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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 330
Vivência de acadêmicas de enfermagem em
um projeto interprofissional
AUTOR PRINCIPAL: Tatiane Baratieri | AUTORES: Natali Paola Kelte, Ana Lúcia Cedorak, Gabriela Rita de Barros | INSTITUIÇÃO:
Universidade Estadual do Centro-Oeste | Guarapuava-PR | E-mail: baratieri.tatiane@gmail.com
As doenças crônicas não-transmissíveis são uma das principais prioridades da saúde pública no Brasil, destacando-se hipertensão
arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2), as quais crescem em paralelo com o excesso de peso, o qual está associado,
principalmente com hábitos desfavoráveis de alimentação e atividade física (SHIMIDT et al., 2011). Nesse contexto, o trabalho
desenvolvido por equipes multiprofissionais com práticas interdisciplinares representa um elemento-chave na reestruturação do
atendimento prestado nos serviços de saúde, uma vez que interfere diretamente, de forma positiva, no processo de saúde-doença da
população atendida (COSTA, 2008). Visto o exposto, foi implementado em 2015 o Projeto de Extensão de Atenção interprofissional à
família de hipertensos e/ou diabéticos do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual do Centro-Oeste. O projeto tem como
ferramenta de trabalho um instrumento de coleta de dados utilizado na visita domiciliar, que é realizada semanalmente por cinco grupos
de acadêmicos formados por acadêmicos dos cursos de enfermagem, nutrição, farmácia e fisioterapia, supervisionados por docentes e
direcionados pelos agentes comunitários ao acompanhamento das famílias com hipertensos e/ou diabéticos na área de abrangência de
uma unidade de Saúde da Família do município de Guarapuava-PR. O objetivo desse estudo foi relatar a experiência de acadêmicas de
enfermagem no referido projeto de extensão. A experiência evidenciou que o enfermeiro dentro de uma equipe interdisciplinar tem papel
de extrema importância como articulador entre equipe e família, principalmente por ter maior aproximação com a visita domiciliar. Foi
possível verificar que realizar um trabalho interprofissional é aplicar ações específicas de cada área, além de ações conjuntas entre os
membros, sendo discutidas em equipe, para que sejam efetivas e não haja contradições ou duplicidade de informações, visando o bem
estar das famílias. Constatou-se que a visita domiciliar da equipe traz alguns benefícios na assistência à família, como a aproximação
com o indivíduo e sua família, a escuta atenta, o conhecimento da realidade de vida das pessoas e a identificação dos riscos no
domicílio. A experiência teve impacto positivo para as acadêmicas compreenderem a importância do trabalho em equipe. Recomenda-
se que outros projetos possam ser desenvolvidos no intuito de articular o ensino, o serviço e a comunidade. Referências: Shimidt MI,
Duncan BB, Silva GA, Menezes AM, Monteiro CA, Barreto SM, Chor D, Menezes PR: Chronic non-communicable diseases in Brasil: burden
and current challenges. Lancet 2011, 377:1949–1961. Costa, RKS; Enders, BC; Menenzes, RMP Trabalho em equipe de saúde: uma
análise contextual. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 7, n. 4, pp. 530-536, out./dez. 2008. Palavras-chave: Visita domiciliar. Equipe de
assistência ao paciente. Enfermagem.
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 339
Relato de experiência da integração de acadêmicos dos
cursos de enfermagem e medicina na saúde coletiva
AUTOR PRINCIPAL: Karin Rosa Persegona Ogradowski | AUTORES: Ivete Palmira Sanson Zagonel, Izabel Cristina Martins
Meister Coelho, Elaine Ribeiro Rossi, Leide Conceição Sanches | INSTITUIÇÃO: Faculdades Pequeno Príncipe | Curitiba-PR
| E-mail: karin.persegona@fpp.edu.br
O presente trabalho objetiva relatar a experiência da integração de acadêmicos dos Cursos de Enfermagem e Medicina da Faculdades
Pequeno Príncipe (FPP), no Módulo Integração Ensino-Comunidade (IEC I). O trabalho em saúde é caracterizado, em sua essência, pela
atuação interdisciplinar, portanto, exige mudanças de paradigmas na formação profissional inicial, ou seja, na graduação. Desta forma,
um dos maiores desafios para a inovação das escolas médicas e de enfermagem refere-se à possibilidade de romper com o modelo
biomédico de ensino centrado no diagnóstico e tratamento de doenças; estimulando a criatividade e o senso crítico dos estudantes
mediante práticas desenvolvidas sob a ótica da atenção integral e interdisciplinar, centrado no usuário, nos diferentes níveis de cuidado
em saúde, coerente aos princípios do SUS1. Diante do exposto, as Coordenações e Núcleos Docentes Estruturantes (NDE) dos Cursos
de Enfermagem e Medicina propuseram a integração dos acadêmicos nas atividades curriculares relativas à saúde coletiva, por meio
do Módulo IEC I. O referido módulo tem como objetivos compreender as relações entre saúde e organização da sociedade; bem como
refletir sobre os conceitos de saúde e doença, com ênfase na determinação social. Por meio da problematização como estratégia
metodológica de ensino e aprendizagem, os acadêmicos puderam realizar as atividades práticas em diferentes unidades de saúde do
município de Curitiba, com respectiva teorização na FPP. Esta integração proporcionou aos mesmos a inserção e a compreensão sobre
o trabalho em saúde em cenários sociais diversificados, atuando como uma equipe, mas também assegurando a identidade profissional
de cada estudante. A avaliação deste processo foi realizada por meio da narrativa oral e escrita, ou seja, o portfolio. Neste sentido,
os objetivos foram alcançados, pois o contato dos acadêmicos com os usuários, equipe da unidade e o conhecimento do território
dos serviços de saúde, permitiu compreender aspectos essenciais da saúde coletiva, olhando a sua profissão de uma outra ótica, não
apenas o ser humano adoecido biologicamente, mas o ser social e sua família, na comunidade, também sob a ótica das ciências sociais.
Referências: 1. ROMANHOLI, R.M.Z. et al. O Ensino de Graduação em Medicina e Enfermagem na atenção primária à saúde: 45 anos
de experiência da Faculdade de Medicina de Botucatu – Universidade Estadual Paulista (FMB/UNESP). In: Bollela, V.R (org.). Educação
baseada na comunidade para as profissões da saúde: aprendendo com a experiência brasileira. Editora FUNPEC, Ribeirão Preto, 2014.
Palavras-chave: Ensino Superior. Integração Ensino-serviço-comunidade. Saúde Coletiva.
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