Page 43 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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                     QUADROS, KATIUSCIA SCHIONTEK WEBBER, JANE SESCATTO. Instituição: Secretaria
                     Municipal da Saúde de Curitiba

                     Palavras-chave: Serviços Médicos de Emergência; COVID-19; Gestão em Saúde
                     A Pandemia pelo SARS-COV2 trouxe muitos desafios para a saúde pública, como a escassez
                     de  leitos  e  de  profissionais  habilitados  para  o  seu  enfrentamento,  levando  a  criação  de
                     estruturas improvisadas de assistência, como os “hospitais de campanha”. Este relato tem
                     como  objetivo  mostrar  a  experiência  do  município  de  Curitiba-PR  na  utilização  das  suas
                     Unidades  de  Pronto  Atendimento  (UPAs)  como  unidades  de  retaguarda  hospitalar  aos
                     pacientes com COVID-19, em contraposição aos hospitais de campanha. As UPAs da cidade
                     contam com estrutura versátil, que pode rapidamente ser adaptada para a assistência de
                     longa  permanência,  equipe  multiprofissional  treinada  para  pacientes  críticos,  além  de
                     fornecimento regular de insumos e prestação de serviços, gerando agilidade sem precedente
                     para assistência ao súbito aumento de pacientes, verificado nos picos da doença. Diante da
                     iminência de colapso do sistema municipal de saúde, a gestão colocou o plano em prática,
                     transformando  as  nove  UPAs  de  Curitiba  em  pequenos  hospitais,  totalizando  348  leitos
                     exclusivos  para  covid-19,  com  a  manutenção  do  atendimento  das  emergências  para  a
                     população em sete delas. Diversos ajustes foram necessários, como a ampliação de rede de
                     gases,  a  ampliação  da  equipe  multiprofissional  e  a  implantação  de  novos  processos  de
                     trabalho, voltados para o paciente de longa permanência. Devido aos resultados alcançados,
                     esta experiência foi tida como exemplo pelo Ministério da Saúde para outras localidades do
                     país. Entretanto, é preciso reconhecer que esta ação só foi exitosa devido ao apoio das UBS,
                     Regulação Médica e Hospitais, em um exemplo prático dos benefícios da articulação do SUS
                     em rede de atenção à saúde.


                     IMPLANTAÇÃO  DE  UM  COMITÊ  DE  ENFRENTAMENTO  À  COVID-19  NA  FUNDAÇÃO
                     ESTATAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DE CURITIBA

                     Autores: ISABEL DE LIMA ZANATA | SEZIFREDO PAULO ALVES PAZ, DEISE DE PIETRO
                     CAPUTO, TATIANE C. S. FILIPAK, GABRIELA PINHEIRO BRANDT. Instituição: Fundação
                     Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba

                     Palavras-chave: Covid-19, Gestão de Serviços de Saúde, leitos
                     Desde o início da pandemia, a Fundação Estatal de Atenção à Saúde instituiu o Comitê de
                     Enfrentamento à Covid-19 com o objetivo de alinhar os processos, bem como elaborar e atuar
                     nos planos de contingências. O comitê é um núcleo estratégico de tomada de decisões, com
                     foco na análise, decisão e acompanhamento das ações das unidades. Por isso, o objetivo
                     desse relato é descrever as principais estratégias de gestão na implantação do comitê e suas
                     atividades.  Uma  das  primeiras  ações  do  comitê foi  a  elaboração  do manual  de  normas  e
                     condutas institucionais com base em legislações vigentes, assim como capacitações para os
                     profissionais relacionadas aos pacientes acometidos pela Covid-19. Foi realizada a análise
                     da  capacidade  operacional  de  cada  unidade,  em  relação  à  demanda  e  possibilidades  de
                     ampliação ou mudanças no perfil de atendimento. Com a reestruturação dos leitos e abertura
                     de novos serviços, o comitê definiu as responsabilidades de cada setor, provendo o estoque
                     de  recursos  como  Equipamentos  de  Proteção  Individual  (EPIs),  materiais,  equipamentos,
                     insumos  e  medicamentos  para  garantia  do  atendimento  à  população.  Para  tanto,  foi
                     necessário  acompanhamento  permanente  no  dimensionamento  de  recursos  humanos  e
                     escalas de trabalho, bem como estabelecendo os níveis de ativação de contingência nas
                     unidades se necessário. A contratação de grande parte da força de trabalho para os locais
                     emergenciais foi realizada através de processo seletivo simplificado. A aquisição de insumos
                     hospitalares  também  foi  imprescindível,  bem  como  a  elaboração  de  protocolos  para  o
                     enfrentamento da pandemia, englobando o uso racional de insumos e treinamento de equipes
                     para manejo ao paciente com Covid-19. Além disso, foi oferecido aos profissionais da linha
                     de frente, uma rede de apoio e atendimentos com psicólogos a afim de amenizar o estresse
                     psíquico. Os atendimentos ocorreram presencialmente ou por tele atendimento no início, bem
                     como  foram  realizados  encaminhamentos  para  profissionais  voluntários  externos.  Foram
                     instituídas medidas institucionais através de comunicação clara, atualizada e confiável, entre
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