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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 249
Vivência acadêmica na residência multiprofissional em
Saúde da Família pela Fisioterapia
AUTOR PRINCIPAL: Cíntia Raquel Bim Quartiero | AUTORES: Camila Rickli, Mariana Lobregati Barreto |
INSTITUIÇÃO: Unicentro - Universidade Estadual do Centro-Oeste | Guarapuava-PR | E-mail: cintiabim@gmail.com
A influência da Residência Multiprofissional em Saúde da Família na mudança da micropolítica do trabalho, de acordo com a perspectiva da
atenção básica (integralidade do trabalho em equipe multiprofissional), contribui para que a atenção primária seja mais resolutiva nos cuidados
sobre os problemas mais comuns de saúde, a partir dos quais se realiza e coordena o cuidado em todos os pontos de atenção (DOMINGOS, NUNES
e CARVALHO, 2015). Neste contexto, a fisioterapia na atenção básica (AB) se insere também com o desafio de superar o caráter reabilitador
da profissão, e apresentar suas potencialidades na promoção e prevenção em saúde. A proposta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família
busca direcionar as ações do fisioterapeuta neste espaço. A atuação do fisioterapeuta na AB ainda está em processo de construção e algumas
dificuldades precisam ser superadas diante das experiências conhecidas. Para tanto, é importante uma formação mais voltada para este nível de
atuação, não só do fisioterapeuta, mas de todos os profissionais envolvidos (Formiga e Ribeiro, 2012). A integração dos profissionais de saúde
permite distintos olhares, inovando as suas práticas do cuidado e aumentando a resolutividade (REZENDE, MOREIRA, FILHO E TAVARES, 2009).
O objetivo desta pesquisa foi conhecer as facilidades e dificuldades do início das atividades de residentes de fisioterapia em um programa de
residência multiprofissional em Saúde da Família, em sua primeira oferta. Foi realizada pesquisa qualitativa, na modalidade relato de experiência,
realizada em abril de 2016. A amostra foi constituída por duas residentes de fisioterapia. Da análise de conteúdo (BARDIN, 2008) do relato
da experiência das acadêmicas quanto às vivências iniciais na residência multiprofissional emergiram duas categorias temáticas. A primeira foi
denominada facilidades e a segunda dificuldades no início dos trabalhos na residência. Dentre as facilidades, foram citadas: apresentação da
rede pela Secretaria municipal de saúde, acolhimento dos residentes pela comunidade, apoio das aulas teóricas para realização das práticas,
interação dos residentes de diversas áreas. Como dificuldades, apontaram: adaptação à rotina da unidade, implantar novas práticas em um serviço
já estruturado, identificação com as atividades desenvolvidas pelo preceptor, estruturação da residência, por ser a primeira oferta, limitação dos
equipamentos necessários para os atendimentos, educação da população quanto ao amplo conceito de saúde e Referências: 1. BISPO JUNIOR,
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
J. P. Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais. Ciência & saúde coletiva [online], vol.15, suppl.1, p. 1627-
1636, 2010. 2. DOMINGOS,C.M., NUNES, E.F.P.A., CARVALHO, B.G. Potencialidades da Residência Multiprofissional em Saúde da Família: o olhar
do trabalhador de saúde. Interface (Botucatu) [online]. vol.19, n.55, pp.1221-1232, 2015. 3. FORMIGA, N.F.B., K.S.Q.S. RIBEIRO. Inserção do
Fisioterapeuta na Atenção Básica: uma Analogia entre Experiências Acadêmicas e a Proposta dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF)
R bras ci Saúde 16(2):113-122, 2012. 4. REZENDE, M., MOREIRA, M. R., FILHO, A. A., TAVARES, M. F. L. A Equipe Multiprofissional da ‘Saúde da
Família’: uma reflexão sobre o papel do fisioterapeuta. CIÊNCIA & SAÚDE COLETIVA, 14(SUPL. 1):1403-1410, 2009. Palavras-chave: Fisioterapia.
Atenção básica. Residência multiprofissional.
