Page 137 - ANAIS_3º Congresso
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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 395
Grupo Vigilantes da Insulina: a necessidade de atenção
aos insulino-dependentes na Unidade de Saúde Moinho
Velho em Colombo/PR
AUTOR PRINCIPAL: Evelyn Kultum Opuszka | AUTORES: Julieanne Reid Arcain, Renata Cordeiro Fernandes, Marina Gomes Sobral,
Leticia de Souza Moraes, Priscila Lesly Perlas Condori, João Carlos Oliynek, Sandra Crispim, Rafael Ditterich | INSTITUIÇÃO: Universidade
Federal do Paraná | Colombo-PR | E-mail: evelynopuszka@gmail.com
Caracterização do problema: O Diabetes Mellitus tipo I é uma doença complexa cujo tratamento insere a substituição insulínica. Desde 1975,
a OMS considera o diabetes mellitus um problema de saúde pública, logo, o controle adequado da doença, envolvendo a participação direta do
paciente e educação em saúde atenuaria esse fato. É necessário orientar portadores de diabetes insulino-dependentes quanto à natureza da
doença e o uso correto da insulina. Fundamentação teórica: É de suma importância que o profissional de saúde desenvolva ações educativas
em grupos de risco pois permite a conscientização, o desenvolvimento de capacidades e também contribui para a atuação do portador como
agente multiplicador de informações. Descrição da experiência: Em abril de 2016, devido a uma demanda de pacientes diabéticos dependentes
de insulina, com queixas sobre a doença, questões sobre o uso e importância do hormônio, foi realizada a oficina de insulino-dependentes,
denominada “Vigilantes da Insulina” da Unidade de Saúde (US) Moinho Velho, no município de Colombo – PR. O tema foi “Diabetes e Insulina:
o que é e qual a sua relação” e contou com a participação de três nutricionistas, dois dentistas e dois farmacêuticos inseridos no programa de
Residência Multiprofissional em Saúde da Família, além do público de 14 pacientes insulino-dependentes. Foi feita uma explicação sobre os tipos
de diabetes e seus efeitos no organismo, onde a insulina se inseria nesse contexto e qual a sua importância no tratamento. Discutiu-se entre os
participantes sobre alguns conflitos que enfrentavam para a aplicação da insulina e questões alimentares relativas à doença e com isso, muitas
dúvidas foram esclarecidas. O projeto conta com uma programação de um encontro mensal, com temas pré-determinados e controle de frequência
dos participantes. Efeitos alcançados: Com o grupo, os insulino-dependentes demonstraram interesse na adesão ao tratamento, foi incentivado
o autocuidado e a melhoria da qualidade de vida. Além disso, reforçou-se a necessidade do atendimento multiprofissional e os residentes puderam
atingir a população de maneira efetiva, bem como surgiu a necessidade de constante busca de novas informações a serem compartilhadas com a
população. Recomendações: Deve-se incentivar mais a participação da população em grupos para potencializar os efeitos do tratamento, além
da conscientização da equipe da US para valorizar o trabalho multiprofissional no tratamento do paciente insulino-dependente. Referências:
VECHI, A.P. et al. Uma prática alternativa de ensinar o portador de doença crônica. Arq Ciênc Saúde, v. 14, n. 2, p. 113-7, 2007. ROSSO, L.F. et al.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE A PESSOA COM DIABETES MELLITUS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA, 2012. Palavras-chave: Insulina. Diabetes. Colombo.
Educação. Saúde.
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 400
Catalogação, Aprendizados e Conhecimentos Tradicionais
sobre Plantas Medicinais: um olhar da área de Saúde Coletiva
AUTOR PRINCIPAL: Suzane de Oliveira | AUTORES: Daiane Cristina de Almeida, Luiz everson da Silva |
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná | Matinhos-PR | E-mail: suzioliveirabb@hotmail.com
As plantas medicinais são usadas ao longo da história da humanidade como tratamento, e prevenção de diversas enfermidades, e devido aos seus
valores terapêuticos, estudados pela ciência. Vários são os benefícios das plantas medicinais dentre eles: tratamento para gastroenterites, dores
corporais, vermífugos, cefaleias, e prevenções contra diversos tipos de doenças. Apesar do Brasil possuir um Sistema Público de Saúde integral,
universal, e equânime, segundo a OMS, em países em desenvolvimento, grande parte da população, ainda depende da medicina tradicional/
popular para a atenção básica em saúde, os quais 85% fazem uso de plantas e seus derivados (BRASIL, 2006). Essa situação associa-se ainda à
busca da sociedade, a tratamentos alternativos e terapias complementares de saúde, com o uso de produtos naturais isentos de manipulação de
resíduos, contra-indicação e efeitos colaterais. Objetivo: Destacar os conhecimentos tradicionais de Plantas medicinais utilizados pela população
de Matinhos-PR, com vistas a privilegiar a cultura e os saberes locais em uma visão dialógica de saúde e ambiente. A atividade foi desenvolvida no
primeiro semestre de 2014, no módulo de Interação Cultural e Humanística, da Saúde Coletiva da UFPR Litoral, com o objetivo catalogar, conhecer
e compreender a relação entre o uso de plantas medicinais locais e a saúde da população. Resultados: o projeto permitiu a interação dialógica
entre os saberes oriundos dos participantes e os saberes sistematizados. Os conhecimentos de botânica, biologia, fitoquímica e etnociências
puderam ser partilhados e os diálogos entre os estudantes e comunidades. Foram avaliadas as técnicas de extração disponíveis; determinou-se
a localização geográfica das espécies, o ciclo vegetativo da planta; desenvolveram-se técnicas de cultivo, além de observação do comportamento
frente às variações sazonais. Conclusão: O resgate e a valorização de saberes locais e tradicionais, assim como a catalogação e conhecimento
das plantas medicinais utilizadas pela população, nos possibilita visualizar e compreender a relação entre conhecimento popular e saúde. O uso
de práticas alternativas e terapias complementares são valorizadas e reconhecidas internacionalmente, e atualmente incentivada pela Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Brasil – PNPIC (BRASIL, 2012). Essa ação resgata e valoriza saberes locais e tradicionais,
incentiva o processo de desmedicalização social. Referências: BORGES, R; PEIXOTO, A.L. Conhecimento e uso de plantas em uma comunidade
caiçara do litoral sul do estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta botanica Brasileira, 2008, 23, 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos / Ministério
da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. – Brasília: Ministério da Saúde,
2006. TESSE, C. D.; BARROS, N. F. 2008 Medicalização social e da medicina alternativa e complementar: pluralização terapêutica no Sistema
Ùnico de Saúde. Revista Saúde Pública, 2008, 42,5. Palavras-chave: Plantas medicinais. Conhecimentos tradicionais.
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