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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 390
Inserção do profissional de educação física nos serviços de saúde pública
e em equipes de saúde: trabalho com grupos especiais (hipertensão
arterial e diabetes) na unidade básica de saúde Egon Roskamp
AUTOR PRINCIPAL: Fernando Voinarovicz | AUTORES: Cleiber Marcio Flores | INSTITUIÇÃO: Instituição de Ensino Superior Sant'Ana -
IESSA | Ponta Grossa-PR | E-mail: fernando.voina@gmail.com
As doenças crônicas não transmissíveis - DCNT (doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, neoplasias, diabetes e doenças músculo-esqueléticas,
entre outras) são doenças multi-fatoriais e têm em comum fatores comportamentais de risco modificáveis e não modificáveis Destacamos a queda
da mortalidade e da fecundidade, aumento do número de idosos, particularmente, o grupo com mais de 80 anos. De 1980 a 2000, a população de
idosos cresceu 107%. Nos próximos 20 anos, projeções apontam para a duplicação da população idosa no Brasil, de 8% para 15%. O envelhecimento
está associado ao aumento da incidência e prevalência de DCNT. Estas mudanças configuram novos desafios para a saúde pública de encontrar
mecanismos para o enfrentamento das DCNT marcadas pela complexa relação entre a saúde e seus determinantes, considerando que essas
doenças têm um forte impacto na Unidade Básica de Saúde Egon Roskamp, propusemos a intervenção em uma população de pacientes diabéticos
e hipertensos por meio de formação de grupos para ação educativa através de atividades físicas, fornecimento de medicação, controles periódicos
de aferição da pressão e exames de glicemia, bem como o atendimento de intercorrências, esta intervenção tinha como objetivos: Demonstrar a
importância do profissional de educação física como integrante da equipe multiprofissional que atua em saúde pública; Implantar seguimento de
hipertensos e diabéticos, baseada em estratégias de atividades físicas, ações educativas e terapêuticas, com o objetivo principal de melhorar os
índices de pressão arterial e do nível glicêmico dos pacientes. Como metodologia este projeto teve a criação de grupos para orientar e realizar
atividades físicas, como também a realização de palestras com temas: diagnóstico e tratamento da hipertensão e do diabetes, atividades físicas
e preventivas, cuidados alimentares e nutrição; uso racional de medicamentos em hipertensão e diabetes e cuidados com a saúde bucal. Como
resultado obtivemos Pacientes com redução de peso de 10 a 20 Kg; Manutenção dos resultados de glicemia e pressão arterial em índices aceitáveis,
redução da quantidade de medicamentos utilizados diariamente pelos pacientes; encaminhamento médico dos pacientes resistentes para o grupo e
criação do conselho local de saúde. Desta forma, acreditamos que o trabalho exposto foi relevante uma vez que houve mudanças positivas na saúde
da comunidade, como também troca de conhecimentos entre professor, acadêmicos e comunidade. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde.
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
Sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos, 2002. Disponível em: http://hiperdia.datasus.gov.br/. Acesso em: 02 de
fev. 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_ texto.cfm?idtxt=31877&janela=1.
Acesso em: 02 de fev. 2016. FLORES, Cleiber Marcio. Avaliação da Atenção Farmacêutica ao Paciente Diabético tipo 2 no Município de Ponta Grossa
– PR. Porto Alegre: UFRGS, 2005. – x, 58 p.: il. Disponível: http://hdl.handle.net/10183/4976, acesso em 02 de fev 2016. SOCIEDADE BRASILEIRA
DE CARDIOLOGIA / SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO / SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq
Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51. SILVA, Terezinha Rodrigues; FELDMAM Chaie, et all. Controle de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial com
Grupos de Intervenção Educacional e Terapêutica em Seguimento Ambulatorial de uma Unidade Básica de Saúde. Revista Saúde e Sociedade v.15,
n.3, p.180-189, set-dez 2006. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2009. 3ª ed. Itapevi. São Paulo:
A. Araujo Silva Farmacêutica, 2009. Palavras-chave: Educação Física. Saúde Pública. Educação em Saúde.
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 393
A Oficina de Gestantes na Unidade de Saúde Moinho Velho - Colombo/
PR: uma dinâmica essencial no período grávido
AUTOR PRINCIPAL: Evelyn Kultum Opuszka | AUTORES: Julieanne Reid Arcain, Renata Cordeiro Fernandes, Marina Gomes Sobral,
Leticia de Souza Moraes | INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná | Colombo-PR | E-mail: evelynopuszka@gmail.com
Caracterização do problema: Independentemente do contexto pessoal, familiar e social que envolve uma gestante, esta necessita
compartilhar sua história e suas percepções e deseja ser acolhida de forma integral pelas instituições e profissionais que lhe prestam assistência.
Fundamentação teórica: O desenvolvimento de grupo de gestantes é considerado recurso importante para promover o atendimento integral
das necessidades da mulher grávida. De maneira geral, estes grupos são desenvolvidos com a finalidade de complementar o atendimento
realizado nas consultas, melhorar a aderência das mulheres aos hábitos mais adequados, diminuir ansiedades relativos ao período grávido e
puerperal. Os conteúdos abordados nestes grupos incluem as vivências e necessidades da gestante e de seu parceiro relativas ao aleitamento
materno e às práticas de contracepção. Descrição da experiência: Em abril de 2016, a oficina de gestantes da Unidade de Saúde (US) Moinho
Velho, no município de Colombo – PR, teve como tema “Ganho de Peso ideal durante a gestação”. Para isso, foi feita uma explicação breve
sobre o aumento ponderal de peso nos três trimestres. Houve também a exposição de alguns alimentos altamente consumidos conforme relatos
durante as consultas de pré-natal e breves explicações sobre vantagens e desvantagens do consumo dos mesmos. Em seguida, foi feita uma
aferição de pessoa e altura de cada uma das participantes, com posterior cálculo de Índice de Massa Corporal. Por voluntariado, as participantes
poderiam expor seus resultados e verificar em um gráfico exposto em cartaz se seus IMCs estavam dentro da normalidade, sobrepeso, obesidade
ou baixo peso. A adesão foi grande e os resultados foram: 11% de gestantes obesas, 57% de sobrepeso, 23% de eutrofia e 3% de baixo peso.
Por fim, foi delimitado um tempo para esclarecimento de dúvidas principalmente focadas na alimentação durante o período gestacional. Efeitos
alcançados: Com a oficina, a gestante é atendida de forma mais particular e completa na US, tem esclarecimento de dúvidas e cria vínculo com
a equipe que lhe atenderá durante seu período gestacional. Recomendações: Deve-se buscar maior conscientização dos profissionais das US
para que frisem a importância da oficina para a gestante a fim de esta aderir ao acompanhamento via grupos, pois é o momento em que a US
se prepara para recebe-las visando a demanda de temas que as mesmas propuseram na primeira oficina da unidade, entre eles, alimentação e
atividade física. Referências: REBERTE, L. M.; HOKA, L. A. K. Pesquisa-ação como estratégia para desenvolver grupos de gestantes: a percepção
dos participantes. Rev Esc Enferm USP. São Paulo, v.4, n.41, p. 559-66, 2007. VAN DER SAND, I.C.P.; SARTORI, G.S. Grupo de gestantes: espaço
de conhecimentos, de trocas e de vínculos entre participantes. Revista Eletrônica de Enfermagem. São Paulo, v.6, n.2, 2006. Palavras-chave:
Oficina. Gestantes. Colombo. Educação. Saúde.
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