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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 450
Formação em saúde com agentes comunitários da estratégia de
Saúde na Família na Unidade de Saúde Vila Garcia-Paranaguá (PR)
AUTOR PRINCIPAL: Vanessa de Oliveira Lucchesi | AUTORES: Tainá Ribas Mélo; Silmara Lima; Angie Albini; Fernanda Miquilini Pereira |
INSTITUIÇÃO: Prefeitura Municipal de Paranaguá | PARANAGUÁ-PR | E-mail: lucchesi_fono@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO: O Programa de Estratégia de Saúde da Família (PSF) prevê uma equipe constituída, no mínimo, por médico, enfermeiro,
auxiliar de enfermagem e Agente Comunitário de saúde (ACS). Este é considerado o projeto mais adequado para atender as
necessidades de saúde da população (MOROSINI et.al, 2007). Ainda segundo Morosini et.al (2007), a não escolarização do ACS,
justificada pela necessidade de esse trabalhador ser representativo da comunidade em que atua, denota a desvalorização da dimensão
conceitual de sua qualificação, o que fortalece a desvalorização social desse trabalhador, sustenta a sua baixa remuneração e se
contrapõe a pauta política por uma melhor qualificação dos trabalhadores da saúde, de uma maneira geral. OBJETIVO: O objetivo
foi promover ações de qualificação em saúde com os ACS por meio da inserção dos profissionais de fonoaudiologia, psicologia e
fisioterapia (equipe de apoio) na UBS Vila Garcia. METODOLOGIA: Com encontros mensais realizados na Unidade de saúde entre
a equipe de agentes comunitários de saúde, as enfermeiras e a equipe interdisciplinar inserida nesta unidade, foi promovida uma
formação em saúde advinda de demandas levantadas pelos próprios agentes, através de exposição do conteúdo e discussão
entre o grupo. Esta ação foi realizada entre janeiro e abril de 2016 e ainda está em andamento. RESULTADOS: Verificou-se que
tais encontros favoreceram a discussão de assuntos que cercam o cotidiano dos agentes comunitários, mas que devido a pouca
formação não eram bem esclarecidos dentre eles. As principais demandas que surgiram foram: dúvidas sobre a atuação da equipe
interdisciplinar na atenção básica, dúvidas sobre a diferença entre os setores da saúde e como lidar com situações de indivíduos com
necessidades de avaliações específicas de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Psicologia. CONCLUSÃO: práticas de formação em saúde são
favorecidas por meio de encontros direcionados ao esclarecimento de assuntos relacionados a estrutura da saúde e suas vertentes.
Referências: MOROSINI et.al. O agente comunitário de saúde no âmbito das políticas voltadas para a atenção básica: concepções
do trabalho e da formação profissional. In: FONSECA A.F. O processo histórico do trabalho em saúde. Ed Fiocruz, Rio de Janeiro, 2007.
ANAIS 3º CONGRESSO PARANAENSE DE SAÚDE PÚBLICA/COLETIVA - 2ª MOSTRA PARANAENSE DE PROJETOS DE PESQUISA PARA O SUS
Palavras-chave: Formação em saúde; Interdisciplinar; Atenção primária
EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade TRABALHO 456
Controle social e os intrumentos de gestão: a (des)informação
como obstáculo para o fortalecimento da tomada de decisão
dentro dos conselhos municipais de saúde
AUTOR PRINCIPAL: Maraisa Manorov | AUTORES: Ângela Maria Gomes; Liane Colliselli | INSTITUIÇÃO: Universidade Federal da Fronteira
Sul - UFFS | Chapecó - Santa Catarina | E-mail: mara_manorov@hotmail.com
Caracterização do problema: Com o intuito de proporcionar a participação dos sujeitos e organizações junto à construção e gestão
das políticas públicas na área da saúde, surge o projeto ‘Educação permanente para Conselheiros Municipais de Saúde’ na região de
abrangência da Comissão de Integração Ensino-Serviço (CIES) da região Oeste catarinense. Fundamentação Teórica: Compreendemos
que a participação no processo decisório da saúde municipal só se concretiza por meio da interação de atores que têm interesse nos
problemas públicos daquele contexto (MOREIRA; ESCOREL, 2009). Descrição da experiência: Nesse sentido buscou-se, através de um
processo de educação permanente, proporcionar o (re)conhecimento dos instrumentos de gestão, assim qualificando o processo de
tomada de decisão desses sujeitos. A experiência aconteceu durante o segundo semestre de 2015, envolvendo oitenta (80) conselheiros
municipais de saúde pertencentes a região Oeste do CIES/SC. Para alcançar tais objetivos utilizou-se de duas dinâmicas, sendo elas
o ‘Café Mundial’ e a construção do ‘Mapa Conceitual’. Na primeira, os participantes são divididos em grupos e circulam por mesas,
trocando e compartilhando experiências sobre os temas gerados de cada mesa. Na segunda, de maneira bastante visual, os participantes
constroem juntos a sequência e/ou conceito do processo de tomada de decisão. Efeitos alcançados: De maneira geral, foi possível
compreender como acontece o envolvimento, a participação e o processo de tomada de decisão dos conselheiros municipais de saúde do
Oeste Catarinense. Entretanto, percebeu-se um desconhecimento dos conselheiros de saúde sobre seus instrumentos de gestão, como
regimentos, relatórios de gestão e Planos Municipais de Saúde. Verificou-se pouca participação destes sujeitos na elaboração do plano e
dificuldade de analisar relatórios de gestão. Recomendações: Frente a isso, recomenda-se o desenvolvimento de iniciativas de educação
permanente com esse público, uma vez que oportuniza o acesso a informação e conhecimento, consequentemente proporciona o
fortalecimento dos processos decisórios nesses espaços deliberativos em saúde. Por fim, ressaltamos a importância do CIES e a
universidade atuarem junto a comunidade ao seu redor, contribuindo para a formação de uma consciência sanitária que considere a
compreensão ampliada de saúde e para a estruturação e articulação de canais permanentes de informações sobre os instrumentos legais.
Referências: MOREIRA, Marcelo Rasga; ESCOREL, Sarah. Conselhos Municipais de Saúde do Brasil: um debate sobre a democratização
da política de saúde nos vinte anos do SUS. Ciência e Saúde Coletiva, v. 14, n. 3, p. 759-805, 2009.. Palavras-chave: Participação
Social; Educação permanente; Conselhos de Saúde
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