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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 258


                  Visita domiciliar multiprofissional: uma abordagem humanizada

                  AUTOR PRINCIPAL: Larissa Boing  |  AUTORES: Veridiane Guimarães Ribas Sirota, Jessica Albino, Luana Cristiane Naue, Doroteia
                  Aparecida Höfelmann  |  INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Paraná  |  Curitiba-PR  |  E-mail: larissa_boing@yahoo.com.br

                   O Programa de Residência Multiprofissional (PRM) tem como principal objetivo o trabalho multidisciplinar com a equipe inserida no
                   serviço de saúde¹. Durante a formação acadêmica, na maioria dos cursos e instituições, o contato com outras áreas profissionais em
                   trabalhos conjuntos é raro sendo que a inserção no PRM apresenta um desafio imediato: trabalhar em uma equipe multiprofissional.
                   Na Unidade de Estratégia de Saúde da Família (UESF) há a necessidade de conhecer a comunidade adstrita, a fim de almejar maior
                   proximidade da realidade pela equipe para com os usuários e a comunidade². Sendo assim, é vital a integração da equipe de residentes
                   com os profissionais da UESF, pois estes, inseridos anteriormente na realidade, conhecem os indivíduos e a comunidade através dos
                   acompanhamentos realizados. Diversas atividades podem ser realizadas na UESF, dentre elas a Visita Domiciliar (VD). Em uma UESF no
                   Sul do Brasil uma equipe de residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família realiza cerca de seis VD’s ao
                   mês agendadas a pedido dos membros da equipe da UESF, com duração média de uma hora, contando com o(a) Agente Comunitário
                   de Saúde responsável pela área, enfermeiras, farmacêutica e nutricionistas, permitindo uma abordagem ampla e sistêmica do paciente.
                   A maioria das VD’s solicitadas diz respeito a portadores de problemas crônicos, como diabetes e hipertensão arterial, geralmente
                   descompensados. Cabe salientar que a conversa ocorre de maneira dinâmica, onde o paciente tem espaço livre para ponderar o que lhe
                   aflinge emocionalmente, proporcionando uma aproximação entre profissionais da saúde e usuário, sendo possível afirmar que o paciente
                   é considerado e percebido em sua integridade física, psíquica e social, e não somente de um ponto de vista biológico, mesmo sendo
                   crucial, em muitos casos, avaliações e orientações de cada área profissional presente. Porém, o primeiro contato muitas vezes é difícil,
                   pois os pacientes estão receosos e fechados frente ao profissional da saúde, mas ao se despedir, nota-se o efeito benéfico da visita,
                   refletindo o acolhimento e empatia da equipe. O resultado do trabalho em equipe multidisciplinar é a troca de experiências, resultando
                   em (re)conhecimento da atuação e importância das diversas profissões. Sendo assim, o trabalho se torna amplo, e permitir ir além do
                   perfil de atendimento generalista, integrando profissionais de diferentes áreas em prol da promoção da saúde do paciente. Referências:
                   1 - Brasil MS. Residência multiprofissional em saúde: experiências, avanços e desafios. Ministério da Saúde. 2006. 2 – Figueiredo EN
                   de. A Estratégia Saúde da Família na Atenção Básica do SUS. UNIFESP. 2012. Palavras-chave: Visita domiciliar. Profissionais da saúde.
                   Unidade de saúde.


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                  Olhares sobre o processo terapêutico com dependentes químicos:
                  a atuação de acadêmicos de Saúde Coletiva em um Centro de
                  Atenção Psicossocial (CAPS)


                  AUTOR PRINCIPAL: Micaela Gois Boechat Boaventura  |  AUTORES: Jandaiana Macedo Bucker Albino, Jenifer Priscila de Araujo,
                  Marcos Claudio Signorelli  |  INSTITUIÇÃO: UFPR  |  Paranaguá-PR |  E-mail: mica_gois2@hotmail.com

                   Introdução: O projeto tem como escopo motivar a inserção social e profissional de grupo de dependentes químicos em processo
                   terapêutico do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS1) do Município de Paranaguá-PR, incentivando-os na criação de uma cooperativa.
                   Metodologia: A partir de uma reunião disparadora entre profissionais e estagiários do CAPS, em equipe multiprofissional, estabeleceu-
                   se que os discentes do Curso de Saúde Coletiva da UFPR trabalhassem a questão do cooperativismo em grupo terapêutico. Com isso
                   foram realizadas pesquisas teóricas e práticas acerca do tema, objetivando criação e adesão como associados a uma cooperativa. O
                   grupo vem realizando encontros semanais, materializando a proposta como alternativa terapêutica. Resultados: O grupo demonstrou
                   grande  interesse  e  estímulos  ao  conhecer  o  processo  de  atuação  em  uma  cooperativa.  Todavia,  emergiram  também  conflitos  de
                   opiniões, principalmente na atividade prática, quando proposto o planejamento de uma ação que seria executada dentro do CAPS: a
                   limpeza e organização do jardim de inverno, resultando em espaço bem planejado e bonito. Discussão: Um dos objetivos do CAPS é a
                   adaptação com a inserção do sujeito no mundo de trabalho, considerando sua atual vulnerabilidade social. Diante disso, o profissional
                   da Saúde Coletiva pode atuar na educação em Saúde, fomentando, inclusive, a autonomia financeira, motivada no grupo o trabalho em
                   equipe. A ideia do cooperativismo tem seu foco na atuação da capacidade de trabalho, autonomia, informação e saúde coletiva. Durante
                   o processo terapêutico, atitudes como o entusiasmo, algumas vezes, podem representar riscos ao usuário, devido à possibilidades de
                   frustrações. Assim, procurou-se trabalhar na questão do fracasso e de como enfrentar os problemas diários. Conclusão: O processo
                   encontra-se em pleno andamento, mas desde já se apresenta como ferramenta de terapia e de perspectiva de futuro para aqueles que
                   se motivarem na criação ou participação como associados de uma cooperativa. Referências: Legislação em Saúde Mental: 1990 -
                   2004 / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva, Secretaria de Atenção à Saúde - 5. ed. ampl. - Brasília: Ministério da Saúde, 2004
                   Palavras-chave: Saúde Coletiva. Terapia, Dependentes químicos. Cooperativa.



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