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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 273


                       A depressão gestacional em adolescentes brasileiras:
                       repercussões e riscos materno-fetais

                       AUTOR PRINCIPAL: Gabriela Duarte Ferreira  |  AUTORES: Camila Vieira Leite, Helena da Silva e Lúcia Hilda Machado  |
                       INSTITUIÇÃO: Universidade da região de Joinville - UNIVILLE |  Joinville-SC |  E-mail: gabi_duarte_9@hotmail.com


                         Este artigo de revisão teve como objetivo identificar as repercussões da depressão ao longo do período gestacional em adolescentes
                         grávidas, bem como verificar os riscos materno-fetais durante o período pré-natal. Para tanto foi realizada uma revisão sistemática em
                         artigos de cunho científico Tomaram-se como fonte de coleta as seguintes bases de dados on-line: Scielo e Capes. A depressão gestacional
                         é um transtorno psiquiátrico bastante comum entre as adolescentes e está associada a uma diversidade de fatores de riscos materno-
                         fetais. De acordo com Moreira et al. (2008, p. 313) é imprescindível reforçar que a adolescência “Trata-se de um período de profundas
                         modificações, marcado pela transição entre a puberdade e o estado adulto do desenvolvimento". De acordo com Queiroga et al. (2014) &
                         Guedes et al. (2012), em meio a esses conflitos destaca-se a crise da sexualidade que, embora seja parte irremovível, inevitável e inexorável
                         do ser humano desde o nascimento, é durante a adolescência que começa a ser experimentada de forma mais intensa. Evidenciou-se
                         que as repercussões e os riscos em função da depressão é bem maior e mais frequente durante a adolescência, podendo ocasionar
                         sérias complicações durante a gestação, no parto e mesmo no período perinatal. As principais repercussões e/ou riscos materno-fetais
                         relacionadas à depressão gestacional em adolescentes foram: conflitos familiares e existenciais, abandono escolar, baixo desempenho
                         educacional, desemprego, monoparentalidade, isolamento social, complicações na gestação, insuficiência placentária, crescimento uterino
                         inadequado, maior incidência de anemia e infecções, deficiência de nutrientes suficientes ao feto, aumento do risco de mortalidade neonatal
                         e perinatal, prematuridade, riscos obstétricos, morbimortalidade, maior frequência de baixo peso ao nascer, maior probabilidade de quadros
                         de ansiedade e de ideação suicida, pré-eclâmpsias, sofrimento fetal agudo intraparto, alto índice de cesarianas entre as parturientes e
                         aumento significativo da incidência de depressão pós-parto. Como a ênfase da literatura ainda tem sido direcionada principalmente para
                         a depressão pós-parto, justifica-se o nível de relevância do estudo desse tema, sugerindo-se uma conjugação e esforços de várias áreas
            ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
                         científicas e de diferentes profissionais durante os exames pré-natais em adolescentes, com o intuito de acompanhar, detectar e avaliar
                         as condições psicossociais e biológicas dessas gestantes e de seus futuros bebês. Referências: GUEDES, Patrícia Cristina Wanderley et
                         al. Representação social, ansiedade e depressão em adolescentes puérperas. Revista Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH),
                         v.15, n.1, pp. 194-211. 2012. Disponível em: . Acessado em: 28 jan. 2016. MOREIRA, Thereza Maria Magalhães, et al.Conflitos vivenciados
                         pelas adolescentes com a descoberta da gravidez. Revista Eletrônica de Enfermagem, v.42, n.2, pp.2-320. 2008. Disponível em: . Acessado
                         em: Acessado em: 28 jan. 2016. QUEIROGA, K. et al. O que é e como se explica a gravidez na adolescência. In. Journal of Human Growthand
                         Development, v.24, n.2, p. 142-149. 2014. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/81013/84660. Acessado em: 22
                         jan. 2016. Salum, G. A. &Blaya, C. &Manfro, G. G. (2009). Transtorno do pânico. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 31(2):86-94.
                         Palavras-chave: Gravidez na adolescência. Depressão gestacional. Repercussões e riscos materno-fetais.



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                       A importância do contato acadêmico durante o início da
                       formação médica: um olhar reflexivo sobre a saúde pública

                       AUTOR PRINCIPAL: Giovanna Correa Fontoura  |  AUTORES: Emmanuele de Oliveira Fraga, Virgilio Frota Rossato, Vitória Mallmann Fedeger,
                       Karin Rosa Persegona Persegona  |  INSTITUIÇÃO: Faculdades Pequeno Príncipe  |  Curitiba-PR  |  E-mail: gi_fontoura@hotmail.com
                         Este trabalho objetiva relatar a experiência de estudantes do 1° período de Medicina das Faculdades Pequeno Príncipe, em contato com
                         unidades de saúde distintas na cidade de Curitiba. O Módulo Integração, Ensino e Comunidade (IEC) proporciona aos acadêmicos o contato
                         desde o primeiro período com a saúde pública. O impacto e a experiência para os acadêmicos permitem construir um olhar crítico e reflexivo,
                         por meio da teorização em sala. Estes encontros são realizados focando nas observações feitas pelos mesmos e problematização de suas
                         vivências. Através de uma metodologia ativa, os acadêmicos tiveram a oportunidade de ampliar seu conceito de saúde percebendo que esta
                         não se limita somente ao consultório. Assim, a saúde é dependente de todo aspecto social ao qual o usuário está inserido. Os acadêmicos
                         que conheceram as unidades x perceberam maior acentuação dos determinantes sociais, contrastando com a unidade y. Analisando
                         aspectos da unidade: infraestrutura, gerência e trabalho em equipe. Como também fatores sociais: violência, economia e moradia. Devido
                         a isso, ao relacionar as diferentes unidades e os diferentes contextos sociais, percebe-se a discrepância quando estes são integrados no
                         diálogo com o usuário. Os estudantes verificaram que o atendimento primário é a principal ferramenta para a maior acessibilidade do usuário
                         nas unidades de saúde. Sendo que este viabiliza o maior contato dos profissionais e da comunidade. A inserção de experiências como estas
                         são primordiais para a formação médica, pois são baseadas na problematização e humanização do ensino. Isto porque ao se depararem com
                         uma realidade completamente diferente da qual estão acostumados, a percepção de enxergar o usuário como um todo e não somente como
                         o "objeto doença" aumenta, ocorrendo assim a valorização de uma medicina ética, centrada na integralidade do indivíduo.
                         Referências: GARCIA, Maria Alice Amorim; KHATER, Beatriz. CONSTRUINDO VÍNCULOS,  APREENDENDO SAÚDE: ESTUDO DE REVISÃO.
                         Rev APS, , v. 15, n. 4, p. . out/nov/2012. ROMANHOLI, Renata Maria Zanardo; CYRINO, Eliana Goldfarb. A visita domiciliar na formação de
                         médicos:: Da concepção ao desafio do fazer*.Interface COMUNICAÇÃO SAÚDE EDUCAÇÃO, , v. v.16, n. n.42, p. . jul/set/2012. Palavras-
                         chave: Metodologia ativa. Integração. Comunidade.Problematização.

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