Page 25 - ANAIS 7ª Mostra Paranaense de Pesquisas e de Relatos de Experiências em Saúde
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Palavras-chave: Toxoplasma gondii; pré-natal; educação em saúde;
A toxoplasmose adquirida na gestação pode causar sérias consequências ao feto, podendo
levá-lo ao óbito ou a más formações. Além disso, é uma doença que apresenta sinais clínicos
inespecíficos ou até mesmo assintomáticos dificultando o seu diagnóstico. Diante desse
cenário, o objetivo do estudo foi avaliar o Programa de Vigilância da Toxoplasmose
Gestacional e Congênita, após 12 anos de sua implementação no município de Londrina, PR.
Para avaliação da prevenção primária, foram entrevistadas 424 gestantes sobre seus
conhecimentos em relação a medidas de prevenção no ano de 2019. As medidas de
prevenção secundária foram avaliadas a partir dos resultados dos testes sorológicos anti-
Toxoplasma gondii coletados de gestantes, de 2015 a 2018, por meio do banco de dados da
SaudeWeb. E para avaliação da prevenção terciária, realizamos triagem de bebês de mães
com suspeita de infecção por T. gondii para verificar os encaminhamentos ao serviço de
referência. Como resultado, 45,5% (192/424) relataram ter recebido orientações de
profissionais de saúde; 35,4% (68/192) mudaram seus hábitos de risco, como deixar de
comer carne mal cozida ou crua; melhorar a higienização das frutas e verduras e evitar
manipular jardins. As variáveis escolaridade e idade, orientação prévia dos profissionais de
saúde e posse de felino, mostraram-se significativas quando associadas às noções de
medidas preventivas. Observou-se que 90,2% (17.423 / 19.319) das gestantes realizaram
testes sorológicos para detecção de anticorpos anti-T. gondii mas houve excesso de
solicitações de exames e medicamentos e apenas 40,6% (26/64) das crianças foram
encaminhadas ao hospital de referência. Conclui-se que a execução do Programa de
Toxoplasmose Adquirida na Gestação e Congênita apresenta resultados positivos quanto a
realização da triagem sorológica no pré-natal, porém existem pontos que precisam ser
aperfeiçoados como à conduta e disseminação de conhecimentos referente ao diagnóstico e
prevenção da toxoplasmose, e atuação mais ativa da vigilância para o monitoramento das
gestantes com toxoplasmose aguda suspeita ou confirmada. Diante desse contexto, as
oficinas de capacitação tornam-se urgentes para profissionais de saúde.
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O WHODAS 2.0 E DEMAIS QUESTIONÁRIOS
ESPECÍFICOS PARA PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
Autores: JHESSICA KAROLAYNE VOLOCHEN XISTIUK | MARIA JULIA BATISTA
MOREIRA, GABRIELLE PAZZETTO DE MATTOS, CHRISTIANE RIEDI DANIEL, MARINA
PEGORARO BARONI, JOÃO AFONSO RUARO. Instituição: Universidade Estadual do
Centro-Oeste(UNICENTRO)
Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Qualidade de Vida; Pneumopatias
Obstrutivas; Questionários; Estudos de Avaliação
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) impacta negativamente na qualidade de vida
(QV) dos indivíduos. Os instrumentos específicos para essa população surgiram para a
avaliação da QV e o impacto da DPOC na funcionalidade. Porém, instrumentos genéricos,
por serem inespecíficos e pouco sensíveis, ainda estão sendo analisados como ferramentas
eficientes para avaliação destes pacientes. Assim, o objetivo do estudo foi comparar
questionários específicos para DPOC com o instrumento genérico World Health Organization
Disability Assessment Schedule versão 2.0 (WHODAS 2.0). Foi realizado um estudo
transversal com pacientes diagnosticados com DPOC internados no Hospital São Vicente de
Paulo e em tratamento ambulatorial, em Guarapuava-PR. A triagem ocorreu por meio de
consulta aos prontuários, onde observou-se o diagnóstico e a história clínica. Os pacientes
que se enquadraram nos critérios estabelecidos receberam uma explicação sobre o estudo e
seus objetivos, os que concordaram em participar assinaram um termo de consentimento livre
e esclarecido. Utilizou-se como instrumentos de medida os questionários Saint George’s
Respiratory Questionnaire (SGRQ), Teste de Avaliação da DPOC (CAT), London Chest
Activity of Daily Living (LCADL) e o WHODAS 2.0. Participaram 50 pacientes, 52,9% do sexo
feminino, com idade média de 65,14±12,9 anos. O escore de 54,7±26,1 observado no SGRQ
indicou uma qualidade de vida ruim e a média de pontuação obtida no LCADL foi 38,3±19,9,
apontando limitações moderadas nas atividades. Os resultados decorrentes do CAT mostram