Page 41 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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Instituição: Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns
Palavras-chave: Co-gestão; COVID-19; Alocação de Recursos;
A pandemia gerou a necessidade de readequação da Rede de Assistência a Saúde (RAS)
devido o aumento da demanda e a necessidade de alocação de recursos. Neste cenário, a
co-gestão se mostrou um instrumento gerencial importantíssimo, pois agrega diferentes
saberes e organiza as ações. Objetivo: descrever as ações do Comitê técnico realizadas
através da co-gestão para o enfrentamento do Coronavírus SARS-COV-2 no
contingenciamento do Hospital Municipal do Idoso e da RAS de Curitiba. Descrição da
experiência: implantou-se um comitê técnico gestor a fim de discutir as dificuldades e as
oportunidades de melhoria nos processos. A pandemia trouxe a dificuldade de contratação
de recursos humanos com expertise, esta situação levou a Instituição a trabalhar no
desenvolvimento de Protocolos Institucionais a fim de padronizar condutas e uso de
medicamentos para o manejo de pacientes críticos em ventilação mecânica bem como plano
de alocação de pacientes e recursos para leitos de UTI, na qual a logística se inverte a
logística prévia de encaminhamento dos pacientes mais graves, para o encaminhamento do
paciente com a melhor possibilidade de recuperação, com melhor prognóstico, através de
instrumentos que avaliam quadro clinico atual (SOFA), funcionalidade prévia (ECOG) e
expectativa de vida (SPICT-BR); acompanhamento diário dos estoques de insumos e ajustes
diários dos protocolos de analgesia e sedação conforme a disponibilidade. Reflexão sobre a
experiência: as medidas de enfrentamento direcionaram uma reconfiguração da lógica
estruturada de um eixo vertical e hierarquizado, que produz a fragmentação dos processos,
dividindo os trabalhadores e o conhecimento, segundo especialidades e funções, para um
sistema horizontal. A pandemia trouxe a necessidade de repensar os modos de gestão, com
a necessidade de socialização da gestão, ressaltada na complexidade da situação e na
importância de horizontalizar os processos institucionais para que as mudanças ocorram no
mesmo ritmo da pandemia, dispersando os processos nas redes sócio-técnicas de produção
de saúde. Recomendações A co-gestão direciona uma ruptura da tendência de centralização
e concentração de decisões e do poder normativo da gestão para o compartilhamento das
decisões com os diversos atores do sistema. A cogestão, nessa perspectiva, é uma dimensão
fundamental da coprodução de saúde.
COVID-19 E TRATO GASTROINTESTINAL: COMPLICAÇÕES E DESFECHOS
Autores: ELAINE ROSSI RIBEIRO | BEATRIZ BERTOLETTI MOTA, AMANDA CECHELERO
CRUZ , LUÍZA MARIA ROCCA DE PAULA , LAIZA MARIA STEIMBACH, ANDRESSA DE
SOUZA KLINGENFUS. Instituição: Faculdades Pequeno Príncipe
Palavras-chave: covid-19, trato gastrointestinal, prognóstico, complicações
Introdução: O SARS-CoV-2 é um vírus de RNA que se disseminou pelo mundo,
configurando-se como pandemia global. Seu quadro clínico varia desde assintomáticos
àqueles com complicações, que vão além das vias pulmonares clássicas, podendo acometer
também o sistema gastrointestinal. Objetivos: Discutir as complicações no trato
gastrintestinal em pacientes infectados pelo coronavírus, e os desfechos associados.
MÉTODOS Revisão integrativa de literatura realizada nas bases PubMed e BVS, utilizando
os descritores: COVID-19, SARS-COV-2, gastrintestinal tract e complications, o operador
booleano (AND) e o filtro [Title/Abstract]. Resultados: Foram encontrados 197 artigos no
total, restando 13 na amostra final, sendo a maioria relatos de caso, e artigos principalmente
da Europa. Os estudos avaliaram 176 pacientes, majoritariamente mulheres (119), e com
idade acima de 40 anos. Em relação ao diagnóstico, o exame mais utilizado foi a positividade
da reação em cadeia da polimerase-transcriptase reversa (RT-PCR), sendo que em um caso
este foi negativo para a nasofaringe, porém positivo para mucosa intestinal, e outros dois
artigos sem método diagnóstico evidenciado. Quanto às complicações, seis estudos
relataram a ocorrência de isquemia intestinal (16 pacientes), sendo que 5 pacientes
precisaram de ressecção cirúrgica e 8 evoluíram para óbito. Três estudos relataram
ocorrência de sangramento gastrointestinal (8 pacientes), que foram tratados com abordagem
conservadora e nenhum evoluiu para óbito. Pneumatose intestinal foi relatada em dois