Page 28 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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Paraná. A análise dos dados seguiu a metodologia de análise do discurso, por meio da análise
ideográfica e nomotética (MARTINS e BICUDO, 2003; MINAYO et al., 2000). Este trabalho
apresenta resultados parciais do estudo e se integra a um estudo maior denominado
“Estratégias de Cooperação para a regionalização em saúde: os casos do Paraná”, submetido
e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina. Os
resultados apontaram para a existência de mecanismos para o exercício da autonomia e
interdependência entre os entes federativos no território estudado e para as limitações e
potencialidades na regionalização. Trouxe evidências de que o modelo de transferências por
incentivos torna limitada a efetivação de políticas públicas e enfraquece a ação coletiva na
região de saúde, mostrou que há uma expectativa de empoderamento dos gestores
municipais e redução de disputas entre os entes. Um recente aspecto evidenciado foi a
ausência da União, levando estados e municípios a cooperarem e formularem planos antes
estruturados de forma centralizada.Concluindo, o estudo desvelou que a regionalização se
consolida por caminhos que oportunizam a ação coletiva.
ENFRENTAMENTO À COVID-19 EM USUÁRIOS DO SUS COM DOENÇAS CRÔNICAS
NÃO TRANSMISSÍVEIS: ESTRATÉGIAS BASEADAS EM SUBGRUPOS DE
ATENDIMENTO PRESENCIAL, TELERREABILITAÇÃO E TECNOLOGIAS DE
AUTOGERENCIAMENTO
Autores: JHESSICA KAROLAYNE VOLOCHEN XISTIUK | TAINARA RIBEIRO LEITE,
MARINA PEGORARO BARONI, ANDERSOM RICARDO FREZ, JOÃO AFONSO RUARO,
CHRISTIANE DANIEL RIEDI. Instituição: Universidade Estadual do Centro-
Oeste(UNICENTRO)
Palavras-chave: Infecções por coronavírus; Saúde Pública; Doença Crônica; Assistência
Integral à Saúde; Isolamento Social
Caracterização do problema: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs)
representaram em 2018 a maior causa de morte no Brasil, sendo ultrapassada somente em
2020 pela infecção causada pelo coronavírus. Ao mesmo tempo que as DCNTs são fatores
de risco para a COVID-19, elas também foram impactadas pelo cumprimento das medidas
de isolamento e distanciamento social, em virtude da redução da assistência em saúde do
indivíduo. Justificativa: A partir dos efeitos devastadores da COVID-19 e com a sobrecarga
do sistema de saúde se faz necessário estratégias para contenção da mesma. Por outro lado,
há evidências de complicações extrapulmonares como cardíacas, neurológicas,
musculoesqueléticas entre outras que se exacerbam nas DCNTs. Desse modo, estratégias
de assistência remota e/ou presencial a estes pacientes são importantes, tanto no cuidado
com pacientes positivados, pós-COVID-19 bem como prevenção de agravo e promoção da
saúde nos indivíduos com DCNTs. Objetivo: Implementar um serviço fisioterapêutico de
enfrentamento às DCNTs para usuários do SUS durante o período da pandemia da COVID-
19. Descrição da experiência: Este projeto foi dividido em três grandes frentes: 1) Avaliação,
monitoramento e atendimento remoto ou presencial de pacientes com DCNTs e COVID
positivo ou pós-COVID-19, 2) Telerreabilitação de usuários com DCNTs e dor
musculoesquelética crônica, e 3) Desenvolvimento de tecnologias para proporcionar
educação em saúde e autogerenciamento tanto da COVID-19 como da dor crônica. Efeitos
alcançados e recomendações: Com o projeto tem sido possível implementar no município
uma rede de assistência a esta população, cujo fluxo foi desenhado em parceria com a
atenção básica e serviço de média complexidade, permitindo assim ofertar assistência à
saúde por meio da telerreabilitação para indivíduos em isolamento ou distanciamento social,
como também avaliação e atendimento presencial quando necessário para minimizar agravos
e acelerar a recuperação funcional do indivíduo. Para tanto, com o intuito de promover uma
assistência integral e qualificada que atenda o indivíduo como um todo, foi necessário engajar
uma equipe multiprofissional nas estratégias ofertadas e desenvolver parcerias com órgãos
formadores e instituições de pesquisa. O impacto destas intervenções na população e custo-
efetividade ainda precisam ser investigados.