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EIXO 7   Integralidade do Cuidado
                                                                                   TRABALHOS DE PESQUISA EM SAÚDE

                            ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DA PROPOSIÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE
                                          ENFERMAGEM SEDE PERIOPERATÓRIA

                 Autores:  LEONEL  ALVES  DO  NASCIMENTO  |  Ligia  Fahl  Fonseca,  Marcos  Venícios  de  Oliveira  Lopes,  Aline  Korki
                 Arrabal Garcia, Marília Ferrari Conchon, Luisa Arietti Andriotti. Instituição:  Universidade Estadual de Londrina

               PALAVRAS-CHAVE:  Sede;  Diagnóstico  de  enfermagem;  Assistência  Perioperatória;  Terminologia  Padronizada  em
               Enfermagem; Pesquisa Metodológica em Enfermagem.
               Introdução:  A  sede  é  um  fenômeno  de  cuidado  e  investigação  na  enfermagem.  Não  obstante,  apesar  da  alta  prevalência  e
               desconforto observados no paciente cirúrgico, seu manejo não é amplamente utilizado. A proposição de um novo diagnóstico de
               enfermagem de Sede Perioperatória pode ampliar a visibilidade deste sintoma na prática clínica. Objetivo: Desenvolver e validar a
               proposição do diagnóstico de enfermagem Sede Perioperatória Método: Estudo metodológico composto por: Análise de conceito,
               instrumentalizada por uma revisão integrativa nas bases SCOPUS, CINAHL, PUBMED, LILACS e WOS. Análise de conteúdo com o
               julgamento da estrutura da proposição diagnóstica quanto à relevância, clareza e precisão. Acurácia das características definidoras,
               realizado com 150 pacientes cirúrgicos no pré e pós operatório. Resultados/discussão: Analisados 41 estudos, identificou-se que
               a Sede Perioperatória é prevalente e intensa. Antecedentes indicam que o paciente cirúrgico é vulnerável e como consequentes
               16  sinais  e  sintomas  foram  organizados.  Os  componentes  finais  da  proposição  do  diagnóstico  incluíram  como  características
               definidoras: boca seca, garganta seca, lábios ressecados, saliva grossa, língua grossa, constante deglutição de saliva, vontade de
               beber água, gosto ruim na boca e relato do cuidador. Fatores relacionados: jejum pré e pós-operatório, respiração oral, desidratação,
               hipovolemia, perda insensível de hidratação pela respiração, boca seca, hábito de beber água e temperatura ambiental elevada.
               Condições associadas: intubação, utilização de anticolinérgicos muscarínicos e nicotínicos e restrição hídrica. Dois modelos de classe
               latente foram propostos (pré-operatório e pós-operatório). Garganta seca e constante deglutição de saliva no pré operatório e gosto
               ruim na boca no pós-operatório imediato apresentaram as melhores medidas de sensibilidade e especificidade em pacientes com
               a presença da proposição diagnóstica de sede perioperatória. Os fatores relacionados temperatura ambiental elevada e boca seca
               apresentaram associação significativa com a sede, assim como as condições associadas utilização de anticolinérgicos e intubação.
               A  prevalência  de  sede  foi  de  62,6%  e  50,2%  nos  dois  momentos  respectivamente.  Conclusões:  Foi possível construir e validar
               uma proposição diagnóstica de Sede Perioperatória. Acredita-se que assim os enfermeiros podem reduzir ou mesmo prevenir o
               desconforto da sede, melhorando a experiência cirúrgica, sem afetar a segurança do paciente.



                     UTILIZAÇÃO DE ATIVIDADES EXPRESSIVAS PELO TERAPEUTA OCUPACIONAL COM
                 CRIANÇAS DE 4 A 7 ANOS DE UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO- JUVENIL:
                                       APRENDIZAGEM E AUTOTRANSFORMAÇÃO

                 Autores: MARJORIE RODRIGUES WANDERLEY | Ian Santarém, Milton Carlos Mariotti, Daniele Basegio. Instituição:
                 Fundação Estatal de Atenção à Saúde de Curitiba (FEAS)
               PALAVRAS-CHAVE: Crianças; Terapia Ocupacional; Saúde Mental.
               Historicamente no Brasil o cuidado em Saúde Mental da população infantojuvenil foi muitas vezes relegado a iniciativa privada e/ou
               instituições filantrópicas, caracterizadas pela exclusão e segregação. A partir do movimento da Reforma Psiquiátrica, foram criadas
               leis que amparam a criação de uma rede de cuidados em saúde mental, inserindo-se neste contexto os Centro de Atenção Psicossocial
               Infanto Juvenil – CAPS ij – com a característica de cuidado no território, intersetorial e de base comunitária. O terapeuta ocupacional
               está  inserido  no  cuidado  em  saúde  mental  desde  os  primórdios  da  criação  da  profissão,  acompanhando  a  transformação  do
               cuidado intra-muros para um cuidado em locais de portas abertas, sendo essa, uma das principais características do serviço CAPS. É
               sabido que as atividades expressivas têm potencial terapêutico, podendo levar o indivíduo a maior independência e autoconfiança.
               O objetivo deste trabalho é o de avaliar o engajamento dessas crianças em atividades expressivas significativas – desenho/pintura
               - e verificar se essa prática colabora para a melhora na participação social por meio da aprendizagem e autotransformação. Foi
               realizada uma pesquisa qualitativa, exploratória e prospectiva. A Coleta de dados foi realizada através de diário de campo e análise
               por meio da Análise de conteúdo de Bardin. Os atendimentos ocorreram sempre na mesma sala, com os seguintes materiais,
               previamente dispostos: tintas de variadas cores, pincéis, papéis, telas e lápis de cor de variadas cores. O participante da pesquisa
               foi convidado a expressar-se livremente, utilizando os materiais previamente dispostos na sala. Foi explicado ao participante da
               pesquisa também que poderia levar para casa o que confeccionasse, se assim o desejasse. Após o atendimento, foram feitas as
               seguintes perguntas para a criança: o que você desenhou/pintou? Como se sentiu realizando a atividade? Já para o responsável,
               foi feita a seguinte pergunta no primeiro atendimento e no último: como percebe hoje sua criança? Também foi utilizado o Diário
               de  Campo  do  pesquisador.  Através  das  atividades  expressivas  de  desenho  e  pintura,  as  crianças  demonstraram  melhora  no
               engajamento e autopercepção, sob o olhar delas mesmas, dos responsáveis e do pesquisador. Conclui-se que desenho e/ou pintura
               podem ser um bom recurso do terapeuta ocupacional ao trabalhar com crianças de 4 a 7 anos, trazendo resultados positivos para
               a clientela dos CAPSij.



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