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EIXO 7   Integralidade do Cuidado
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                A PERCEPÇÃO DE EFETIVIDADE DO MEDICAMENTO E A NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO POR
                                     PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL

                   Autores: POLIANA VIEIRA DA SILVA MENOLLI | Edmarlon Girotto. Instituição:  Universidade Estadual do Oeste
                   do Paraná (UNIOESTE); Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Universidade Estadual de Londrina (UEL).

                PALAVRAS-CHAVE: Expectativa de saúde; efetividade do tratamento; Não adesão ao medicamento.
                Introdução: O não uso dos medicamentos conforme prescrição é conhecido como não adesão ao tratamento com medicamentos.
                O Modelo de Crenças em Saúde (HBM) sugere que os pacientes são mais propensos a abandonar o tratamento com medicamentos
                quando acreditam que suas necessidades de saúde não estão sendo atendidas e os aspectos negativos do tratamento superam
                os benefícios. A não adesão aos tratamentos está associada às crenças do paciente, e benefícios percebidos da medicação têm
                maior influência na não adesão do que os eventos adversos do tratamento. Objetivo: Verificar relação entre a percepção do efeito
                dos medicamentos e a não adesão ao tratamento em pacientes com doenças crônicas. Métodos: Estudo transversal com dados
                da “Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil” (PNAUM), a unidade de
                análise foram os medicamentos para tratamento da hipertensão arterial sistêmica, diabetes e dislipidemias usados pelas 41.433
                pessoas entrevistadas e registrados no banco exclusivo de medicamentos de uso contínuo. A variável dependente foi não adesão
                ao tratamento, construída pelas perguntas: “Esqueceu dose do medicamento na última semana?” com respostas sim, não e
                estava sem medicamento; e “Com que frequência usa esse medicamento?”, com respostas menos de uma vez por dia, uma vez
                ao dia e mais de uma vez ao dia. Foram considerados não aderentes àqueles que tinham esquecido dose na semana anterior,
                estavam sem medicamento e/ou usavam medicamento menos de uma vez ao dia. A variável independente foi a percepção do
                efeito do medicamento medido pela pergunta “Como o medicamento funciona?” com respostas bem, mais ou menos e não muito
                bem. Foi realizada regressão logística com cálculo da razão de chances (Odds Ratio–OR) para verificar associação. A PNAUM
                foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa pelo Parecer nº 398.131 de 2013. Resultados: Fizeram parte do
                estudo 18.334 medicamentos e a não adesão foi verificada em 6,6% destes. Os medicamentos que, na percepção dos pacientes,
                funcionavam mais ou menos (OR 3,109; IC 95% 1,974-4,897) e não muito bem (OR 9,593; IC 95% 3,295-27,935) apresentaram
                maiores chances de não adesão. A percepção de efetividade está ligada à qualidade dos medicamentos, adequação das doses
                prescritas e às expectativas dos pacientes sobre os efeitos na doença. Conclusões: A efetividade e as expectativas dos pacientes
                sobre o efeito dos medicamentos estão fortemente ligadas a não adesão.




                PRÁTICAS ALIMENTARES E EVOLUÇÃO NUTRICIONAL DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS E
                                      BAIXO PESO INTERNADOS NA UTI NEONATAL

                   Autores: MIRIAN COZER | GABRIELA APARECIDA LOPES. Instituição:  Hospital Regional do Sudoeste do Paraná -
                   WAP / Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná

                PALAVRAS-CHAVE: Prematuridade; Baixo peso; Nutrição;
                A prematuridade e o baixo peso são fatores determinantes para a mortalidade infantil, a nutrição tem se tornado indispensável,
                tendo em vista o cuidado hospitalar nesses casos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar as práticas alimentares e
                acompanhar a evolução nutricional de recém-nascidos prematuros e com baixo peso internados na Unidade de Terapia Intensiva
                Neonatal (UTIN) de um Hospital Público do Paraná. O estudo foi realizado por meio de uma pesquisa descritiva, com coleta de
                dados dos prontuários e por meio de entrevista com as respectivas mães. As informações coletados incluíram situação sócio
                demográfica da família, bem como peso, comprimento e perímetro cefálico entre outros dados dos neonatos, os quais foram
                avaliados de acordo com as Curvas de Classificação de Fenton (2013) e as Curvas de Classificação Intergrowth-21 (2015) para
                determinar  o  estado  nutricional.  Além  do  acompanhamento  diário  da  evolução  da  dieta  e  acompanhamento  semanal  para
                a  evolução  antropométrica.  Foram  utilizados  22  prontuários,  dos  quais  68,2%  eram  do  sexo  feminino,  95,4%  dos  avaliados
                nasceram prematuros, sendo que 77,2% estavam classificados com prematuridade leve. Referente à alimentação, cerca de 86,3%
                receberam dieta por via enteral, sendo que desses, 11 receberam leite materno ordenhado mais leite artificial e oito receberam
                somente leite artificial. Além disso, 31% recebeu nutrição parenteral e 40,9% recebeu dieta via oral em algum momento do
                internamento, sendo que sete receberam leite artificial em conjunto com o seio materno, um recebeu somente leite artificial
                e um receberam somente seio materno. Conforme analisado o ganho de peso dos recém-nascidos percebeu-se que houve
                aumento do peso durante o internamento. Conclui-se que em relação à dieta oferecida quando conciliado o leite materno com o
                leite artificial, houve um ganho de peso maior, em relação àqueles que receberam somente leite artificial, além disso, verificou-se
                que as dietas oferecidas tiveram menor aporte calórico e de macronutrientes do que o expresso na literatura, porém, isso não
                interferiu para o ganho de peso dos neonatos.







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