de oficinas e entrevistas, tendo como sujeitos
                     atores  relevantes  no  processo  de  regionalização  para  uma  região  de  saúde  do  norte  do
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