Page 37 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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Autores: MARIA FERNANDA MANOEL IMAZU | ANA PAULA RIBEIRO, RAQUEL HIROKO
MIYASAKI GOZI. Instituição: Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema
Palavras-chave: COVID-19; Pandemia; Consórcios de Saúde.
Em janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou pandemia pela COVID-19.
Diante disso, foi necessário que os serviços se reorganizassem de forma segura. Este relato
de experiência tem como objetivo descrever as ações realizadas por um Consórcio Público
Intermunicipal de Saúde no enfrentamento da COVID-19. Desde o início da pandemia o
Consórcio, estabeleceu uma comissão, designada como “Plano de Contingência” para pensar
ações de reestruturação e organização do serviço frente às novas normativas ordenadas
pelos órgãos e autoridades de saúde do país. Desta forma, internamente o Consórcio passou
por adaptações de estrutura física e de processos, como: limitação do número de usuários
dia, aplicação de triagem em usuários e trabalhadores, readequação dos fluxos de entrada e
saída, remanejamento de trabalhadores, confecção e distribuição de máscaras aos usuários,
capacitações dos trabalhadores. Também, foi realizada triagem de todos os agendamentos
por uma equipe multidisciplinar, que avaliou a necessidade dos atendimentos presenciais ou
à distância (telemonitoramento), considerando-se os critérios estabelecidos pelo Estado do
Paraná, como risco de acesso ao serviço. Ainda foram criadas duas novas formas de
atendimento: a teleconsulta (realizada pelo médico especialista por videochamada a partir do
consultório do Consórcio, sendo a atuação compartilhada com um profissional da Unidade
Básica de Saúde) e a consulta única (consiste em realizar os exames solicitados
imediatamente após a consulta médica especializada sem necessidade de agendamentos de
exames e consulta de retornos em outras datas). Os municípios foram apoiados quanto ao
fornecimento de insumos e/ou equipamentos de proteção individual e orientações quanto ao
uso correto dos mesmos. Já os prestadores foram orientados quanto à realização do plano
de contingência em seus estabelecimentos e assistidos pela Comissão, tendo como foco a
segurança e qualidade no atendimento prestado aos usuários nestes serviços. Apesar dos
desafios impostos pela pandemia, pode-se perceber que o Consórcio avançou
consistentemente na missão de ser um instrumento de apoio aos usuários, municípios e
prestadores na resolução de problemas. Recomenda-se que ações que reflitam na qualidade
e segurança do atendimento prestado ao usuário continuem a ser desenvolvidas pelos
Consórcios Públicos de Saúde.
CANNABIS E SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Autores: MÁRCIO RODRIGUES ALVES | PABLO HENRIQUE FERNANDES COSTA
COLETTE BORDÃO , BEATRIZ ZAMPAR. Instituição: Autarquia Municipal de Saúde da
Prefeitura Municipal de Londrina
Palavras-chave: Cannabis; Canabidiol; Canabinoide
Introdução: A Cannabis é uma planta utilizada em fitoterapia pela humanidade há milênios.
No início do século XX, vieses de classe e raça a baniram da maior parte do mundo. A
descoberta do sistema endocanabinoide resgatou ao debate público o potencial dessa
medicina. Apesar das evidências, o Brasil segue atrasado diante da desconstrução do
estigma: “maconha”. Objetivo: Explorar repercussões associadas ao avanço da pauta
canábica no Brasil antes e durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: Estudo
qualitativo, retrospectivo. Procedimentos: Análise documental + observação participante.
Palavras-chave: Cannabis, Canabidiol, Canabinoide. Discussão: O debate sobre Cannabis
medicinal tem avançado exponencialmente. Com sólida base científica, líderes de todo
mundo se viram forçados a rever a classificação da planta proibida. No Brasil, a RDC
327/2019 da Anvisa atualizou os procedimentos à concessão de Autorização Sanitária para
fabricação e importação de insumos canábicos, bem como condicionou a disponibilidade dos
produtos nas farmácias. A RDC 335/2020 prevê a importação de produtos canábicos por
pessoa física com prescrição profissional. Já são >17.000 ordens de importação para o
tratamento de crescente lista de doenças; dentre tais, estudos na COVID-19 tem se revelado
promissores, haja vista os efeitos imunomodulatórios dos canabinoides. Incongruentemente