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 257
Extensão universitária e educação em saúde: prevenção da
gravidez na adolescência
AUTOR PRINCIPAL: Valquiria Fernandes Marques | AUTORES: Fernanda Figueiredo Chaves, Heloísa de Carvalho Torres, Sumaya Giarola
Cecilio | INSTITUIÇÃO: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Centro Universitário Newton (IBCS-NEWTON); Escola de Enfermagem,
Universidade Federal de Minas Gerais (EE-UFMG) | Belo Horizonte-MG | E-mail: fernandes.valquiria@gmail.com
Caracterização do problema: A adolescência é um período de transição para a maturidade onde ocorrem alterações corpóreas e psicoemocionais.
A gravidez na adolescência é considerada um problema de saúde pública, por aumentar a ocorrência de complicações obstétricas, as quais
repercutem negativamente para mãe e criança, afetando, especialmente, a biografia da juventude e sua possibilidade de elaborar um projeto de
vida estável. Descrição da experiência: Para o desenvolvimento do projeto “Adolescência e educação” estabeleceu-se a parceria entre o curso de
Enfermagem de uma instituição de ensino superior e uma escola pública. Foram contemplados estudantes da 5ª série do ensino fundamental ao
3º ano do ensino médio, com crianças e adolescentes de 9 a 18 anos de idade, em uma área de elevada vulnerabilidade social de Belo Horizonte,
Minas Gerais. O objetivo foi sensibilizar os adolescentes quanto à prevenção da gravidez precoce, por meio de ações educativas no âmbito da
saúde sexual e reprodutiva. Fundamentação teórica: As atividades foram baseadas no modelo pedagógico de Paulo Freire, operacionalizadas por
meio de oficinas, rodas de conversa, dramatização, jogos e dinâmicas. Como recursos didáticos utilizou-se peças anatômicas, álbum-seriado,
cartilhas informativas, cadernetas do adolescente e kit de métodos contraceptivos. Efeitos alcançados: Foram realizados três encontros com
duração de uma hora em cada uma das oito turmas abordadas separadamente, contemplando 300 alunos, no período de março a julho de 2013.
A extensão universitária possibilitou a articulação entre o ensino e pesquisa às demandas da comunidade. O desenvolvimento de atividades de
educação em saúde na escola contribuiu para a produção do conhecimento coletivo, de forma dialógica, crítica e reflexiva. Verificou-se que o
trabalho executado com diversidade de metodologias ativas tornou os encontros mais interessantes aos adolescentes e constituiu-se num espaço
de socialização de vivências, sendo uma oportunidade para as crianças e adolescentes expressarem suas curiosidades, dúvidas e percepções.
Recomendações: O trabalho educativo demonstrou-se positivo em relação às intervenções pedagógicas aplicadas. O lúdico auxilia no interesse,
motivação, engajamento e empoderamento dos participantes. Projetos com enfoque na saúde, desenvolvidos nas escolas deveriam ser ampliados,
pois a sexualidade na adolescência é um tema complexo, que gera muitas dúvidas, e requer acompanhamento continuo. Referências: CAMARGO,
E.A.L; FERRARI, R.A.P. Adolescente: conhecimento sobre sexualidade e após a participação em oficinas de prevenção. Rev.Ciência & Saúde Coletiva.
Rio de Janeiro, v. 14, n.3, p. 927- 945, 2009. Disponível em: . Acesso em: 16 out. 2014. GURGEL, M. G. I. et al. Gravidez na adolescência:
Tendência na produção científica de enfermagem. Rev. Escola de Enfermagem Anna Nery. Rio de Janeiro, 2008. cap14, p. 799-05. Disponível
em. http://www.eean.ufrj.br/revista_enf/20084/25-gravidez%20na%20adolescencia.pdf> . Acesso em: 10 set.2014. YAZLLE, M, E, H, D. Gravidez
na adolescência. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. Rio de Janeiro, 2006. v.28. n.8. p.1. Disponível em:. Acesso em: 16 out. 2014. Palavras-chave:
Educação em Saúde. Extensão. Gravidez na Adolescência.
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