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EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade

                 A inserção da gestão e planejamento em saúde na formação
                 médica
                 AUTOR PRINCIPAL: Christiane Luiza Santos  |  AUTORES: Raquel Ferreiro Cubas; Priscilla Dal Prá ; Elaine Rossi Ribeiro; Leandro Rozin |
                 INSTITUIÇÃO: Faculdades Pequeno Príncípe  | Curitiba-PR|  E-mail: aluizachris@gmail.com
                   O curso de Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe tem por objetivo formar médicos com sólido perfil técnico-científico apoiado em
                   uma visão holística que permita a atuação profissional competente com responsabilidade social e compromisso com a cidadania. No
                   módulo denominado Integração Ensino Comunidade - IEC os alunos desenvolvem atividades desde o primeiro período em diversos
                   cenários de prática, o que propicia a compreensão do processo saúde - doença do indivíduo, família e comunidade, integrados à realidade
                   epidemiológica e social. O grupo é formado por uma equipe multiprofissional composta por sete médicos, quatro enfermeiros, três
                   cirurgiões-dentistas, uma socióloga e um filósofo. Cada período do IEC tem objetivos de aprendizagem, em que o aluno gradativamente
                   se apropria de situações da prática em saúde. A realidade vivenciada com a comunidade, especialmente nas Unidades de Saúde,
                   funciona como elemento instigador para a reflexão e compreensão de diferentes aspectos que abordam temas da antropologia, bioética,
                   epidemiologia, farmacologia, filosofia, políticas públicas e gestão em saúde, saúde coletiva e sociologia. A área da Gestão em Saúde está
                   evidenciada nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. No terceiro período o IEC contempla a gestão
                   de serviços: planejamento, monitoramento e avaliação; sistemas de informação; financiamento, organização do processo de trabalho;
                   o papel do profissional, em especial do médico, no SUS e na rede privada. Como o currículo é integrado, os temas abordados no IEC III
                   são consonantes temporalmente com o que está sendo discutido nos demais módulos, oportunizando ao aluno vivenciar situações que
                   são estudadas no período. O conhecimento adquirido traz ao aluno visão ampliada sobre as redes de atenção à saúde, organização,
                   gerenciamento e administração dos sistemas de saúde, que permite uma análise crítica da realidade e pensamento reflexivo sobre
                   a vivência. Para a avaliação os alunos elaboram portfólios das vivências. Relatos demonstram o quanto o IEC III tem contribuído para
                   a integração dos conteúdos dos módulos temáticos. Ao final do semestre, é realizado seminário interno que integra o conhecimento
                   adquirido de gestão com as práticas realizadas nos serviços de saúde. Dessa forma, o aluno é levado a desenvolver pensamento crítico
                   sobre o sistema de saúde, preocupação com o bem-estar da comunidade, pautando-se em princípios humanísticos, éticos, sanitários e
                   da economia na saúde. Referências: BRASIL. Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior.
                   Resolução No 3, de 20 de Junho de 2014, que Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina e dá outras
                   providências. 2014.Palavras-chave: educação médica; gestão em saúde, integração ensino comunidade



                EIXO TEMÁTICO: Formação em Saúde e Integração ensino-serviço-comunidade   TRABALHO 481
                 O Psicólogo na Atenção Primária em Saúde: desafios e conquistas.
                 Um relato de experiência.

                AUTOR PRINCIPAL: Weronica Derene Adamowski |  AUTORES: Edilaine Baccarin Petenuci, Edinéia Aparecida Peres Hayashi |
                INSTITUIÇÃO: Universidade Estadual de Londrina - UEL  | Londrina-PR |  E-mail: wero_derene@yahoo.com.br
                   O Psicólogo na Atenção Primária em Saúde: desafios e conquistas. Um relato de experiência. A atuação do psicólogo no âmbito da
                   saúde, e especialmente na Atenção Primária em Saúde (APS) é recente. Por isso mesmo, enfrenta os desafios de ser um processo
                   em construção. O que se percebe é que, apesar do SUS ter fornecido a abertura para a atuação do psicólogo na saúde pública, na
                   prática, este profissional enfrenta uma série de dificuldades em quanto às atividades realizadas, entre elas a de delimitar seu papel e
                   sua ação, assim como também, a de desenvolver ações multiprofissionais, preventivas e comunitárias. (Giacomozzi, 2012). A entrada
                   do psicólogo nas instituições públicas de saúde, apesar de ter ampliado seu campo de trabalho, parece não ter alterado os modelos
                   teóricos e práticos que fundamentam sua ação(Gorayeb, Dellatorre e de Oliveira, 2012). O que se observa é que a mera transposição
                   do modelo clínico tradicional nesse contexto e a formação deficitária para o trabalho na saúde pública são agravantes que limitam
                   sua atuação nesta área. (Paiva e Ronzani, 2009). Quanto à pós-graduação, são escassas as possibilidades de cursos que preparam o
                   psicólogo para a atuação na APS. No entanto, iniciativas como a das residências multiprofissionais contribuem significativamente para
                   uma formação mais adequada e crítica, oferecendo ao psicólogo um olhar diferenciado para sua atuação profissional na APS. (Gorayeb,
                   Dellatorre e de Oliveira, 2012). Seriam, como aponta Fuerwerker (2009), um trabalho vivo, tecnologia leve que dentro da organização do
                   trabalho em saúde permitem organizar a formação em ato, ou seja, no exato momento em que ocorre o encontro dos profissionais com
                   o usuário. A proposta deste trabalho é justamente compartilhar a experiência de trabalho de duas psicólogas residentes em Saúde da
                   Mulher, no cotidiano de uma Unidade Básica de Saúde em um Município do Norte do Paraná. Percebe-se que os espaços de reflexão e
                   discussão proporcionados pelo programa de residência, contribuíram de forma inventiva, permitindo ampliar a escuta e produzir novas
                   tecnologias de cuidado. Assim espera-se contribuir para que a ação efetiva do psicólogo na atenção básica se conta da complexidade
                   dos fenômenos que se desenvolvem a cada dia no cotidiano das comunidades. Referências: FUERWERKER, L. No olho do furacão:
                   contribuição ao debate sobre a residência multiprofissional em saúde. Interface. Vol.13, n.28, Botucatu, Jan./Mar. 2009, ISSN 1807-
                   5762. Disponível em:Palavras-chave: Psicologia, Atenção Primaria em Saúde, Residência Multiprofissional






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