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EIXO 7   Integralidade do Cuidado
                                                                                   TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE

                 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE PESSOAS SUSPEITAS DO TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO
                            EM UM DISTRITO SANITÁRIO NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU-PR

                  Autores: CAROLINA MELCHIOR DO PRADO | Mário de Jesús Salas Reyes, Renata Defante Lopes, Roberth Steven
                  Gutiérrez Murillo, Cláudia Batista Santos, Geiciely Cavanha Tomim. Instituição:  Universidade Federal da Integração
                  Latino-Americana
               PALAVRAS-CHAVE: Acumulação; Integralidade em Saúde; Intersetorialidade
               A acumulação excessiva de objetos e/ou de animais no ambiente domiciliar favorece o surgimento de condições insalubres de
               moradia que se transformam em fonte de doenças infecciosas, podendo afetar moradores, famílias e vizinhos. Em relação à
               abordagem aos acumuladores no município de Foz do Iguaçu-PR, pouco progresso tem sido feito no atendimento do Transtorno
               de Acumulação (TA) como problema de saúde pública, mesmo que seja monitorado por setores do serviço público de maneira
               isolada. Se espera identificar os casos suspeitos comportamento acumulador no Distrito Sanitário Norte de Foz do Iguaçu-PR, de
               modo a propor um protocolo interprofissional e uma política pública intersetorial a ser seguida pelos órgãos públicos. Mediante
               este estudo observacional foram identificadas denúncias e registros de casos de acumulação excessiva de objetos e/ou animais
               nas Unidades de Atenção Básica, no Centro de Controle de Zoonose e no Centro de Referência de Assistência Social. Na sequência,
               foram planejadas visitas domiciliares aos acumuladores suspeitos de TA do Distrito Sanitário Norte para estabelecer um perfil
               sócio sanitário deles, foi determinado que: (1) São residentes de terceira idade e de baixa renda; (2) Possuem transtornos mentais
               e doenças crônicas não tratadas; (3) Estão envolvidos com reciclagem e/ou proteção animal; (4) Possuem um insight moderado
               sobre o comportamento acumulador; (5) Estão ligados a más condições de vida, crueldade não intencional contra os animais com
               comprometimento na funcionalidade social e ocupacional. Dada a complexidade dos problemas sociais, sanitários e psicológicos
               dos acumuladores, o monitoramento destes indivíduos representa um desafio para os órgãos de saúde devido à dificuldade
               de acesso a eles, resultando em dados subnotificados e recidiva dos casos abordados separadamente pelos órgãos de saúde
               locais. Deste modo, sugere-se que a articulação intersetorial com qualificação dos profissionais da saúde, assistência social, meio
               ambiente e proteção animal deve ser a meta primordial no município de Foz do Iguaçu para abordar integralmente as necessidades
               dos acumuladores. Para viabilização desta meta, se recomenda desenvolver um protocolo de atendimento interprofissional junto
               a uma política pública intersetorial para os acumuladores a ser seguida pelas Unidades de Atenção Básica, Centro de Controle de
               Zoonose, Centro de Referência de Assistência Social, Defesa Civil, Divisão de Proteção e Projetos para o Bem Estar Animal.



                 IDOSOS HOSPITALIZADOS QUE DEAMBULAM DURANTE O INTERNAMENTO APRESENTAM
                                         AUMENTO NA VELOCIDADE DA MARCHA

                  Autores: FLAVIA DAWIDOWICZ CANIA | Tatiane Caroline Boumer, Elizabete Cristina Faustino, Sofia Von Eckhardt
                  Brunow Barbosa, Paulo Henrique Coltro. Instituição:  Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns
               PALAVRAS-CHAVE: teste de caminhada; idoso; hospitalização; atividade física para idoso.
               Introdução: A velocidade da marcha é considerada um marcador funcional, sendo a sua diminuição associada a vários efeitos
               adversos à saúde do idoso, como fragilidade, risco de quedas, hospitalizações e baixa qualidade de vida. Durante a hospitalização,
               essa população apresenta risco de redução de seu desempenho nas atividades de vida diária. Diante desse cenário, é relevante a
               avaliação da velocidade da marcha (VM) juntamente com a reabilitação e treino da mesma, para intervir de forma profilática e evitar
               maiores declínios, melhorando suas condições motoras e funcionais durante o internamento e nos pós alta. Objetivo: Avaliar o
               desempenho da marcha em idosos hospitalizados após a aplicação de um treino com ênfase na deambulação. Metodologia:
               Trata-se de estudo prospectivo, longitudinal de intervenção no ambiente hospitalar, aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa.
               A amostra foi composta por 35 pacientes, com idades entre 60 a 90 anos, onde a média foi 73 anos e o IMC de 27,43 Kg/m². Para
               a avaliação da marcha foi utilizado o teste de VM em 4 metros, onde se pede para o paciente caminhar 4 metros, até ultrapassar
               a marca final do percurso e depois parar, contabilizando o tempo em segundos. Após orientação e ambientalização, o treino
               da marcha é feito sendo supervisionado pelo Fisioterapeuta, no qual o enfoque é a deambulação com marcha em dupla tarefa,
               solicitando ao paciente nome de frutas, animais, objetos que possuem em casa ou apenas dialogando. A deambulação tinha como
               tempo de duração mínima de 6 minutos ou mais de acordo com a tolerância do idoso. Para avaliar os efeitos do treino da marcha, foi
               aplicado o teste não-paramétrico de Wilcoxon (?=0,05) para as comparações entre a avaliação pré e pós-intervenção. Resultados/
               discussão: O desempenho da marcha foi avaliado pré e pós-intervenção, utilizando a medida de segundos, os dados obtidos na
               pré-intervenção demonstram a marcha com média de 8,20 segundos (4,40s-20,20s) e no pós-intervenção de 6,92 segundos (3,95s-
               17,80s), ou seja, houve diminuição no tempo para realizar a marcha em 4 metros, demonstrando um aumento na velocidade da
               marcha. Para a população idosa, ser ágil para caminhar indica a manutenção de sua independência, contribuindo para a realização
               de atividades diárias e postergando o declínio funcional. Conclusão: Com base nos resultados, idosos hospitalizados submetidos
               deambulação supervisionada por Fisioterapeuta mostram aumento de velocidade da marcha após intervenção.





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