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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 301


                       A formação acadêmica do estagiário de psicologia no
                       ambulatório de feridas do CISMEPAR


                       AUTOR PRINCIPAL: Deborah Azenha de Castro  |  AUTORES: Não há  |  INSTITUIÇÃO: CISMEPAR  |  Londrina-PR |
                       E-mail: deborah.psico@cismepar.org.br

                          No Brasil, as feridas acometem a população de forma geral, independente de sexo, idade ou etnia, determinando um alto índice de pessoas
                          com alterações na integridade da pele, constituindo assim, um sério problema de saúde pública. A preocupação e o cuidado com o bem
                          estar, equilíbrio e aparência, mostram-se presentes no dia a dia do ser humano. Porém, a condição da pessoa portadora de ferida crônica,
                          caracterizada pela destruição de estruturas cutâneas que afetam tecidos profundos, com presença de secreção e odor em muitas vezes
                          podem alterar toda a sua vida. Essa condição implica em profundas modificações no estilo de vida, podendo levar à ruptura das relações
                          sociais. Frequentemente, o distanciamento entre as pessoas é intensificado pela visão estigmatizadora que a sociedade tem da pessoa com
                          lesão, podendo ter repercussões no cotidiano deste. Portanto, viver com a condição de ter uma ferida, traz uma série de mudanças na vida
                          das pessoas, e por consequência no contexto familiar, surgindo dificuldades que muitas vezes nem o indivíduo, a família e a equipe de saúde
                          estão preparados para auxiliar e compreender todos os aspectos que envolvem este problema. Consequentemente, essas pessoas tornam-se
                          vulneráveis a diversas situações, tais como: desemprego, abandono e até mesmo isolamento social, resultando em efeitos indesejáveis para
                          os projetos de vida. Essas situações provocam sentimentos como tristeza, ansiedade, raiva, vergonha, interferindo no seu estado de equilíbrio,
                          na autoimagem e em sua autoestima. Ao tratar uma pessoa com ferida complexa, é importante atentar-se ao seu estado emocional, ao
                          controle de suas comorbidades e patologias de base, aliviar a pressão, entre outros. Na perspectiva de experienciar outras formas de cuidado
                          de uma ferida, que não se restrinja simplesmente à técnica de fazer ou trocar curativo, a profissional de saúde de psicologia busca capacitar
                          alunos que participem do projeto, vivenciando o conteúdo teórico e pratico com o objetivo de aprimorar a formação profissional deste,
                          através de ações de extensão necessárias para a reabilitação da saúde, e também proporcionando aos pacientes do ambulatório de feridas
                          do CISMEPAR com necessidades de tratamento, maiores conhecimentos em relação aos aspectos emocionais com o intuito de melhorar as
                          condições de qualidade de vida destes. Referências: DAHLKE, Rudiger. A doença como linguagem da alma: os sintomas como oportunidades
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                          de desenvolvimento. 5.ed. São Paulo: Cultrix, 2003.327 p. (Medicina alternativa) ISBN 85-316-0607-1. LEWIS, Howard R.; LEWIS, Martha E.
                          Fenômenos psicossomáticos: até que ponto as emoções podem afetar a saúde. 5. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. 318 p. LUCAS,
                          LS; MARTINS, JT, ROBAZZI, MLCC. Qualidade de vida dos portadores de ferida em membros inferiores: úlcera de perna. Ciênc. Enferm. 2008;
                          14(1):43-52. TINOCO, Denise Hernandes. Psicologia, psicanálise e psicossomática. 2. ed. Londrina: EdUniFil, 2010. 222 p. ISBN 978-85-
                          61986-15-5. VALLE, Tânia Gracy Martins do; MELCHIORI, Lígia Ebner. Saúde e desenvolvimento humano. São Paulo: Cultura Acadêmica, ,
                          2010. 257 p. ISBN 978-85-7983-119-5. Palavras-chave: Psicologia. Formação acadêmica. Feridas.


                       EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade

                       Atenção farmacêutica domiciliar: graduandos em
                       farmácia estão preparados?

                       AUTOR PRINCIPAL: Luara Baena Moura  |  AUTORES: Guilherme de Oliveira da Silva, Izadora Cazoni Líbero, Taketoshi Sakurada Junior,
                       Adriana Lenita Meyer Albiero  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Maringá  |  Maringá- PR  |  E-mail: luarabmoura@gmail.com
                         Introdução: A atenção farmacêutica foi integrada ao SUS, por meio de Resolução 338/2004, neste documento o farmacêutico é o
                         responsável direto pelo uso racional dos medicamentos e resultados esperados pela a farmacoterapia . O currículo generalista, aprovado
                                                                                   1
                         em 2002, tem como um dos seus objetivos formar um profissional mais humanista, com espírito crítico e com a disponibilidade de agir na
                         comunidade e protagonizar ações sociais . Apesar dessa mudança, os cursos de farmácias ainda apresentam dificuldades em realizar esta
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                         formação, pois ainda se mantém priorizando a formação tecnicista e dificultando as novas abordagens. Objetivo: Avaliar por meio de uma
                         atividade prática, se o acadêmico de farmácia está apto a desenvolver a atenção farmacêutica e aproximar-se da comunidade. Metodologia:
                         Para a avaliação da capacidade de exercer os preceitos da atenção farmacêutica, estudantes do Grupo de Educação Tutorial em Farmácia
                         (PET- Farmácia UEM) executaram visitas domiciliares como parte das atividades de um projeto de pesquisa para estratificação do risco
                         de idosos. Discussão: Para executar atenção farmacêutica há a necessidade de realizar escuta ativa, identificar e analisar situações e
                         necessidades para a tomada de decisão e definição de condutas além de providenciar adequado registro e documentação . As dificuldades
                                                                                             3
                         encontradas pelos estudantes foram percebidas na abordagem inicial, como se portar, onde se sentar, se aceita café ou não, e mesmo em
                         que parte da casa realizar a entrevista. Na realização de perguntas de âmbito pessoal, previstas no instrumento utilizado no projeto e tentando
                         manter o caráter profissional e de imparcialidade, os estudantes depararam-se com uma situação até então, nunca explorada nas disciplinas
                         da graduação. Além disso, as perguntas deviam ser realizadas de forma a não induzir respostas para não alterar a pesquisa e levar a uma falsa
                         interpretação sobre a situação do idoso. Outro ponto levantado está em quais estratégias serão utilizadas para a orientação sobre os assuntos
                         de saúde àquela população idosa. Conclusão: A atividade permitiu aprender com a prática e concluir que é premente a formação em atenção
                         farmacêutica quer seja por meio de componentes curriculares ou extracurriculares na graduação em farmácia, tornando os futuros profissionais
                         mais aptos a realidade do trabalho na equipe multiprofissional em saúde, responsável pelo atendimento e pela melhora da qualidade de vida
                         da população quer seja idosa ou não. Referências: 1Conselho Federal de Farmácia.A Assistência Farmacêutica no SUS.2010 2DEUSCHLE,
                         V. C. K. N. ; Bortolotto, J. W. ; DEUSCHLE, Regis Augusto Norbert . O Ensino de Farmácia no Brasil. In: XVII Seminário Internacional de Educação
                         no Mercosul, 2015, Cruz Alta. Anais doXVII Seminário Internacional de Educação no Mercosul, 2015. 3OPAS; Organização Mundial de Saúde
                         – OMS – Ministério da Saúde. Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica (Proposta). Brasília: Organização Pan Americana de Saúde, 2002.
                         Palavras-chave: Graduação. Farmácia. Atenção Farmacêutica. Visita domiciliar.
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