Page 32 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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grande esforço das equipes em todas as regiões. Em junho de 2020, o Paraná aderiu a
proposta do Guia Orientador para o enfrentamento da pandemia Covid-19, como mais uma
estratégia para apoiar técnicos e gestores na organização da RAS no contexto da pandemia.
Foram estruturados grupos para a organização desse processo: Grupo Condutor Estadual,
Grupo de Apoiadores e os Grupos Condutores Regionais, com participação de técnicos e
gestores municipais de saúde. O principal objetivo é apoiar os municípios no enfrentamento
da Covid-19 e fomentar a continuidade das ações de atenção à saúde nos territórios. O Grupo
de Apoiadores realiza reuniões semanais e contatos com as referências para conhecer as
fragilidades existentes, discutir as necessidades apresentadas e propor ações para o
fortalecimento da RAS. Foram elaborados instrumentos denominados de Checklist e Painel
de Bordo, para diagnóstico da situação de implementação das Linhas de Cuidado nos pontos
de atenção durante a pandemia. Resultados alcançados e contribuições para a saúde pública
do Paraná: O processo de implementação do Guia Orientador possibilitou o fortalecimento da
discussão regional, ampliação do diálogo permanente com os técnicos, agilidade na
comunicação, considerando a diversidade operativa, o respeito às diferenças locorregionais
e de porte de municípios, potencializando a construção conjunta e participativa, além do
crescimento individual e coletivo.
DESAFIOS DA EXECUÇÃO DE UM PROJETO DE PESQUISA DURANTE A SUSPENSÃO
DE ATIVIDADES PRESENCIAIS EM MEIO A PANDEMIA DO COVID-19
Autores: LUANA FRANKLIN MELLO | PAOLA JANEIRO VALENCIANO, ANGÉLICA YUMI
SAMBE, CAMILA COSTA DE ARAÚJO PELLIZZARI, JOYCE KARLA MACHADO DA SILVA.
Instituição: Universidade Estadual do Norte do Paraná
Palavras-chave: Bolsas e Subsídios à Pesquisa; Acidente Vascular Cerebral; COVID-19
Caracterização do problema: Com a pandemia do COVID-19, a Universidade Estadual do
Norte do Paraná suspendeu as atividades acadêmicas presenciais e o projeto de pesquisa
participante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, desenvolvido pelo
grupo de pesquisa em neurologia teve que ser adequado. Justificativa: Com a dificuldade
de retorno das atividades presenciais e o compromisso de produzir conteúdo científico, a
pesquisa precisou ser reestruturada, para não colocar pesquisadores e participantes em
risco. Objetivos: Abordar as perspectivas e os desafios enfrentados por um bolsista na
realização de um projeto de pesquisa durante a pandemia. Descrição da experiência: O
projeto inicial constituía em ensaio clínico com pacientes com Acidente Vascular Cerebral
(AVC), porém com a pandemia foi necessário alterar para o formato de telerreabilitação, com
apenas as avaliações presencialmente, entretanto, não houve aderência. Assim, novas
estratégias foram formuladas, como a realização de um estudo transversal que seria realizado
com os dados dos prontuários da Santa Casa de Misericórdia de Jacarezinho, porém o
hospital julgou não ser apropriado acordar a pesquisa no momento, visto a situação da
pandemia e a quantidade limitada de funcionários. Outro estudo transversal em andamento
inicial, irá analisar a qualidade de vida (QV) de indivíduos com AVC através de um formulário
virtual. Além disso, uma revisão integrativa de literatura está sendo realizada, com objetivo
de investigar sobre a QV e os fatores de risco relacionados de vítimas de AVC. Reflexão
sobre a experiência: Tivemos que lidar com a dificuldade de adesão dos pacientes e de
realizar projetos de forma presencial, mas, apesar disso, a busca pelo conhecimento e
produção de conteúdo científico não cessou. O enfrentamento dessas mudanças está
contribuindo para o desenvolvimento profissional dos pesquisadores, para o conhecimento
teórico e metodológico, beneficiando a escrita de projetos futuros. Recomendações: Evitar
atividades presenciais até que a situação melhore e procurar alternativas que não exponham
os indivíduos envolvidos, visto que fazem parte do grupo de risco para o vírus. Com isso,
recomendamos o uso da telerreabilitação como alternativa, já que há respaldo da literatura.