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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 418

                 Barreiras e facilitadores na inserção do Programa de Residência
                 Multiprofissional em Saúde da Família

                 AUTOR PRINCIPAL: Aline Tondini Salvador |  AUTORES: Natalia Yoshie Kawakami; Izabel Cristina Preto; Silvana Cardoso de Souza;
                 Amanda Valese Coelho |  INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina - UEL  | Londrina - PR|  E-mail: salvador.aline22@gmail.com
                  Como forma de apoio e para colocar em prática o que o Ministério da Saúde preconiza para a efetivação da Atenção Primária Básica, criou-se
                  o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família. No programa da Universidade Estadual de Londrina, a residência é composta
                  por profissionais das áreas de: enfermagem, odontologia, psicologia, nutrição, serviço social, farmácia, educação física e fisioterapia, os quais
                  trabalham na modalidade Núcleo de Apoio à Saúde da Família, com exceção da enfermagem e odontologia, que atuam na Estratégia Saúde
                  da Família em uma Unidade Básica de Saúde, na zona sul de Londrina. O grupo de residentes do segundo ano (R2) iniciou em 2015 e o
                  de primeiro ano (R2) em 2016, cada um com expectativas, prevalecendo sempre a possibilidade do grupo, considerando a necessidade
                  do trabalho em equipe de modo integrado, em que há uma conexão dos diferentes processos de trabalho baseado no conhecimento do
                  outro e a valorização da participação deste no planejamento dos cuidados. Além disso, da oportunidade de enxergar o usuário do serviço de
                  forma integral, visando lhe proporcionar o melhor atendimento, de acordo com sua necessidade individual e coletiva. O início da residência
                  em 2016 se deu com a visita dos residentes aos serviços da rede de saúde de Londrina, momento em que foi possível identificar o quão
                  impecável as políticas públicas são no papel e nas legislações, porém funciona de maneira precária e com muitas dificuldades na prática.
                  Posteriormente os R1 acompanharam seu R2 de forma a favorecer a familiarização com o serviço, fluxos e rotinas, período em que ocorreu
                  o primeiro contato com as dificuldades e barreiras do serviço. Com base em uma pesquisa entre os residentes, todos enxergam falta de
                  recursos, capacitação e disciplinas teóricas; 94% a falta de espaços públicos para desenvolver as intervenções e a dificuldade de locomoção
                  no território; 87% o não reconhecimento dos residentes como profissionais e a dificuldade de aceitação pela equipe e 69% a falta de
                  comprometimento de alguns professores e a formação acadêmica falha em saúde pública. Em relação aos facilitadores, todos afirmaram
                  ver como ponto positivo o respaldo da Universidade, o trabalho multidisciplinar e o reconhecimento da importância de novos profissionais por
                  alguns trabalhadores da UBS, a possibilidade de auxiliar na melhora do SUS e o vínculo com os usuários, ao passo que 94% concordam que
                  o apoio dos ACS nas intervenções também são facilitadores. Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF. Brasília. Ministério
                  da Saúde, 2010 (Cadernos de Atenção Básica, n. 27). Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_do_nasf_
                  nucleo.pdf> Cunha Y F F, Vieira A, Roquete F F, Impacto da residência multiprofissional na formação profissional em um hospital de ensino de
                  Belo Horizonte. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/15318312.pdf. Acesso em: 01/05/2016 Palavras-chave:
                  Residência Multiprofissional em Saúde da Família; facilitadores; barreiras


                EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 420

                Relato de experiência: Projeto Viva Vida


                 AUTOR PRINCIPAL: Aline Tondini Salvador |  AUTORES: Natalia Yoshie Kawakami; Izabel Cristina Preto; Silvana Cardoso de Souza;
                 Amanda Valese Coelho |  INSTITUIÇÃO: UNIOESTE - Universidade Estadual de Londrina | Londrina-PR  |  E-mail: salvador.aline22@gmail.
                 com
                 O Projeto Viva Vida de Londrina, solicitou à equipe Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) do território uma intervenção sobre o tema
                 “sexualidade” com crianças por ele atendidas no contraturno escolar. A partir da demanda, a equipe decidiu iniciar a ação pelo tema higiene
                 pessoal, criando um espaço no qual as crianças se sentissem mais à vontade, favorecendo a criação de vínculo. Por meio do modelo de
                 Residência Multiprofissional, criou-se uma área comum, regida por valores tais como: a promoção da saúde, a integralidade da atenção e
                 o acolhimento. A residência ocupa cargo semelhante a equipe NASF e Equipe Saúde da Família (ESF) e busca seguir seus princípios de
                 intervenção. Assim, cabe a equipe do NASF captar, propor e discutir com as ESF, as quais está vinculado, o planejamento das ações de
                 saúde da criança e do adolescente, além de contribuir para seu aperfeiçoamento, em consonância com as prioridades da Política Nacional
                 de Saúde da Criança. Até o momento, realizou-se a atividade de higiene com as crianças dos turnos matutino e vespertino. Inicialmente
                 todos se apresentaram e em seguida solicitou que desenhassem dois contornos do corpo de um colega, contou-se uma história lúdica a qual
                 se referia as consequências da falta de higienização, enquanto as crianças ajudavam a “sujar” o personagem. Na sequência, foi proposto
                 que “limpassem” o personagem, utilizando algum produto de higiene que estava exposto na bancada. No final, refletiu-se sobre a sujeira
                 e importância da higiene diária. Posteriormente, uma criança foi convidada a ser vendada e lavou as mãos com o que ela acreditava ser
                 sabão, mas na verdade era tinta. O objetivo dessa ação foi mostrar os métodos corretos de lavagem das mãos. Por fim, todas as crianças
                 assistiram a um vídeo sobre banho. A próxima atividade é sobre a sexualidade e a metodologia está em fase de construção juntamente com
                 os professores do Projeto na tentativa de implementar algo que seja de fato efetivo. No geral, as crianças mostraram-se participativas e com
                 bom conhecimento sobre os produtos de higiene porém, a equipe teve dificuldade com algumas turmas que, segundo os coordenadores do
                 projeto, tratavam-se de crianças mais “carentes”, as quais se dispersavam facilmente e tiveram mais problemas em identificar os produtos
                 e participar das atividades propostas. Acreditamos ter alcançado os objetivos: de avaliar as noções de higiene das crianças e passar
                 informações sobre o tema na forma de aprendizagem significativa.Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF. Brasília.
                 Ministério da Saúde, 2010 (Cadernos de Atenção Básica, n. 27). Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_
                 do_nasf_nucleo.pdf> Cunha Y F F, Vieira A, Roquete F F, Impacto da residência multiprofissional na formação profissional em um hospital
                 de ensino de Belo Horizonte. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos13/15318312.pdf. Acesso em: 01/05/2016
                 Palavras-chave: Educação sexual; higiene pessoal; educação infantil; Residência Multiprofissional; Núcleo de Apoio à Saúde da Família.



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