Page 30 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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gastrostomia, jejunostomia, cistostomia, cânula traqueal) e na avaliação e conduta de lesões.
Tal apoio se dá na forma de assistência médica e de enfermagem junto a equipe da APS,
podendo ser na unidade de saúde ou no domicílio. Reflexão sobre a experiência: Nesta
perspectiva, o PAR colabora na resolutividade e longitudinalidade do cuidado, resgatando e
fortalecendo o vínculo e a responsabilização entre profissionais e usuários, além de ser um
meio de comunicação entre os pontos das Redes de Atenção à Saúde (RAS). Destaca-se
que, os atendimentos nas intercorrências clínicas e/ou com dispositivos evita que o paciente
seja encaminhado desnecessariamente para outros serviços. Medida que contribui na
redução da sobrecarga dos estabelecimentos de saúde, minimiza os riscos inerentes à
remoção e otimiza os recursos da rede. Somado a isso, a expertise da equipe do PAR em
relação a conduta na prevenção e tratamento de lesões traz benefícios ao paciente, além de
otimizar recursos de curativos de alta tecnologia, tendo em vista o alto custo dos mesmos.
Recomendações: A sistematização do processo de trabalho do PAR tem auxiliado os
profissionais da APS no contexto da complexidade assistencial, promovendo a resolutividade
e a longitudinalidade do cuidado. Embora, seja um modelo novo de gestão, percebe-se na
prática, o quanto o PAR tem sido efetivo em suas ações, o que fomenta a possibilidade de
reprodução em outros municípios, uma vez que, necessita basicamente de tecnologias leves
e leve-duras para produção do cuidado.
PROJETO DE APOIO AO SUS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID 19:
PERSPECTIVA DA EXPERIÊNCIA DOS PROFISSIONAIS
Autores: EDMILSON DE OLIVEIRA | CAROLINA SANTANNA, MARIA MARTA BORBA
OROFINO. Instituição: Secretaria de Saúde do Estado do Paraná
Palavras-chave: Projeto de Apoio ao SUS; Desenvolvimento de competência profissional
Em poucos meses do o relato do primeiro caso da COVID-19 na China, o mundo ficou em
alerta. No Brasil, o número de casos e óbitos crescente gerou preocupações devido ao risco
de falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), equipamentos hospitalares e
medicamentos, redução na força de trabalho devido ao alto número de profissionais
contaminados e a instituição de distanciamento social suspendendo visitas de familiares em
hospitais. Esse contexto atingiu profundamente a sociedade, impondo novas formas de nos
relacionarmos. Instituições privadas, assim como programas de apoio institucional ao SUS
iniciaram rapidamente movimentos de apoio aos Estados. Esse é o relato de experiência de
ateres, profissionais do SUS na função de técnico de referência que fez parte de equipes de
projetos para apoio ao enfrentamento da pandemia de Covid-19. A experiência se divide em
dois momentos: 1ª voltado a organização de fluxos de informações para leitura do cenário
epidemiológico e monitoramento da capacidade dos Estados em responder as demandas,
com a intenção de apoiar tecnicamente a análise de necessidade e ofertar aos Estados EPIs,
equipamentos e qualificação e 2ª voltado ao restabelecimento da comunicação entre
pacientes, familiares e equipes por dispositivos móveis em instituições hospitalares. Os
técnicos de referência atuaram discutindo as necessidades com as secretarias estaduais de
saúde de acordo com o cenário epidemiológico e a necessidade de recursos, as
necessidades foram apresentadas no grupo nacional composto por referências nacionais em
saúde pública para definir os encaminhamentos de recursos; outra frente foi qualificar
hospitais para gestão ágeis, monitorando e acompanhando disponibilidade de leitos,
consumo de insumos e força de trabalho e; instituir a comunicação virtual entre pacientes,
familiares e profissionais de saúde. Resultados: Diante dessas vivências importantes
competências foram desenvolvidas e aprimoradas: Aprendizado, desenvolvimento e
qualificação em uso de ferramentas de análise de situação de saúde, capacidade em articular
projetos em cenários críticos, desenvolvimento de competências em logística, articulação de
implementação de novos processos de trabalho em instituição hospitalares e processos de
humanização relacionado à comunicação. Conclusão: A participação de profissionais de
saúde em projeto de apoio ao SUS é um potente cenário para o desenvolvimento de
competências que qualificam ainda mais os serviços de saúde.